A Seleção Brasileira de natação estreou no World Series de Berlim, na Alemanha, com a conquista de três medalhas, sendo uma de ouro e uma de bronze entre adultos e um bronze entre os juniores, e a quebra de quatro recordes das Américas nesta quinta-feira, 30.
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O destaque do dia foi a pernambucana Carol Santiago, primeira colocada nos 100m peito feminino, que também obteve a melhor marca das Américas da prova na classe S12 (baixa visão) com o tempo de 1min14s55. A melhor marca anterior era os 1min14s79 da própria Carol, obtidos em abril de 2019 no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
O outro medalhista na disputa entre adultos foi o mineiro João Pedro Brutos, da classe S14 (deficiência intelectual), que ficou na terceira colocação da prova dos 100m peito com o tempo de 1min04s72.
Já o terceiro medalhista do dia foi o mineiro Arthur Xavier, 17, que também compete pela classe S14 e obteve o bronze na prova dos 200m livre para a categoria Junior com tempo de 1min01s13.
As provas no World Series são multiclasses, ou seja, nadadores com diferentes tipos de deficiência nadam na mesma série, sendo que as classificações às finais e as medalhas são definidas por meio do Índice Técnico da Competição (ITC).
Na mesma prova vencida por Carol Santiago, duas brasileiras de classes diferentes conquistaram novos recordes continentais. Débora Carneiro completou os 100m peito em 1min14s90, abaixo melhor marca anterior para a classe S14 (deficiência intelectual), , que era da irmã dela, Beatriz Carneiro, com tempo de 1min14s98 obtido Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, em novembro de 2023.
Já Patrícia Pereira foi a sexta, com tempo de 2min08s06 e superou o recorde das Américas da classe S4 (comprometimento físico-motorr). Antes, a marca pertencia à paulista Alessandra Oliveira, que nadou a prova em 2min10s54 no Parapan de Santiago.
Outro recordista do dia foi o catarinense Talisson Glock. O nadador da classe S6 (comprometimento físico-motor) completou os 200m livre em 2min22s43 e deixou para trás marca do cubano Lorenzo Escalona de 2min30s38 obtidos nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016.
O Brasil conta com 31 atletas na Alemanha, incluindo os campeões paralímpicos Gabriel Araújo e Gabriel Bandeira e os campeões mundiais Samuel Oliveira e Cecília Araújo. O grupo é formado, em sua maioria, por atletas que atingiram o índice para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 nas Seletivas realizadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
A competição na capital alemã começou a 90 dias do megaevento na capital francesa, que terá a sua cerimônia de abertura em 28 de agosto.
Em 2023, a Seleção Brasileira de natação paralímpica se sagrou campeã do World Series. A equipe nacional terminou o ano com 16.085 pontos, contra 15.691 da Grã-Bretanha e 15.576 da Itália.
Vagas do Brasil na natação para Paris
As Seletivas da natação paralímpica brasileira para os Jogos de Paris 2024 terminaram no último dia 18, com a realização da Primeira Etapa do Circuito Nacional Paralímpico Loterias Caixa. Somando as duas competições seletivas para o megaevento na capital francesa, o Circuito e o Open Internacional, 29 atletas registraram marcas melhores do que às exigidas pelo CPB como um dos critérios de qualificação aos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
O Brasil tem 37 vagas na natação para Paris 2024, sendo 21 masculinas e 16 femininas. Os nadadores que irão representar o Brasil na França serão anunciados somente em convocação oficial, que deve acontecer entre junho e julho.
Patrocínios
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial da natação.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Talisson Glock, Débora Carneiro e Patrícia Pereira são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 114 atletas.
Time São Paulo
O atleta Talisson Glock é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 149 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
