Antes de estrear em uma das mais famosas competições de atletismo do mundo, que contará com atletas de 46 países, Marcelly afirmou que está com as melhores expectativas possíveis para o Grand Prix. “Estou com a ansiedade controlada [risos]. Mesmo com o meu treinador distante, ele me passou toda a confiança necessária. A comissão técnica que nos acompanha aqui na Suíça também tem me dado todo o suporte para eu realizar boas provas”, afirmou a jovem, que irá competir nos 100 m e 200 m da classe T37 (para atletas com deficiência de coordenação motora).
Atualmente, Marcelly treina no Centro Olímpico. Ela saiu da Escola Paralímpica logo após o início da pandemia de Covid-19. Apesar de não frequentar mais as aulas do projeto, também por ter ultrapassado o limite de idade, ela fez questão de enaltecer o trabalho realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
“A Escola Paralímpica foi um dos processos mais fantásticos por qual já passei na vida. Por causa do projeto, tive contato com outras crianças com deficiências. Não tinha mais medo de ser eu mesma. Coloquei na minha cabeça que nada seria capaz de me fazer desistir do atletismo e do sonho de conquistar o mundo por meio da minha força”, disse.
Além da novata paulistana, a delegação brasileira conta com atletas que já tiveram experiências internacionais anteriormente, como a paranaense Aline Rocha (T54, para cadeirantes), o paraibano Ariosvaldo da Silva (T53, também para cadeirantes) e a paulista Vanessa de Souza (T54).
Aline, inclusive, já disputou uma edição dos Jogos Paralímpicos de Verão (Rio 2016) e duas edições de Jogos Paralímpicos de Inverno (PyeongChang 2018 e Pequim 2022).
“Esse ano minha expectativa é chegar o mais próximo possível das minhas melhores marcas. Depois que voltei da China, tive um período de férias. Agora, quero dar o meu melhor e aproveitar todas as oportunidades até termos as competições que garantam vagas para Paris 2024”, afirmou a atleta de 31 anos, que foi porta-bandeira do Brasil nos Jogos de Pequim 2022 e ficou em 7º lugar na prova longa de esqui cross-country. Na Suíça, ela vai competir os 800 m.
Outras brasileiras que estão na Suíça são Lorraine Aguiar (classe T12, para atletas com deficiência visual), Suzana Nahirnei (T46 para atletas com deficiência nos membros superiores) e Jéssica Giacomelli (T54).
Escola Paralímpica de Esportes
A Escola é realizada pelo CPB desde 2018 e, atualmente, são oferecidas aulas em 11 modalidades: atletismo, badminton, bocha, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cegos, goalball, halterofilismo, judô, natação, tênis de mesa e vôlei sentado. Todas compõem o atual programa dos Jogos Paralímpicos, estabelecido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês). Todos os serviços são oferecidos gratuitamente.
Ainda há vagas para participar da Escola Paralímpica de Esportes do CPB, basta preencher a ficha de cadastro.
Os alunos são atendidos dois dias por semana, divididos em turmas às segundas e quartas-feiras e terças e quintas-feiras, em dois horários: das 14h às 15h30 e das 16h às 17h30.
Time São Paulo
As atletas Aline Rocha, Jéssica Giacomelli e Vanessa de Souza são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 108 atletas, de 13 modalidades, e 13 atletas-guia (atletismo).
Patrocínios
O atletismo tem o patrocínio da Braskem e das Loterias Caixa.
A Escola Paralímpica de Esporte conta com o patrocínio do Grupo Volvo via Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)