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Paralímpico Brasileiro

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Escola Paralímpica de Esportes do CPB revela talentos no Meeting Loterias Caixa de São Paulo

João Santos, da Escola Paralímpica de Esportes, corre com o seu guia Jackson em São Paulo | Foto: Ale Cabral/CPB

A Escola Paralímpica de Esportes, projeto do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) que tem como objetivo promover a iniciação esportiva a crianças com deficiência entre 10 a 17 anos, já começou a render os primeiros frutos para o paradesporto nacional mesmo após um ano sem atividade devido à pandemia. Nesta sexta-feira, 19, no primeiro dia da etapa de São Paulo do Meeting Loterias Caixa, no Centro de Treinamento Paralímpico, alguns participantes do projeto já obtiveram marcas significativas. 

Foi o caso do jovem velocista João Santos, de 14 anos, estreante na competição e um dos destaques do atletismo. O paulistano, da classe T11 (para cegos), terminou os 100m em 12s40, o que seria o 24º melhor tempo do mundo na prova em 2021. Inclusive, João é o único atleta sub-15 que consta no top 25 mundial dos 100 m em sua classe. 

“Estar aqui no Meeting, no meio de tantos atletas consagrados, é muito bom. Fiquei muito feliz com o meu tempo. Agora, é continuar treinando, progredir e participar de mais competições”, disse o jovem, que representa o clube Atletismo Brasil e também disputou os 200 m no Meeting de São Paulo. 

João nasceu com glaucoma e foi perdendo a visão dos dois olhos aos poucos. Em 2019, ele foi aconselhado por uma fisioterapeuta que atuava no Instituto Dorina Nowill, em São Paulo, especializado em atendimentos para cegos, a procurar o CPB para iniciar uma prática esportiva. Foi então que ele entrou na Escola Paralímpica de Esportes do CPB e se apaixonou pelo atletismo. 

“O esporte mudou a minha vida. Comecei a ficar mais regrado e passei a dormir mais cedo, por exemplo. Antes de começar no atletismo, as coisas estavam bem difíceis para mim. Agora, sou uma pessoa bem mais animada, além de ter feito novas amizades”, destacou o paulistano, que estará nas Paralimpíadas Escolares, evento a ser realizado pelo CPB de 23 a 26 de novembro também no CT Paralímpico. “Estou ansioso, pois deveria ter competido no ano passado, mas, infelizmente, por causa da pandemia de coronavírus, não houve competições”, completou João. 

De acordo com o professor de atletismo da Escola Paralímpica de Esportes do CPB, Henrique Gavini de Freitas, João é um aluno muito aplicado e que pode conseguir excelentes resultados no futuro. 

“É um menino muito esforçado, coordenado e inteligente. É fácil trabalhar com o João. Ele é maduro para a idade que tem. Tudo que a gente conversa, ele segue ao pé da letra. No entanto, ele só tem 14 anos. Mesmo com potencial, é difícil saber como vai ser a maturação biológica do João. Tenho a expectativa de que ele cresça mais alguns centímetros, o que poderá ajudá-lo na busca por marcas mais expressivas”, disse.

Na natação, os jovens formados pela Escola Paralímpica do CPB também se destacaram no evento no CT Paralímpico. O único nadador da classe S1 (para deficiências mais severas) nesta etapa do Meeting Paralímpico, Miguel Santos, de apenas 15 anos, participou de sua primeira competição oficial e completou a prova dos 50m livre em 01min45s98. Ele nadaria mais duas provas nesta sexta, os 50m borboleta e os 50m peito. 

“É a minha primeira competição oficial, semana que vem tem mais. Participarei pela primeira vez também das Paralimpíadas Escolares”, previu. 

Miguel, que tem má-formação congênita, teve seu primeiro contato com a piscina aos nove anos, na reabilitação. Em 2019, ele ingressou no projeto de iniciação esportiva no CT Paralímpico. Na próxima semana, ele participará das Paralimpíadas Escolares pela equipe do São Paulo. 

