Quase um terço da Seleção Brasileira que disputará o Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico a partir desta quinta-feira, 7, é de atletas jovens, com até 23 anos. Ao todo, a equipe nacional tem 43 competidores de 17 estados e do Distrito Federal, que estarão em ação na pista e no campo do Dubai Club for People of Determination até o dia 15 de novembro. O evento terá transmissão do canais SporTV.
Esse percentual de atletas jovens está alinhado com o planejamento estratégico do Comitê Paralímpico Brasileiro. “Faz parte de um novo momento do CPB desenvolver projetos para identificação de jovens talentos. Muitos que estão aqui em Dubai já integram esses projetos. Só temos a agradecer o trabalho das entidades e clubes e seus treinadores pelo trabalho desenvolvido junto ao CPB. Temos certeza que os que estão aqui em Dubai farão uma ótima competição”, disse Jonas Freire, diretor-técnico adjunto do Comitê.
Aos 18 anos, o paulista Thomaz Ruan já levou o Brasil ao pódio ao ser vice-campeão no salto em distância e nos 400m no Mundial de Jovens de 2017, na Suíça. O atleta da classe T47 nasceu com má-formação no braço direito e correrá apenas a prova de pista no Oriente Médio.
“Eu estou muito feliz por estar no meu primeiro Mundial Adulto. Eu tive uma grande caminhada até chegar aqui, então eu fico muito grato por estar junto de outros grandes atletas e poder representar o Brasil. Aqui, a atmosfera é outra. Fico mais animado e esperançoso para o dia da prova”, relatou.
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Outra jovem é a maranhense Rayane Soares, 22 anos, que disputará seu primeiro Mundial. A velocista tem baixa visão devido a microftalmia bilateral congênita e correrá os 100m, os 200m e os 400m da classe T13 em Dubai. “Hoje eu realizo sonhos que na aqui verdade eu nunca sonhei. Nunca passou na minha cabeça que eu estaria em Dubai ou em outro país. Estou muito ansiosa para competir logo, principalmente os 400m”, comentou
Entre os jovens da Seleção Brasileira também estão atletas que já têm familiaridade com o pódio, como o paraibano Petrucio Ferreira, recordista e campeão mundial dos 100m T47 (para amputados de braço), o paulista Daniel Martins (T20), recordista e bicampeão mundial dos 400m T20 (para deficientes intelectuais) e a paulista Verônica Hipolito, que faturou a prata nos 100m e o bronze nos 400m T38 (para paralisados cerebrais) nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Todos têm 23 anos.
CONFIRA AQUI O PERFIL DOS ATLETAS BRASILEIROS DO MUNDIAL DE DUBAI
Em agosto, 60 competidores do atletismo participaram dos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, em que conquistaram 82 medalhas, sendo 33 de ouro, 26 de prata e 23 de bronze. Foi a segunda modalidade mais laureada na capital peruana, atrás apenas da natação. Estarão em Dubai 36 dos atletas brasileiros que competiram no Peru – 32 deles subiram ao pódio no evento continental.
Cerca de 1.400 atletas, de 120 países, competem em 172 provas no Mundial de Dubai 2019. A última edição do Mundial de Atletismo foi realizada em julho de 2017, em Londres. Nesta competição, o Brasil ficou no nono lugar do quadro-geral de medalhas. A equipe nacional foi composta por 25 atletas e conquistou 21 medalhas, sendo oito de ouro, sete de prata e seis de bronze. O melhor desempenho do Brasil em um Mundiais aconteceu em Lyon, em 2013, quando 40 medalhas foram conquistadas (16 ouros, dez pratas e 14 bronzes).
Patrocínio
O paratletismo tem patrocínio das Loterias Caixa e da Braskem.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)