Diversas modalidades paralímpicas podem ser praticadas por cadeirantes, indo além de modalidades que requerem o uso da cadeira de rodas durante a prática, como é o caso do basquete ou da esgrima. Confira abaixo a história dos esportes praticados por quem compete em cadeira de rodas e as modalidades mais praticadas atualmente no Brasil.
O começo
Em 1960, os Jogos Internacionais de Stoke Mandeville passam a se chamar Jogos Paralímpicos e, já na primeira edição, em Roma, alguns esportes para cadeirantes já fizeram parte do programa:
-Tiro com arco;
-Atletismo;
-Tênis de mesa;
-Esgrima em cadeira de rodas;
-Basquete em cadeira de rodas;
-Lançamento de dardo
Em Stoke Mandeville, o primeiro evento esportivo foi uma demonstração de tiro com arco, no mesmo dia que ocorria a abertura dos 14º Jogos Olímpicos em Londres. A modalidade, que inaugurou a primeira edição dos Jogos Paralímpicos, promoveu uma interseção entre os esportes convencionais e as modalidades adaptadas. A prática esportiva permitia que pessoas com e sem deficiência competissem entre si, o que promoveu a reinserção de indivíduos com lesões medulares na sociedade por meio dos clubes de tiro com arco.
O Brasil ingressou nas competições internacionais nove anos mais tarde, em 1969, nos Jogos Parapan-americanos realizados em Buenos Aires, Argentina. Já em Jogos Paralímpicos, o país estreou em 1972 na Alemanha com uma equipe de 20 atletas, todos homens, quando competiu por medalhas nas modalidades tiro com arco, atletismo, natação e basquete em cadeira de rodas.
Seis décadas depois da edição de Stoke Mandeville, os Jogos Paralímpicos de Tóquio contaram com 22 modalidades em sua programação, das quais 17 apresentaram provas que foram disputadas com cadeira de rodas ou para atletas cadeirantes.
-Tiro com arco
-Parabadminton
-Bocha
-Canoagem
-Ciclismo
-Hipismo
-Halterofilismo
-Remo
-Tiro
-Vôlei sentado
-Natação
-Tênis de mesa
-Triatlo
-Basquete em Cadeira de Rodas
-Esgrima em Cadeira de Rodas
-Rúgbi em Cadeira de Rodas
-Tênis em Cadeira de Rodas
Modalidades em alta entre cadeirantes
O parabadminton é a mais nova modalidade que entrou no programa dos Jogos Paralímpicos que pode ser praticada por atletas cadeirantes. Pode ser também disputado de maneira amadora, como uma atividade recreacional para crianças e jovens que queiram iniciar no esporte adaptado. Para jogar, bastam duas pessoas e praticado em conjunto por cadeirantes e pessoas sem deficiência de forma colaborativa ao invés de competitiva.
No topo da procura dos esportes para cadeirantes estão a natação, o basquete em cadeira de rodas e o tênis de mesa. A natação é uma modalidade que gera muito interesse pelo fato de ser frequentemente relacionada à reabilitação e pela cultura médica de recomendação desta prática para benefício da saúde do praticante.
Já o basquete em cadeira de rodas é um dos esportes mais associados a cadeirantes e já conta com uma tradição no país, sendo a modalidade paralímpica mais antiga do Brasil. Além disso, a oferta de vagas é ampla. Estima-se que, aproximadamente, 110 clubes brasileiros oferecem esta modalidade.
O rúgbi em cadeira de rodas, assim como o basquete, é frequentemente procurado por cadeirantes que desejam ingressar no paradesporto. A prática também é associada à possibilidade de reabilitação e também à socialização com outras pessoas que compõem a equipe.
Outro esporte de grande procura entre cadeirantes é o tênis de mesa em razão da facilidade do contato e da prática recreativa. Boa parte das pessoas, quando criança, já brincou de ping-pong na infância e isso facilita a percepção sobre o tênis de mesa e o acesso ao esporte.
Medalhas em cadeiras de rodas
Desde a edição de 1972, sediada na cidade alemã de Heidelberg, os atletas brasileiros competem por medalhas nos Jogos Paralímpicos de Verão. Da estreia do Brasil até a edição de Tóquio 2020, a delegação brasileira já subiu ao pódio por 12 modalidades praticadas por competidores com deficiências físico-motoras.
-Atletismo;
-Bocha;
-Canoagem;
-Ciclismo;
-Esgrima em cadeira de rodas;
-Halterofilismo;
-Hipismo;
-Lawn Bowls;
-Natação;
-Remo;
-Tênis de Mesa;
-Vôlei Sentado
O Brasil posiciona-se cada vez com mais respaldo entre as potências paralímpicas e uma parte considerável desta conquista vem das medalhas obtidas por cadeirantes. Para que o cadeirante possa se tornar um atleta de alto rendimento, é necessário percorrer o caminho de desenvolvimento físico e mental até o pódio. Para guiar aspirantes ao esporte como carreira, o Comitê Paralímpico Brasileiro disponibilizou gratuitamente o guia “Tudo que você precisa saber para se tornar um atleta paralímpico – desde a base até o alto rendimento”. Clique aqui para acessar o material.
Agora que você conhece alguns esportes para cadeirantes, comece agora mesmo a fazer ou indique para seu amigo ou familiar.