Uma das maiores demonstrações que o Brasil evoluiu muito no esporte paralímpico é o número crescente de medalhas conquistadas pelos atletas ao longo das competições. Em 1972, o país fez sua primeira participação nos Jogos Paralímpicos, mas não chegou a subir no pódio nenhuma vez.
A primeira medalha conquistada pelo Brasil veio nos Jogos de Toronto 1976 e, de lá pra cá, o país subiu ao pódio em quase todas as edições. Já os recordes mundiais não vieram apenas em Jogos Paralímpicos, eles aconteceram em outras competições também, como nos Parapan-americanos.
Dois esportes são responsáveis por trazer para o Brasil o maior número de medalhas e de recordes: natação e atletismo. As duas modalidades têm o maior número de atletas selecionáveis, contam mais tipos de provas e também de classes de competidores. Na natação, por exemplo, são distribuídas 152 medalhas de ouro durante os Jogos Paralímpicos.
O CPB mantém atualizada uma lista de recordes dos atletas paralímpicos brasileiros nas modalidades de natação e atletismo que podem ser acessadas neste link.
Superando os próprios recordes
Poucos campeões conseguem superar recordes que eles próprios estabeleceram, mas este é o caso espetacular do velocista Petrúcio Ferreira. Ele se consagrou como o atleta paralímpico mais rápido do mundo na semifinal do Mundial de atletismo, em Dubai, na prova dos 100m, ao cravar o tempo de 10s42. O antigo recorde mundial também era de Petrucio, oito centésimos acima do seu melhor tempo alcançado em Dubai.
Os recordes do atletismo nos últimos Jogos Paralímpicos
Os Jogos Paralímpicos são o encerramento de um ciclo de treinos intensos dos melhores atletas do mundo. Para quem fica na torcida, este é o melhor momento para ver os atletas brilharem, muitas vezes superando as melhores marcas já registradas por outros grandes esportistas. Na última edição dos Jogos, realizados no Rio de Janeiro, em 2016, novos recordes foram estabelecidos no atletismo por brasileiros. Confira:
1 – Revezamento 4x100m
Pela classe T11-T13 (para atletas com deficiências visuais), Diogo Ualisson, Gustavo Araújo, Daniel Silva e Felipe Gomes fizeram 42s37 e conquistaram um dos ouros para o atletismo do Brasil.
2 – Claudiney Batista
O atleta da categoria F56 (que competem em cadeiras de rodas) bateu dois recordes paralímpicos nos Jogos do Rio 2016. No lançamento do disco, conquistou o ouro ao marcar 45,33m. Já no lançamento de dardo, o atleta cravou 42,74m e também quebrou o recorde paralímpico da modalidade.
3- Alessandro Silva
O atleta foi medalha de ouro e recordista paralímpico ao lançar o disco a uma distância de 43,06m pela classe F11 (deficiência visual).
4- Rodrigo Parreira
O atleta brasileiro Rodrigo, no salto em distância da classe T36 (paralisados cerebrais), saltou 5,62m e estabeleceu o novo recorde paralímpico. Na disputa em 2016, obteve a medalha de prata.
5 – Petrucio Ferreira
Durante os Jogos do Rio 2016, Petrúcio mostrou a boa fase na carreira ao bater dois recordes paralímpicos nos 100m da classe T47 (para atletas com deficiência nos membros superiores). Na final, correu 10s57 e fez a inédita marca 10 centésimos abaixo do recorde então obtido por ele na eliminatória da mesma prova (10s67).
6 – Daniel Martins
O velocista dos 400m da classe T20 (atletas com deficiências intelectuais) fez um tempo histórico nas pistas baixando o recorde paralímpico, que já pertencia a ele, de 47s78 para 47s22. Foi ainda medalha de ouro na prova.
Uma coisa é certa: a mudança de data dos Jogos Paralímpicos de Tóquio está nos deixando ainda mais ansiosos para assistir e vibrar com as conquistas e recordes que, com certeza, virão dos nossos atletas paralímpicos brasileiros.
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