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Ouro nos Jogos de Tóquio, Romário diz que Seleção Brasileira de goalball deve ser “alvo” dos adversários neste ciclo paralímpico

Romário arremessa bola durante treinamento no CT Paralímpico | Foto: Ale Cabral/CPB
Um dos destaques da Seleção Brasileira masculina de goalball na inédita campanha vitoriosa nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o jogador Romário Marques, 32, começou 2022 na preparação para as duas principais competições da modalidade neste ano: Campeonato das Américas e o Mundial.
 
O Campeonato das Américas será disputado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, entre os dias 15 e 22 fevereiro. Antes da competição, as Seleções Brasileiras masculina e feminina passarão por uma fase de treinamento, também no CT, de 22 a 30 de janeiro. Já o Mundial de goalball está marcado para junho, em Hangzhou, na China.
Nesta entrevista, Romário, que perdeu a visão aos 8 anos por causa de uma retinose pigmentar, falou sobre os desafios que a Seleção Brasileira deve enfrentar neste ano, ainda mais depois da medalha de ouro nos Jogos de Tóquio. Para o atleta, as outras seleções vão “estudar” melhor o Brasil por causa do êxito no Japão. Confira o que o jogador disse sobre os dois torneios e a preparação para as competições:

Qual é a sua expectativa para o Campeonato das Américas e Mundial?
As expectativas são as melhores possíveis. Temos um grupo muito coeso e forte, tanto mental quanto fisicamente. No Campeonato das Américas, sabemos que, do outro lado, há equipes qualificadas também, como os EUA e o Canadá. Vai ser uma competição de alto nível e bem disputada. Em relação ao Mundial, creio que é uma das competições mais acirradas que existe hoje. Até mais do que os Jogos Paralímpicos, pois há uma pressão extra para conseguir uma vaga nos próximos Jogos, que vão acontecer em Paris. 

E como a Seleção Brasileira tem se preparado para tais desafios?
Assim que acabaram os Jogos de Tóquio, já começamos a nos preparar para os Jogos de Paris. No goalball, não costumamos nos preparar especificamente para cada campeonato. Tudo faz parte do ciclo paralímpico. O Campeonato das Américas e o Mundial fazem parte desse ciclo. Sobre o Mundial, posso dizer que é uma competição que exigirá muito do nosso físico, pois serão duas partidas por dia. 

Pelo fato de o Brasil ser o atual campeão paralímpico, acredita que haverá uma postura diferente dos adversários em relação à Seleção?
Com certeza, as outras seleções vão “estudar” mais o Brasil. Nós temos um goalball versátil e dinâmico, com uma defesa compacta. Então, eu acho que o desafio das outras equipes será nos vencer. Por isso, devemos ter uma rotina intensa de treinamentos, com dois a três treinos por dia quando formos nos reunir. 

Para finalizar, há uma diferença de preparação entre os ciclos de Tóquio e Paris?
A gente sempre busca novas metas. O importante é estar bem fisicamente, sem se esquecer da tática, que é muito importante também. Temos que buscar constantemente a inovação nos nossos treinamentos. No dia a dia, a gente rala muito e “sua sangue” para tentar, degrau por degrau, mais uma vez, estar no lugar mais alto do pódio nos torneios que teremos pela frente.
 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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