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Entre os melhores do mundo nos 400m T11, Daniel Mendes disputará seu terceiro Parapan

Foto: Ale Cabral/CPB

Aos 40 anos, Daniel Mendes ocupa o segundo lugar no ranking mundial nos 400m T11, para cegos, com a marca de 50s59. O capixaba participará pela terceira vez da principal competição das Américas, os Jogos Parapan-Americanos, em Lima. O evento começa no dia 23 de agosto e o Brasil contará com 337 representantes. 

Daniel começou sua carreira na cidade de Vitória (ES), em 2004, ao conhecer uma professora que ensinava a atividade esportiva para deficientes visuais. Ele não tinha ideia de como funcionava o esporte adaptado, mas desde que começou, não parou. O atleta se tornou deficiente visual dois anos antes, ao sofrer um acidente na marmoraria onde trabalhava, em Nova Venécia, sua cidade natal. Duas placas de granito de aproximadamente 700kg caíram no seu rosto, o que resultou no afundamento do crânio. Ele sofreu faturas múltiplas, perdeu o olho direito e a visão do olho esquerdo.

Aos 40 anos de idade e com 15 anos de carreira, mundialmente, na prova de meio-fundo, 400m, na classe T11, ele só fica atrás do espanhol Gerard Puigdevall (50s28). 

"Primeiramente, é preciso se cuidar. A gente tem que se cuidar de forma absurda se quiser ter uma continuidade dento do esporte. No meu caso, posso render um pouco mais porque comecei um pouco mais tarde que os demais. Além disso, tem a importância de ter uma equipe que acredita em você: nutricionista, guia, treinador, fisioterapia. Todos acreditam e eu também", disse o corredor que arrematou quatro medalhas, sendo um ouro, duas prata e um bronze, nas duas últimas edições do Parapan (Toronto 2015 e Guadalajara 2011).

Por enquanto, Daniel não têm planos de parar e só vai avaliar a possibilidade depois dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. "As pessoas me perguntam até onde eu vou e eu não sei. O tempo está passando e a cada ano eu consigo melhorar um pouco mais. Eu vou por etapas e meu objetivo é Tóquio 2020. Nós estamos garantidos para o Mundial, meta deste ano. Depois das Paralimpíadas, conversarei com o treinador e com a equipe para avaliar como está a modalidade e o quanto eu posso render."

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
 

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