Texto atualizado às 17h20
O velocista acreano Edson Cavalcante conseguiu melhorar a sua própria marca nos 100m da classe T37 (paralisados cerebrais) e fez o segundo melhor tempo do mundo da prova em 2024 na manhã desta quinta-feira, 27, no Troféu Brasil de Atletismo. A competição, que reúne quase 70 atletas paralímpicos, acontece até este domingo, 30, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
Ao todo, a competição reunirá 875 atletas olímpicos e paralímpicos de 21 estados e do Distrito Federal. Ela será válida para a obtenção de índices olímpicos para os Jogos de Paris 2024 e para o Mundial sub-20 da modalidade, a ser realizado de 26 a 28 de julho em Lima, no Peru.
Edson correu a semifinal da disputa em 11s26, tempo maior somente que os 11s09 registrados pelo fluminense Ricardo Mendonça no Open Internacional de atletismo, em abril deste ano.
Em fevereiro deste ano, o atleta, que tem os movimentos do braço direito reduzidos devido à uma paralisia cerebral, havia feito o tempo de 11s36 nos 100m T37 na 1ª etapa do Desafio CPB/CBAt. Até então, esse era o segundo melhor índice do ano.
Já no Mundial de Kobe 2024, no Japão, Edson completou a mesma distância em 11s77 e terminou na quarta colocação. Sua melhor marca pessoal na disputa, no entanto, é 11s08.
“Estávamos fazendo bons treinos. Tínhamos a expectativa de sair um bom resultado nesta competição. Hoje, o clima ajudou e conseguimos alcançar esse objetivo que era de alcançar essa marca. Correr nesse tempo dá um ânimo a mais para os Jogos de Paris 2024. Vamos passo a passo”, afirmou o atleta, que competiu pelo Instituto Athlon. A convocação do atletismo está marcada para o próximo dia 11 de julho.
Edson repetiu o mesmo tempo na final paralímpica da prova, disputada na tarde desta quinta-feira, mas acabou na quinta posição. O acreano viu o carioca Washington Nascimento (T47, amputados de braço), também do Instituto Athlon, vencer a decisão, com o tempo de 10s82. O sul-mato-grossense Fabrício Ferreira (T13, deficiência visual), do Time Nauru, chegou na segunda colocação, com 10s99, e o rondoniense Kesley Teodoro (T12, deficiência visual), do clube APC, completou no terceiro lugar, com 11s11. Todas as disputas paralímpicas na competição estão sendo multiclasses.
Já na final feminina, a maranhense Rayane Soares (T13), que representou o Instituto Athlon, finalizou a disputa na primeira colocação, com 12s23, tempo um pouco mais rápido do que os 12s41 que lhe renderam a medalha de prata no Mundial de Kobe 2024 na mesma distância.
A fluminense Viviane Ferreira Soares (T12), do Time Nauru, chegou na segunda posição, com 12s93, enquanto a sul-mato-grossense Gabriela Mendonça (T13), do Sesi-SP, foi a terceira colocada, com 13s05.
Campeão mundial em Kobe 2024 na prova dos 400m T37, o maranhense Bartolomeu Chaves esteve entre os atletas paralímpicos que competiram na prova. Fez 52s44, tempo pouco maior que os 50s74 que lhe renderam a medalha de ouro no Japão.
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Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)