A participação dos medalhistas paralímpicos Wallace dos Santos e Julyana Silva foi motivo de grande inspiração para as quase 120 crianças presentes no Festival Paralímpico que aconteceu na manhã deste sábado, 4, no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), no Rio de Janeiro.
O evento, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e destinado a crianças de 8 a 17 anos, proporcionou aos participantes momentos marcantes com vencedor da prova do arremesso de peso pela classe F55 com a medalhista de bronze no lançamento de disco pela classe F57 no Japão
“Wallace sempre foi minha inspiração porque foi medalha de ouro em Tóquio. E também gostaria de citar a Julyana, que eu já vi arremessando disco no CEFAN em outras competições. Quero agradecê-los por estarem aqui me ajudando, me dando essa força e que, para mim, são dois guerreiros”, afirmou Matheus Pascoal Ortiz, 15 anos, do Rio de Janeiro, cadeirante devido a uma mielomeningocele, doença que causa má formação na coluna do bebê ainda durante o período da gestação.
O projeto, organizado pelo CPB desde 2018, dá oportunidade para crianças e jovens com e sem deficiência praticarem atividades esportivas e brincadeiras lúdicas entre si.
Cada sede disponibilizou três modalidades adaptadas, no mínimo. Na unidade do CEFAN, além de bocha, vôlei sentado e atletismo, também foram feitas apresentações de parataekwondo para os jovens presentes no Festival.
“Para mim, o Festival é muito importante, pois o esporte começa na base. Ver essa criançada interessada no esporte é comovente. Da mesma forma que o esporte mudou a minha vida, pode mudar a de muitas crianças. Fico muito feliz de participar de um evento como este e poder voltar no local onde eu fiz a minha primeira competição, lá em 2013. Poder ver crianças iniciarem no esporte no mesmo lugar que eu pude começar é muito gratificante”, revelou o carioca Wallace dos Santos, paraplégico após sofrer um acidente de trabalho em 2007.
Na capital fluminense, o Festival também aconteceu no clube Vasco da Gama, onde compareceram cerca de 130 crianças no total e realizadas as modalidades futebol de 7, vôlei sentado, bocha e parabadminton. No Estado do Rio, o Festival ainda aconteceu em Volta Redonda, Petrópolis e Engenheiro Paulo de Frontin.
“Eu vejo o Festival como uma forma de incentivo para as crianças que estão iniciando no esporte já na fase escolar. Eu comecei desta forma. Eu via os outros atletas paralímpicos e me espelhava, tinha eles como exemplo. Então, acho muito importante e uma forma de incentivo para todos”, completou a também carioca Julyana Silva, amputada de perna esquerda, na altura do joelho, devido a uma má-formação congênita.
Patrocínio
O Festival Paralímpico tem o patrocínio das Loterias Caixa.
Assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)