A Seleção Brasileira de natação paralímpica encerrou sua participação no World Series de Berlim neste domingo, 2. Ao todo, a equipe conquistou 20 medalhas (sete ouros, seis pratas e sete bronzes), entre adultos e juniores, e bateu dois recordes mundiais durante a competição.
No último dia de provas, o mineiro Gabriel Araújo, da classe S2 (limitação físico-motora), completou os 50m borboleta em 52s37 nas eliminatórias e estabeleceu a melhor marca do planeta. A anterior já pertencia ao brasileiro, que, em junho do ano passado, havia registrado o tempo de 52s96, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Na final em Berlim, ele se sagrou campeão ao concluir a distância em 54s08.
As provas no World Series foram multiclasses, ou seja, nadadores com diferentes tipos de deficiência nadaram na mesma série, sendo que as classificações às finais e as medalhas foram definidas por meio do Índice Técnico da Competição (ITC).
Com a quebra do próprio recorde, Gabrielzinho se juntou à pernambucana Carol Santiago. No sábado, 1º, ela nadou os 50m livre da classe S12 (baixa visão) em 26s61 e também fez uma nova marca mundial no World Series alemão. A atleta superou a si própria, já que, em agosto de 2023, no Mundial de Manchester (ING), a pernambucana terminou a mesma prova em 26s65.
Além do recorde e do ouro de Gabrielzinho, o domingo também teve mais cinco pódios para o Brasil. A fluminense Mariana Gesteira subiu ao lugar mais alto do pódio nos 100m costas com o tempo de 1min08s42, novo recorde das Américas na classe S9 (limitação físico-motora). A marca anterior era da norte-americana Christie Raleigh-Crossley – 1min08s74, feitos em 2022. A outra medalha dourada do dia veio com o catarinense Talisson Glock, da classe S6 (limitação físico-motora). Nos 200m medley, ele registrou o tempo de 2min44s08.
O mineiro Arthur Xavier, 17, ficou com a prata Júnior também nos 100m costas da classe S14 (deficiência intelectual). Ele terminou a disputa em 1min02s41. Essa foi a mesma cor da medalha de Carol Santiago nos 50m borboleta S12 (29s24).
Para finalizar o domingo, o brasiliense Wendel Belarmino, da classe S11 (deficiência visual), foi bronze nos 50m borboleta masculinos, com o tempo de 28s49, novo recorde das Américas. Quem também estabeleceu uma nova marca continental nessa prova foi o pernambucano Phelipe Rodrigues, da classe S10 (limitação físico-motora), que nadou a distância em 26s81 na final B (que não valeu medalhas).
CONFIRA TODAS AS MEDALHAS DO BRASIL NO WORLD SERIES DE BERLIM
QUINTA-FEIRA, 30 DE MAIO
100m peito
Carol Santiago (S12) – OURO
João Pedro Brutos (S14) – BRONZE
200m livre
Arthur Xavier (S14) – BRONZE (Júnior)
SEXTA-FEIRA, 31 DE MAIO
100m livre
Carol Santiago (S12) – OURO
Phelipe Rodrigues (S10) – PRATA
Arthur Xavier (S14) – BRONZE (Adulto) e OURO (Júnior)
150m medley
Lídia Cruz (S4) – PRATA
SÁBADO, 1º DE JUNHO
50m livre
Carol Santiago (S12) – OURO
Phelipe Rodrigues (S10) – PRATA
Wendell Belarmino (S11) – BRONZE
400m livre
Talisson Glock (S6) – PRATA
50m peito
Carol Santiago (S12) – BRONZE
João Pedro Brutos (S14) – BRONZE
DOMINGO, 2 DE JUNHO
50m borboleta
Gabriel Araújo (S2) – OURO
Wendell Belarmino (S11) – BRONZE
Carol Santiago (S12) – PRATA
100m costas
Mariana Gesteira (S9) – OURO
Arthur Xavier (S14) – PRATA (Júnior)
200m medley
Talisson Glock (S6) – OURO
Patrocínios
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial da natação.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Gabriel Araújo Talisson Glock e Mariana Gesteira são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 114 atletas.
Time São Paulo
O atleta Talisson Glock é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 149 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)