A Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, na sigla em inglês) ofereceu a Brasil a vaga não preenchida pelo continente africano no torneio feminino de goalball dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
A Seleção feminina não conseguiu se classificar diretamente pelos qualificatórios que disputou, mas herdaria o lugar vago do regional da África, que não cumpriu os critérios básicos do Comitê Paralímpico Internacional no caso específico do seu torneio para as mulheres. Após o “sim” brasileiro ao convite, restará apenas a confirmação oficial da IBSA para o Brasil estar presente nas duas categorias – os homens já estavam garantidos no megaevento da capital francesa por conta do título mundial conquistado em 2022.
O torneio de goalball em Paris conta com oito equipes no feminino e oito no masculino, cuja distribuição de vagas foi formulada da mesma maneira em ambas as categorias. Classificam-se:
- Campeão do Campeonato Mundial
- Vice-campeão do Campeonato Mundial
- Campeão da Europa
- Campeão da África
- Campeão das Américas
- Campeão da Ásia/Pacífico
- País-sede (França)
- Melhor colocado do torneio qualificatório da IBSA (Jogos Mundiais) que já não esteja classificado
O último Campeonato Africano contou com apenas três participantes (Argélia, Egito e Gana) no torneio feminino. O Comitê Paralímpico Internacional considera válidos eventos com, no mínimo, quatro equipes para serem qualificatórios aos Jogos Paralímpicos. Assim, a África só terá representante entre os homens (Egito). Logo, a vaga em aberto entre as mulheres foi oferecida ao melhor time dos últimos Jogos Mundiais que já não estivesse classificado a Paris. No caso, o Brasil, que foi bronze com o time feminino. A China, campeã, já estava classificada via Asiático, e o Japão, vice, ficou com a vaga via Jogos Mundiais.
Vale lembrar que a Seleção Brasileira feminina começou este ano um trabalho com o novo treinador, Alessandro Tosim, que assumiu o cargo no início de dezembro. O grupo está concentrado em São Paulo desde domingo para a primeira Fase de Treinamentos do ano. “Gostaria de ressaltar a felicidade das meninas quando eu dei a notícia. Todas ficaram chorando, vibrando, comemorando. Foi emocionante de ver. E agora mudam as perspectivas do nosso trabalho. O que se estava pensando para cinco, seis anos, passou a ser cinco meses. Temos de trabalhar arduamente. O grupo já está com pensamentos e propostas diferentes e vêm apresentando uma grande evolução. Deixei claro para elas que já tive o privilégio de disputar três Paralimpíadas e ganhar três medalhas. Não vou ficar de fora do pódio desta também”, disse Alessandro.
O Brasil nunca ganhou uma medalha paralímpica com as mulheres. Já os homens defenderão em Paris o inédito título conquistado em Tóquio – o time tem, ainda, um bronze (Rio 2016) e uma prata (Londres 2012), sempre com Alessandro Tosim no comando.
*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)