O técnico-chefe da natação do CPB, Leonardo Tomasello, já mira nos jovens talentos para os Jogos Parapan-Americanos de Jovens, que estão marcados para o próximo ano, na Colômbia. “Em todas as etapas do Meeting, a gente está monitorando. No ano que vem tem Parapan de jovens, uma competição importante para nós. Como já havia bastante tempo que eles estavam sem competição, ficamos um bom tempo sem ter contato. Apareceram alguns jovens nesta etapa do Meeting, que vamos monitorar daqui para frente. Acredito que vão aparecer muitos outros atletas, classes baixas, jovens, até pelo exemplo de medalhistas como o Gabrielzinho [classe S2]”, conta Tomasello, referindo-se ao medalhista dos Jogos de Tóquio.

Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o Brasil teve pela primeira vez um representante na classe S1, o nadador José Ronaldo da Silva, que terminou em quinto lugar na prova dos 100 m costas e foi quarto colocado nos 50 m costas no Japão.

Primeiro recorde 
O primeiro dia da etapa do Meeting Loterias Caixa de São Paulo registrou o primeiro recorde nacional. A pernambucana Jenifer Martins, de 32 anos, quebrou o recorde brasileiro no arremesso de peso na classe F38 (para paralisados cerebrais). Representante do clube Certo, ela atingiu a marca de 6,24 m, superando o arremesso de 5,64 m feito por Glaucileia de Oliveira, no último dia 30 de outubro, em Uberlândia. Além do arremesso de peso, Jenifer realizou a prova do salto em distância nesta sexta. 

Na classe F56 (para cadeirantes), Railen Jerusa também bateu o recorde nacional no arremesso de peso, com a marca de 10,22 m e superou os 9,22 m de Flávia Samira, obtidos no ano de 2017, em São Paulo.

Outra mulher que se destacou nas pistas do CT Paralímpico foi Lorena Spoladore, da classe T11, prata no revezamento 4×100 m e bronze no salto em distância nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Na capital paulista, a paranaense de 25 anos terminou os 100m em 12s67, o que seria o sexto melhor tempo do mundo na prova em 2021. Lorena, inclusive, também é a dona da quinta melhor marca do ano (12s37). Além dessa prova, ela ainda esteve no salto em distância no Meeting. 

Já nas piscinas, o jovem Samuel de Oliveira, o Samuka, de 16 anos, completou os 50 m costas (classe S5), com o tempo de 36s72, o que seria o sétimo tempo do ano na prova. 

Com 493 atletas inscritos nas modalidades de atletismo, halterofilismo e natação, a etapa da capital paulista será a maior de todas as realizadas até aqui neste ano. Inscreveram-se 69 halterofilistas, 139 nadadores e outros 285 atletas nas disputas de atletismo nos três dias de competições.

O evento contou com a presença de medalhistas nos Jogos de Tóquio, como os nadadores Talisson Glock, Ana Karolina, Cecília Araújo, Eric Tobera, Felipe Caltran, e os lançadores Alessandro Silva e Julyana Silva, além de jovens que estrearam em competições oficiais. 

A etapa do Meeting Loterias Caixa de São Paulo continua neste sábado e domingo, 20 e 21, com provas de atletismo e halterofilismo. Após as competições na Capital, o estado paulista ainda receberá etapas em Sertãozinho (atletismo) e Araraquara (natação) no próximo dia 27.  

Depois, mais quatro estados sediarão ao menos uma etapa de atletismo, natação e/ou halterofilismo até o dia 12 de dezembro: Sergipe (Aracaju), Pernambuco (Recife), Rio Grande do Norte (Natal) e Ceará (Fortaleza).  

Ao todo, dez estados e o Distrito Federal vão ter sediado ao menos uma etapa do Meeting Loterias Caixa em 2021. Todas os eventos têm sido realizados com os protocolos sanitários estabelecidos pelo CPB – confira aqui. 

Imprensa
Os profissionais de imprensa interessados em cobrir o Meeting Loterias Caixa de 2021 em São Paulo podem enviar um email para imp@cpb.org.br ou se dirigirem à sala de imprensa do local para identificação no dia do evento.

Catálogo
Confira aqui o catálogo da natação

Patrocínios
O paratletismo tem o patrocínio das Loterias Caixa e da Braskem.
A natação e o halterofilismo têm o patrocínio das Loterias Caixa.
A Escola Paralímpica de Esporte conta com o patrocínio do Grupo Volvo via Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
 

PATROCINADORES

  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

PARCEIROS

  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
  • Governo do Estado de São Paulo

FORNECEDORES

  • Max Recovery