NOTA ATUALIZADA ÀS 02H05 DO DIA 04/09/2021
Thiago teve seu melhor arremesso invalidado após uma reclamação do Comitê Paralímpico da China, ficando, assim, com o bronze.
A acusação é de que o brasileiro teria se levantado da cadeira no arremesso que valeu o ouro, especificamente o segundo e o terceiro arremessos. Thiago, inclusive, abriu mão de fazer o sexto arremesso que tinha direito porque a arbitragem já havia validado todas as tentativas anteriores. Não havia nada mais em disputa.
A nota abaixo foi escrita antes da mudança do resultado por parte do júri de apelação do IPC
Em uma prova emocionante, o paulista Thiago Paulino conquistou, na manhã desta sexta-feira, 3, a medalha de ouro no arremesso de peso (classe F57), nos Jogos de Tóquio, ao cravar a marca de 15,10m, novo recorde paralímpico. A prata foi para o chinês Guishan Wu (15,00m), que era até então o detentor do antigo recorde, e o bronze foi para outro brasileiro na disputa, o paulista Marco Aurélio Borges (que cravou 14,85m).
Este foi a primeira medalha de ouro em Jogos Paralímpicos do atleta nascido em Orlândia, interior de São Paulo. Mesmo assim, Thiago Paulino era um dos favoritos da prova, já que havia conquistado anteriormente o ouro nos Mundiais de Londres 2017 e de Dubai 2019, e nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.
Último atleta a fazer seus arremessos, Thiago Paulino, de 35 anos, atingiu o novo recorde paralímpico logo em sua segunda tentativa. Depois foi só administrar até poder comemorar a medalha dourada.
“Faltava esse ouro paralímpico. E foi do jeito que eu imaginava, com emoção. Quero parabenizar o Marcão, que fez uma ótima prova. O chinês eu já esperava que viria forte. Foi uma competição de alto nível e eu não podia decepcionar. Estava muito preparado, treinamos bastante e fomos recompensados”, comentou Thiago Paulino. “Perdi minha mão no ano passado e ela queria muito me ver com o ouro. Então eu dedico essa medalha especialmente para ela”, completou o atleta.
Thiago Paulino amputou a perna esquerda abaixo do joelho devido a um acidente de moto, em 2010. No ano seguinte, começou a praticar atletismo após ser convidado por um amigo professor de Educação Física, que praticava arremesso de peso e lançamento de disco.
Outro paulista na disputa, o veterano Marco Borges, que já havia disputado duas edições de Jogos Paralímpicos (Pequim 2008 e Londres 2012), fez a dobradinha brasileira no pódio ao ficar em terceiro ao conseguir a sua melhor marca pessoal da carreira: 14,85m.
Esta é a 21ª medalha de ouro brasileira na capital japonesa. Assim, o país igualou a melhor marca de medalhas douradas em uma única edição. O recorde de 21 ouros foi alcançado em Londres 2012. Em Tóquio, o Brasil também já alcançou a histórica marca de 100 medalhas de ouro na história dos Jogos Paralímpicos, após a vitória do fundista Yeltsin Jacques na prova dos 1.500m.
Além da medalha de ouro no arremesso de peso, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio no Japão com: goalball masculino, Nathan Torquato (parataekwondo na classe K44 até 61kg), Gabriel Geraldo (50m costa e 200m livre na classe S2), Talisson Glock (400m livre na classe S6), Alessandro Silva (lançamento de disco na classe F11), Beth Gomes (lançamento de disco na classe F52), Claudiney Batista (lançamento de disco na classe F56), Alana Maldonado (judô na categoria até 70kg), Mariana D’Andrea (halterofilismo na categoria até 73kg), Gabriel Bandeira (100m borboleta na classe S14), Carol Santiago (100m peito, 50m e 100 m livre na classe S12), Wendell Belarmino (50m na classe S11), Silvânia Costa (salto em distância na classe T11), Petrucio Ferreira (100m rasos na classe T47), Yeltsin Jacques (1.500m e 5.000m na classe T11) e Wallace dos Santos (arremesso de peso na classe F55).
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Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)