O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) foi surpreendido pela nota da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) e a ameaça de punição a quem participar dos Jogos Paralímpicos Universitários, que acontecerão no mês de dezembro, em São Paulo.
Cabe esclarecer que no mês de setembro de 2015 o CPB foi demandado judicialmente pela CBDU a fazer repasses diretos de recursos da Lei Agnelo/Piva sem que fosse apresentado qualquer plano de trabalho de atividades do esporte paralímpico para atletas universitários.
A Justiça deu ganho de causa ao CPB, que então propôs à CBDU um trabalho alinhado. Após encontros na sede do Comitê, em Brasília, foram acertadas uma série de reuniões para dar prosseguimento a esses alinhamentos. A CBDU jamais enviou qualquer representante.
Desde então, o único contato que houve da parte da CBDU foi o pedido de classificadores funcionais do CPB para uma competição, o que foi prontamente atendido pelo Comitê. Ainda que a competição em questão não obedeça a nenhum critério de divisão de classes entre os atletas, princípio básico do esporte paralímpico.
Quando houve o anúncio dos Jogos Paralímpicos Universitários, o CPB esperava a mesma reciprocidade no apoio dado ao evento organizado pela CBDU. No passado, o CPB já havia realizado provas para atletas universitários com a presença de observadores da CBDU.
No momento em que o CPB inicia um novo projeto na área do esporte universitário, é lamentável que uma entidade que jamais organizou qualquer competição ou ação voltada para pessoas com deficiência ameace com punições quem queira participar do evento em vez de apoiar mais oportunidades para atletas universitários do esporte adaptado.
Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)