No processo de desenvolvimento pessoal, a prática de atividades físicas atua como um “acelerador” de emoções positivas, além de proporcionar bem-estar imediato e ser um catalisador do desenvolvimento pessoal e do autoconhecimento.
Um diferencial frequentemente mencionado por diversos atletas que ingressam no esporte paralímpico é o contato mais próximo com outras pessoas que têm realidades e experiências similares. “[O esporte me ajudou] Pela convivência com outros atletas com deficiência e também por poder competir nas mesmas condições”, menciona o mesa-tenista Welder Camargo Knaf, em pesquisa online feita pelo CPB.
O esporte também permite que o atleta teste seus limites, desenvolva a disciplina e aumente a sua autonomia. Desta forma, o esporte é uma ferramenta que auxilia o atleta a exercer sua liberdade e ser visto como pessoa capaz, que busca seus objetivos e formas de alcançá-los. Para diversos atletas, esta mudança de perspectiva é positiva pela forma como as pessoas ao redor passam a tratar a pessoa com deficiência após o início da carreira de atleta de alto rendimento. “Muitos olhavam com pena e hoje, com o esporte, veem como inspiração porque eu consigo superar os limites impostos pela sociedade”, relata Sônia Gouveia, do atletismo.
Algumas pessoas procuram o esporte como forma de se reabilitar mais rápido de algum trauma, acidente ou doença sofrida e, neste sentido, o esporte é primordial para o processo de recuperação física. Mas, além da recuperação do corpo, também existem diversos benefícios para o emocional, como relata o atleta Vinícius Rodrigues, que teve a perna esquerda amputada aos 19 anos. “[O esporte] Ajudou a recuperação ser mais rápida e a não ficar depressivo”, relatou à pesquisa realizada pelo CPB.
Quando a pessoa pratica exercícios físicos, o corpo sofre uma descarga de substâncias benéficas ao organismo, como a endorfina, que é responsável por promover o bem-estar, aumentando a motivação, alegria e disposição. Ter este estímulo natural durante o período de isolamento social é um cuidado extremamente importante para a saúde do corpo e da mente.
Não importa onde serão realizados e nem o nível de dificuldade dos exercícios, o importante é não ficar parado. A fim de democratizar a prática do exercício físico para pessoas com deficiência, o Comitê Paralímpico Brasileiro criou em 2020 o Movimente-se, um programa que oferece aulas gratuitas para cadeirantes, paralisados cerebrais, amputados e deficientes visuais que nunca praticaram qualquer atividade física ou ainda que não possuam orientação profissional. Para participar do Movimente-se, basta clicar aqui.