Centro de Treinamento
Paralímpico Brasileiro

Rodovia dos Imigrantes KM 11,5
Vila Guarani – São Paulo
CEP 04329-000

Telefone:
(11) 4710-4000

Horário de atendimento:
9h às 18h de segunda a sexta.

Três atletas de até 23 anos que subiram em pódio paralímpico e agora vão aos Jogos de Tóquio

A convocação da maior delegação brasileira paralímpica para Jogos Paralímpicos fora do país, anunciada no começo deste mês de julho, e realizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em conjunto com as respectivas Confederações das modalidades, contou com o anúncio de cerca de 17% de atletas com deficiência com idade de até 23 anos.

Serão 39 participantes de 13 modalidades convocados para Tóquio com essa faixa etária, sendo 23 atletas com deficiência física, nove com deficiência visual e sete com deficiência intelectual. 

A modalidade que contará com o maior número de atletas com essa faixa etária será a natação, com 12 convocados para os Jogos. O atletismo, com nove participantes, e o goalball, com três, foram outros esportes com as principais quantidades de atletas com até 23 anos.  

“Acho bem importante ter essa renovação. Fico muito feliz e grata por fazer parte desse movimento, desde 2013 estar na Seleção Brasileira e agora ir para a minha segunda participação paralímpica. Que haja cada vez mais essa renovação tanto no tênis de mesa quanto nos outros esportes”, apontou Dani Rauen. 

A atleta da classe 9 do tênis de mesa, que teve diagnosticada, ainda criança, uma doença degenerativa chamada artrite reumatoide juvenil, faz parte de um seleto grupo dentro da delegação brasileira paralímpica: apenas ela, a velocista Thalita Simplício, da classe T11 do atletismo, e a levantadora e ponta Edwarda Dias, do vôlei sentado, estão entre os atletas convocados de até 23 anos e que já conquistaram uma medalha em Jogos Paralímpicos na carreira, segundo o departamento de Ciências do Esporte do CPB. 

Dani Rauen conquistou a medalha de bronze nos Jogos do Rio 2016 por equipes pelas classes 6 a 10, para atletas andantes, ao lado de Bruna Alexandre e Jennyfer Parinos. Outras conquistas importantes dela foram o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015 e a prata no Parapan de Jovens, na Argentina, em 2013, quando tinha apenas 15 anos. 

“Mudei muito, principalmente, na parte mental. Fizemos um trabalho com a psicóloga Bruna Bardella, do CPB, que foi muito importante neste processo. É muito difícil ter conquistado uma medalha em Jogos Paralímpicos e na outra ir com a cabeça no lugar e os pés no chão. Às vezes, a gente acha que, porque conquistou uma medalha, vai ser mais fácil. Mas, muda totalmente. Vai ser muito mais difícil, com jogadoras muito mais fortes. Hoje, estou com a cabeça muito melhor e muito mais focada”, avaliou a mesa-tenista. 

Thalita Simplício, que nasceu com baixa visão em decorrência de um glaucoma congênito e ficou totalmente cega aos 12 anos, também conquistou uma medalha logo na sua primeira participação em Jogos Paralímpicos, quando tinha 18. No Rio 2016, faturou a prata no revezamento 4x100m livre da classe T11-13, ao lado de Terezinha Guilhermina, Lorena Spoladore e Alice Correia. 

“Meu pai e meus irmãos ficavam muito preocupados por eu ser muito jovem e já ter de viajar para competir. Em 2015 e 2016, eu fui a atleta mais jovem da Seleção Brasileira adulta de atletismo. Mas, para mim, era algo maravilhoso. Cresci ao lado dos atletas mais experientes, escutava conselhos deles e isso me fez amadurecer bastante. Também sofri muito nas mãos deles, pois eu era sempre o foco das brincadeiras deles”, lembrou Thalita, citando os atletas mais velhos Daniel Mendes, Emicarlo Souza, Alan Fonteles, entre outros. 

“Eu nunca almejei ser uma atleta paralímpica de alto rendimento até porque tudo começou como brincadeira e as coisas foram acontecendo. Com 15 anos, comecei nas Paralimpíadas Escolares e depois não parei mais no atletismo. Foi mágico ser uma medalhista paralímpica tão jovem. Nem passava pela minha cabeça ganhar uma medalha”, completou. 

Já Edwarda Dias, que nasceu com má formação na perna direita, conquistou o bronze paralímpico, no Rio 2016, pelo vôlei sentado feminino quando tinha apenas 17 anos. A atleta nascida em Pinhão (PR) conheceu o vôlei sentado em 2013 e ainda participou da conquista da prata da Seleção Brasileira no Parapan em Toronto 2015. 

“Foi incrível, não tenho palavras para expressar tudo que vivi naquela Paralimpíada. Foi a minha primeira e, mesmo nova, tinha a responsabilidade jogando de titular e tendo umas das funções mais importantes no vôlei, que é o papel do líbero. Mesmo com tudo isso, fiz a melhor competição da minha vida. Sair de lá com a primeira medalha paralímpica da modalidade no Brasil foi a cereja do bolo”, afirmou Duda, como é conhecida no vôlei sentado. 

Mais mulheres  

Dos 39 atletas com deficiência com idade de até 23 anos convocados para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, a maioria é mulheres. São 20 atletas femininas com essa faixa etária e 19 masculinos que farão parte da delegação brasileira nas disputas no Japão. 

O aumento da participação das atletas em todas as modalidades paralímpicas é um dos pilares do planejamento estratégico 2017-2024 do CPB. A meta para os próximos anos é ocupar todas as vagas femininas que houver na delegação brasileira para a disputa dos Jogos. Para Tóquio 2020, que acontecerá a partir de 24 de agosto, a marca não será possível porque o basquete feminino não se classificou. 

“Acho importante ter mulher em todos os esportes e em todas as profissões. Essa maior participação e esse aumento de mulheres no esporte paralímpico é muito importante para a gente tomar o nosso lugar. A gente vem se dedicando para que isso mude. Já mudou muito, e a gente espera sempre que continue em ênfase essa participação feminina e que a gente brilhe muito lá em Tóquio”, afirmou Dani Rauen. 

“Acho incrível e fico muito orgulhosa, porque esse é o resultado da capacitação que o CPB e as confederações têm realizado. É muito importante essa renovação no esporte paralímpico, mostrando cada vez mais que a renovação vem forte”, finalizou Duda. 

Patrocínios
O atletismo, tênis de mesa e vôlei sentado têm patrocínio das Loterias Caixa. 

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível  
A atleta Thalita Simplício é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 69 atletas. 
 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

PATROCINADORES

  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

PARCEIROS

  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
  • Governo do Estado de São Paulo

FORNECEDORES

  • Max Recovery