A manhã do domingo, 19, no Japão (noite de sábado, 18, no Brasil) amanheceu com a medalha de bronze do velocista fluminense Felipe Gomes na prova dos 400m da classe T11 (deficiência visual), no terceiro dia do Mundial de atletismo, que vai até 25 de maio. Com mais este pódio, o país chegou à 12ª medalha na competição, sendo cinco ouros, quatro pratas e dois bronzes, ainda na disputa acirrada com a China pelo topo do quadro geral de medalhas.
O atleta, que teve um glaucoma congênito, seguido de catarata e de descolamento da retina, mellhorou seu tempo das eliminatórias, quando havia feito 53s22, e finalizou a prova na terceira colocação com 52s65. A marca foi a melhor da temporada do atleta nascido em Campos dos Goytacazes.
Além disso, Felipe entrou para a galeria dos maiores medalhistas do país em Mundiais de atletismo, agora com oito pódios em sua carreira. Foram dois ouros (nos 400m em Paris 2023 e 200m em Doha 2015), três pratas (nos 100m em Doha 2015, 100m em Lyon 2013 e 4x100m em Assen 2006), e três bronzes (somando aos 100m e 400m em Dubai 2019).
“Sabia que teria de me esforçar até o final. Briguei até onde deu. Apesar da chuva, consegui fazer uma boa prova ao lembrar que ‘os meus treinos bons em São Paulo foram melhores em dias de chuva’. Queria o ouro, mas estou no pódio. Agora é continuar trabalhando para Paris 2024”, avaliou Felipe Gomes, que foi superado na reta final da prova por Cris Kinda, na Namíbia, ouro com 52s35, e pelo espanhol Eduardo Novas, prata com 52s61.
Medalhistas de ouro e prata nos 5.000m T11 (deficiênia visual), respectivamente, o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques e o paulista Júlio Agripino avançaram à final dos 1.500m. O primeiro fez o tempo de 4min05s22, o melhor das classificatórias, enquanto o segundo finalizou em 4min07s28, a terceira marca entre os finalistas. A prova final acontece às 21h20 (de Brasília) deste domingo, 19.
A piauiense Antônia Keyla também assegurou sua vaga na final dos 400m T20 (deficiência intelectual) ao vencer a sua bateria e fazer o terceiro melhor tempo das classificatórias, com 58s42.
Outra brasileira envolvida na disputa, a potiguar Jardênia Felix não conseguiu a classificação, com 1min03s91. Keyla vai correr a final
Já a paranaense Aline Rocha avançou à final dos 800m T54 (que competem em cadeiras de rodas) com a sétima melhor marca (1min58s42). A prova decisiva ocorre às 5h13 (de Brasília) deste domingo, 19.
O Mundial no Japão acontece no mesmo ano dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 após o Comitê Organizador Local (LOC, na sigla em inglês) solicitar ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) o adiamento do Mundial, que seria em 2021, devido à pandemia de coronavírus. Com isso, a cidade japonesa sediará o evento de atletismo no ano posterior ao Mundial de Paris 2023, quando o Brasil teve seu melhor desempenho na história em Mundiais. Foram 47 medalhas no total, sendo 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes.
Confira as provas com brasileiros da manhã deste domingo, 19, com horários de Brasília:
5h13 – Final 800m T54
Aline Rocha
5h19 – Final do lançamento de dico F52
André Rocha
5h33 – Final dos 400m T11
Thalita Simplício
5h56 – Classificatórias dos 100m T64
Wallison Fortes
6h27 – Final dos 400m T53
Ariosvaldo Fernandes (Parré)
6h56 – FInal dos 100m T47
Maria Clara Augusto
Patrocínios
As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Yeltsin Jacques, e Jardênia Felix são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 114 atletas.
Time São Paulo
O atleta Felipe Gomes, Jardênia Félix e Aline Rocha são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 149 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)