A competição começou nesta tarde e se encerra na tarde desta sexta-feira, 22, com cerca de 160 participantes. As provas de pista e campo da categoria sub-17 reúnem 63 competidores, enquanto as da sub-20 contam com 95 atletas. Esta é a primeira vez que o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) organiza um Campeonato Brasileiro da modalidade para esportistas da base.
Na estreia do evento, Sandro Hirochi, que recebeu este nome em homenagem ao ex-atacante do São Paulo, já registrou a 13ª melhor distância do ano em sua classe. “Meu pai era são-paulino fanático e já tinha decidido que seu primeiro filho receberia o nome do então jogador”, explicou o amapaense, filho único e torcedor do Flamengo por influência da mãe.
O jovem de 18 anos iniciou no paradesorto em 2019 e nunca mais parou. “Meu professor de Educação Física, que hoje é meu técnico, foi o responsável por me apresentar o arremesso de peso. Não me vejo sem o esporte na minha vida. Ele representa muita coisa para mim. Tenho o objetivo de, um dia, compor a Seleção Brasileira de atletismo”, disse o atleta, que já esteve no CT Paralímpico outras cinco vezes, inclusive, em disputas de Paralimpíadas Escolares.
Para continuar com marcas expressivas no alto rendimento, Sandro conta com uma competição na “porta de casa”. No próximo 20 de agosto, Macapá será sede do Meeting Paralímpico Loterias Caixa de atletismo. “Fico honrado com um evento deste no Amapá. Facilita muito para os atletas daquela região. Não precisamos nos deslocar até São Paulo. É só pegar o carro e chegar até o local das provas”, finalizou.
Além de Sandro e Cauã, que subiram ao pódio no arremesso de peso, classe F40, na categoria sub-20, outros três representantes do Amapá, da mesma classe, também conquistaram medalhas no sub-17: Pedro de Oliveira (5,17 m), Flávio Ribeiro (4,70 m) e Andreo Monteiro (3,20 m).
O município do Macapá, inclusive, também é o natal da atleta Thalia Pereira, medalhista de prata e bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019. Atleta de baixa estatura, da classe F41, ela foi a segunda colocada no arremesso de disco e ficou em terceiro lugar no arremesso de peso na capital peruana.
Pista
Nas provas de pista, a pernambucana Esthefany Andrade, 13, foi medalha de prata nos 100 m da classe T11 (para atletas cegos). Ao ser premiada junto com a sua guia e conterrânea Lânia de Souza, ela fez questão de exibir a bandeira do estado, bem como o guarda-chuva usado no frevo, dança típica do Pernambuco. “É uma honra representar a minha região por meio do esporte, que, hoje, significa muito para mim”, disse a jovem.
Com o tempo de 22s15, Esthefany, atleta da Apa/Petrolina, só foi superada por Suelen Aguiar, 14, que terminou o percurso em 18s23. Apesar de serem amigas há quatro anos, Esthefany e Lânia começaram a correr juntas há poucos dias. “Estamos pouco tempo juntas, mas já conseguimos um vice no Brasileiro sub-17. É a minha primeira vez no CT e gostei muito de tudo. Espero continuar com a Esthefany até ela atingir seus objetivos”, finalizou Lânia.
Lânia e Esthefany no pódio | Foto: Giovanna Chencci
CONFIRA AQUI O CATÁLOGO DA COMPETIÇÃO
Patrocínio
O atletismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa.
Serviço
Campeonato Brasileiro sub-17 e sub-20
Data: 22 de julho.
Horário: 9h às 17h.
Local: Centro de Treinamento Paralímpico
Endereço: Rodovia dos Imigrantes KM 11,5 sem número – Vila Guarani – São Paulo
Patrocínios
O atletismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa e pela Braskem.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)