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Halterofilista nos Jogos de Tóquio compete pelo atletismo para representar universidade nas Paralimpíadas Universitárias do CPB  

Tayana Medeiros no arremesso de peso F56 nas Paralimpíadas Universitárias | Foto: Alê Cabral / CPB

A carioca Tayana Medeiros, que competiu pelo halterofilismo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, mudou de modalidade e representou sua universidade pelo atletismo nas Paralimpíadas Universitárias 2021, que estão sendo realizadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), entre esta sexta-feira, 17, e sábado, 18, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.  

A halterofilista é um dos 382 atletas de 180 instituições de ensino superior inscritos nas Paralimpíadas Universitárias 2021, que tem como objetivo estimular a participação dos estudantes universitários com deficiência física, visual e intelectual em atividades esportivas de todas as Instituições de Ensino Superior (IES) do território nacional, promovendo ampla mobilização em torno do esporte.   

Na edição de 2021, haverá disputas em sete modalidades, são elas: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, judô, natação, parabadminton e tênis de mesa.  

Tayana disputou o arremesso de peso F56 (para cadeirantes) e conquistou a prata com a marca de 5m33. O ouro ficou com Ana aurélia Mendes Rosa com a marca de 5m74. O bronze ficou com Rafaela Lima da Silva (4m85).

“Fui convidada pela minha faculdade para participar das Universitárias. Como não tem halterofilismo, e eu comecei no esporte pelo atletismo, estou competindo no lançamento de dardo e arremesso de peso que eu já conheço. Quero fazer o que eu já sei, mas de uma forma divertida, porque já tinha uns três anos que eu não praticava atletismo”, explicou a atleta que chegou de Tóquio no dia 1º de setembro e treinou desde o dia 3 para as Paralimpíadas Universitárias.  

A halterofilista, que ficou no quinto lugar da categoria até 86kg nos Jogos de Tóquio, cursa educação física na Veritas, no Rio de Janeiro, e frequenta atualmente o quarto período. “Eles me incentivaram desde o começo quando souberam que eu ia para Tóquio, então começamos uma parceria. Como só tem eu e mais quatro atletas com deficiência na faculdade, topei o convite na hora para vir para cá”, relatou a atleta.  

Tayana nasceu com uma doença chamada artrogripose, que comprometeu o movimento de suas pernas. Conheceu o halterofilismo depois de um evento da modalidade antes dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e se apaixonou pelo esporte. Ela conquistou a prata nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.  

“Eu quero fazer o que o meu treinador fez por mim, mostrar que a gente não é coitadinho por ser deficiente. Se o esporte mudou a minha vida, espero fazer pelas pessoas o que fizeram por mim”, completou.  

Outros resultados

Dois medalhistas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio também competiram pelo atletismo nesta sexta-feira, 17.

O vice-campeão paralímpico em Tóquio, Alessandro Silva, conquistou o ouro no arremesso de peso F11 (para cegos) com a marca de 13m37. A prata ficou com Alessandro Brito de Souza Figueiredo com 9m57 e o bronze com Trajano Ferreira Caldas Neto (9m03). O paulista de 37 anos, está no último período do curso de educação física na Universidade de Taubaté. Alessandro é cego devido a toxoplasmose. Neste sábado, 18, ele ainda compete na sua principal prova, o lançamento de disco.

Já a velocista Thalita Simplício, 24 anos, conquistou o ouro nos 100m T11 (para cegos ) com o tempo de 12s23. A prata ficou com Nayane Karla Cavalcante Leitão (15.93). A terceira colocada Daniela Costa foi desclassificada. Thalita conquistou duas pratas nos Jogos de Tóquio, nos 200m e nos 400m, ambos da classe T11 (para cegos). A potiguar cursa o último período do curso de fisioterapia na Universidade Positivo de Natal, no Rio Grande do Norte.

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 se encerraram no último dia 5 de setembro. O Brasil fez sua melhor campanha na história da competição ao terminar na sétima colocação do quadro geral de medalhas com o recorde de ouros, 22. Ao todo os brasileiros conquistaram 72 medalhas, com 20 pratas e 30 bronzes.  

Recorde brasileiro

A paulista Marcelly Vitória Pedroso, 18, bateu o recorde brasileiro dos 400m da classe T37 (paralisia cerebral) com o tempo de 1min13s80 na manhã desta sexta-feira, 17. A velocista teve contato com a modalidade pela primeira vez na Escola Paralímpica de Esportes do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). A iniciativa do CPB promove a iniciação de crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos com deficiência visual, física ou intelectual. As atividades realizadas no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, foram interrompidas em 2020 devido a pandemia de Covid-19 e retomarão no mês de outubro sob um rigoroso protocolo sanitário.

Patrocínio 
O paratletismo tem patrocínio das Loterias Caixa e da Braskem. O halterofilismo tem o patrocínio das Loterias Caixa.  

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org) 

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