O Camping Escolar Paralímpico, que acontece de 29 de janeiro a 5 de fevereiro, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, conta com a participação de 117 atletas. Dentre eles, está Laissa Guerreira, 16, da bocha.
O Camping Escolar é idealizado e realizado pelo CPB desde 2018 e tem como objetivo proporcionar a jovens atletas, com idade entre 12 e 17 anos, selecionados a partir das Paralimpíadas Escolares, o primeiro contato com a rotina de um atleta de alto rendimento.
Natural de Campina Grande, Paraíba, Laissa Guerreira começou a praticar a bocha por diversão aos 10 anos, por intermédio de um professor e o incentivo de sua mãe para conhecer modalidades diferentes. Mas, apenas em 2019 que a jovem começou a levar a prática da bocha a sério. No mesmo ano, participou de sua primeira competição: as Paralimpíadas Escolares.
“A bocha me reviveu. Hoje eu tenho mais condicionamento físico, mais concentração, consigo ver melhoria na força”, contou Laissa que tem Atrofia Muscular Espinhal (AME).
No ano passado, com o retorno das competições nacionais, Laissa participou do Campeonato Brasileiro feminino de bocha e das Paralimpíadas Escolares. Ela conquistou o bronze e o ouro, respectivamente. Graças ao resultado na competição estudantil, ela recebeu o convite para participar do Camping Escolar.
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“Está sendo incrível. Aqui, o professor Barata [Vagner Lopes Lima, técnico responsável pela modalidade no Camping] está me ajudando muito. O Camping está sendo maravilhoso. Estou aprimorando algumas jogadas que eu não sabia muito bem, estou melhorando as jogadas longas. Estou muito feliz em descobrir que coisas que eu achava que eram muito difíceis, estou conseguindo fazer aqui”, comemorou a jogadora da classe BC4.
Militante na causa da pessoa com deficiência, especialmente de doenças raras como a AME, Laissa recebeu em 2019 o Prêmio Bertha Lutz, que foi instituído pelo Senado Federal do Brasil para agraciar mulheres que tenham oferecido relevante contribuição na defesa dos direitos da mulher.
“Eu continuarei lutando pelas pessoas com deficiências, pelas pessoas com doenças raras, pela AME. Se a gente quer um futuro diferente, a gente tem de começar por nós mesmos”, completou Laissa.
Na primeira edição do Camping Escolar, em 2018, apenas atletismo e natação foram contemplados. Em 2020, apenas o primeiro encontro foi realizado presencialmente, em janeiro, devido à pandemia da Covid-19.
Ao todo, foram convidados 20 atletas para o atletismo, seis para o basquete em cadeira de rodas (3×3), oito para bocha, nove para o futebol de 5, 14 para o futebol de 7 (para paralisados cerebrais), sete para o goalball, oito para o judô, 20 para a natação, seis para o parabadminton, três no parataekwondo, dois no tênis em cadeira de rodas, sete no tênis de mesa, e nove no vôlei sentado.
Os atletas que participam do Camping, além de cumprirem todas as atividades propostas pelos técnicos do CPB e confederações, se responsabilizam por participarem de competições regionais e/ou nacionais de suas modalidades ao longo do ano.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
