Qual é a sua expectativa para o Campeonato das Américas e Mundial?
As expectativas são as melhores possíveis. Temos um grupo muito coeso e forte, tanto mental quanto fisicamente. No Campeonato das Américas, sabemos que, do outro lado, há equipes qualificadas também, como os EUA e o Canadá. Vai ser uma competição de alto nível e bem disputada. Em relação ao Mundial, creio que é uma das competições mais acirradas que existe hoje. Até mais do que os Jogos Paralímpicos, pois há uma pressão extra para conseguir uma vaga nos próximos Jogos, que vão acontecer em Paris.
E como a Seleção Brasileira tem se preparado para tais desafios?
Assim que acabaram os Jogos de Tóquio, já começamos a nos preparar para os Jogos de Paris. No goalball, não costumamos nos preparar especificamente para cada campeonato. Tudo faz parte do ciclo paralímpico. O Campeonato das Américas e o Mundial fazem parte desse ciclo. Sobre o Mundial, posso dizer que é uma competição que exigirá muito do nosso físico, pois serão duas partidas por dia.
Pelo fato de o Brasil ser o atual campeão paralímpico, acredita que haverá uma postura diferente dos adversários em relação à Seleção?
Com certeza, as outras seleções vão “estudar” mais o Brasil. Nós temos um goalball versátil e dinâmico, com uma defesa compacta. Então, eu acho que o desafio das outras equipes será nos vencer. Por isso, devemos ter uma rotina intensa de treinamentos, com dois a três treinos por dia quando formos nos reunir.
Para finalizar, há uma diferença de preparação entre os ciclos de Tóquio e Paris?
A gente sempre busca novas metas. O importante é estar bem fisicamente, sem se esquecer da tática, que é muito importante também. Temos que buscar constantemente a inovação nos nossos treinamentos. No dia a dia, a gente rala muito e “sua sangue” para tentar, degrau por degrau, mais uma vez, estar no lugar mais alto do pódio nos torneios que teremos pela frente.