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Festival Paralímpico vai além de prática esportiva e promove inclusão entre crianças com e sem deficiência

Crianças correm em quadra do CT Paralímpico durante Festival em 2019 | Foto: Daniel Zappe/CPB

O Festival Paralímpico Loterias Caixa, que será realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) no próximo sábado, 4, das 8h30 às 12h, em 70 localidades de 26 unidades da federação, vai permitir às mais de 8 mil crianças inscritas no projeto muito mais do que as práticas esportivas. A inclusão e a empatia nas crianças e nos jovens com e sem deficiência também serão valores presentes nas atividades que serão oferecidas no dia.
 
O projeto, organizado pelo CPB desde 2018, dá oportunidade para as práticas esportivas e brincadeiras lúdicas para que as crianças e os adolescentes possam entrar em contato com diferentes realidades, distintas das vivências que estão acostumadas, experiência importante para o desenvolvimento de valores como coletividade e inclusão já na infância.   
 
Cada sede irá disponibilizar três modalidades adaptadas, como vôlei sentado, goalball, parabadminton, bocha, entre outras. Desta forma, todos os jovens poderão participar das atividades de forma efetiva e segura.
 
“Uma das intenções do Festival é, de uma forma lúdica, fazer com que o participante que não tenha deficiência perceba a limitação do aluno com deficiência e possa ajudá-lo de maneira consciente e prazerosa. Desta maneira, ele vai aprender isso para o resto da vida. Então, o aprendizado gerado no projeto não fica resumido às práticas esportivas, ele se estende porque os pais se aproveitam dessa oportunidade para ensinar os filhos a respeitarem uns aos outros”, explica o diretor de Desenvolvimento Esportivo do CPB, Ramon Pereira.
 
A programação do Festival Paralímpico prevê a participação de 20% de crianças sem deficiência e o restante com deficiência por sede, com idade entre 8 e 17 anos, praticantes ou não de esportes paralímpicos, vinculadas ou não a clubes, associações, institutos e centros de reabilitação nas cinco regiões do Brasil.
 
Na atual edição, a presença de crianças e adolescentes com deficiência intelectual deve ser recorde e a maioria entre os participantes do evento. Entre os inscritos para o evento, até o começo de dezembro, cerca de 45% tinham deficiência intelectual. Participantes com deficiência física representavam 15,4% das inscrições, enquanto com autismo correspondiam a 10,8%. Crianças com deficiência visual eram 4,7% do total. 
 
“Sabemos que, no dia a dia, é preciso que haja essa experiência na relação humana, sobretudo, no convívio escolar. Essa inclusão que o projeto proporciona traz um sentido de irmandade, de colaboração, de respeito e reconhecimento de potencialidade da pessoa com deficiência. Isso fortalece o vínculo entre as crianças. E esse sentimento, posteriormente, vai depois para a escola e terá um significado mais amplo”, avalia Virgílio Leiro, professor de Educação Física e um dos coordenadores do Festival no Estado da Bahia.
 
Já para Claudemir do Nascimento Santos, coordenador do Centro do Referência do CPB no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), uma das sedes do Festival no Rio de Janeiro, o evento tem o poder de estimular a valorização pessoal dos alunos, a autoestima, a inclusão, e unificar crianças com e sem deficiência para que elas possam ter uma vida mais solidária, combater o bullying e promover a aceitação da dificuldades enfrentadas pelas minorias. 
 
“O Festival tem um objetivo maior: promover atividades lúdicas que sejam introdutórias ao universo da pessoa com deficiência para que, no futuro, as crianças tenham afinidade e familiaridade com a atividade física regular, fomentando o esporte e à renovação das seleções paralímpicas”, completou. 
 
O Festival Paralímpico é uma iniciativa do CPB para celebrar o Dia Nacional do Atleta Paralímpico, 22 de setembro, mas por conta da pandemia de Covid-19, o evento foi adiado e acompanhará o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3 de dezembro). Na edição deste ano, o evento obedecerá a todos os protocolos sanitários.
 
Alguns medalhistas brasileiros nos Jogos Paralímpicos de Tóquio estarão presentes em algumas cidades que receberão o Festival, a exemplo de Cássio (futebol de 5), Gabriel Araújo (natação), Wallace dos Santos (atletismo), Petrúcio Ferreira (atletismo), entre outros.
 
CONFIRA A LISTA DAS CIDADES-SEDES DO FESTIVAL PARALÍMPICO LOTERIAS CAIXA
 
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