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Dez fatos que tornaram os Mundiais paralímpicos de atletismo e natação marcantes 

Petrúcio Ferreira e Carol Santiago exibem suas medalhas nos Mundiais de atletismo e natação, respectivamente | Fotos: Alessandra Cabral/CPB

O Brasil fez campanhas históricas nos Mundiais paralímpicos de atletismo e natação nos meses de julho e agosto deste ano. Em Paris, França, a Seleção Brasileira de atletismo foi a delegação que mais vezes subiu ao pódio, de 8 a 17 de julho, entre todas as participantes.  Ao todo, foram 47 medalhas contra 45 da China, mas os chineses lideraram o quadro por terem conquistado dois ouros a mais (16 a 14). Foi o melhor desempenho brasileiro na história do evento. 

Já em Manchester, Inglaterra, entre os dias 31 de julho e 6 de agosto, a equipe de natação ficou na quarta posição geral, superando a anfitriã Grã-Bretanha. Em quantidade de medalhas de ouro, a campanha só não foi superior às realizadas na Ilha da Madeira, Portugal, no ano passado, e na Cidade do México, em 2017. No entanto, em números totais, a do Reino Unido foi a segunda, à frente da feita na capital mexicana (veja mais abaixo). Além desses números, outros fatos tornaram os Mundiais de atletismo e natação marcantes para o Brasil. Confira: 

Melhor desempenho da história em Mundiais de atletismo 
O Brasil realizou a sua melhor campanha na história dos Mundiais de atletismo paralímpico ao conquistar 47 medalhas no total e terminar na segunda colocação na competição realizada em Paris, na França. Jamais os brasileiros haviam obtido tamanho êxito em um Mundial da modalidade. Foi a 10ª presença do país no evento e contou com a sua maior delegação – foram 54 atletas e 11 atletas-guia.

100ª medalha de ouro em Mundiais de natação
A Seleção Brasileira de natação paralímpica rompeu a barreira das 100 medalhas de ouro na história dos Mundiais da modalidade. O 100º ouro do país foi conquistado no segundo dia de provas em Manchester, pelo carioca Douglas Matera, campeão nos 100m borboleta da classe S12 (baixa visão).  

O Brasil participa da competição desde a edição de estreia, em Valletta, Malta, em 1994. À ocasião, a primeira medalha dourada brasileira foi obtida por José Afonso Medeiros, o Caco, no dia 4 de novembro, na prova dos 50m borboleta da classe S7 (limitações físico-motora).

No Reino Unido, em sete dias de evento, a Seleção Brasileira obteve 46 pódios (16 ouros, 11 pratas e 19 bronzes). Com isso, na história, o país agora soma 114 ouros, 73 pratas e 107 bronzes, ou seja, 294 medalhas no total. 

Mais medalhas do que a China no atletismo
Em Paris 2023, o Brasil terminou o Mundial com dois pódios a mais do que os chineses (47 a 45). No entanto, os brasileiros ficaram na vice-liderança do quadro geral de medalhas por uma diferença de dois ouros para os asiáticos – foram 14 contra 16. O país somou também 13 pratas e 20 bronzes, enquanto os chineses obtiveram 16 pratas e 13 bronzes. Desde o Mundial em Assen 2006, na Holanda, a China não era superada em número de pódios na competição — exceção à edição de Lyon 2013, quando os chineses foram com uma delegação reserva e terminaram na sexta colocação.

Carol Santiago: oito pódios em sete dias de Mundial de natação
A nadadora pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (baixa visão), foi a atleta que mais ganhou medalhas no Mundial de natação de Manchester – independentemente de gênero. 

Ela fechou a competição com oito medalhas em oito provas disputadas: cinco ouros (100m borboleta, livre e costas, 50m livre e revezamento misto 4×100m livre – 49 pontos), uma prata (100m peito) e dois bronzes (revezamento misto 4x100m medley – 49 pontos e 200m medley). 

Além disso, bateu o recorde mundial nas eliminatórias dos 50m livre ao fazer a distância em 26s65. Antes, a melhor marca era da própria pernambucana, que, em março, nadou em 26s68, na Itália. 

Petrúcio Ferreira: hegemonia de 8 anos nos 100m da classe T47
O paraibano Petrúcio Ferreira manteve a hegemonia de quase oito anos na prova dos 100m da classe T47 (amputados de braço) e conquistou o tricampeonato mundial ao levar o ouro com o tempo de 10s37. Desde os Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, o atleta considerado o mais rápido do esporte paralímpico vence esta prova em grandes competições internacionais contra atletas da sua classe. 

Essa foi a quinta medalha de Petrúcio em Mundiais de atletismo. Além dos ouros nos 100m em Dubai 2019 e Londres 2017, tem outros dois títulos – nos 400m também em Dubai 2019 e nos 200m em Londres 2017. É ainda o atual bicampeão paralímpico dos 100m (Rio 2016 e Tóquio 2020).

Participação feminina no Mundial de natação paralímpica 
O Brasil foi representado por 15 atletas mulheres e 14 homens no Mundial de natação paralímpica de Manchester. Na comparação com a edição anterior, na Ilha da Madeira, em Portugal, houve um aumento de 25% na participação feminina, ocasião em que a Seleção foi composta por 17 representantes masculinos e 12 mulheres. 

No Reino Unido, dos 29 atletas brasileiros convocados, 13 nadadoras subiram ao pódio ante 12 nadadores. Além do recorde mundial quebrado por Carol Santiago, outras três mulheres do Brasil estabeleceram novas marcas na competição em provas individuais. 

Ouro nos 100m peito S14 (deficiência intelectual), a paranaense Débora Carneiro bateu o recorde das Américas, com o tempo de 1min15s10. A potiguar Cecília Araújo, da classe S8 (limitação físico-motora), dona de duas medalhas de ouro (50m e 100m livre) e três de bronze (400m livre, revezamento misto 4x100m medley – 34 pontos e revezamento misto 4x100m livre – 34 pontos), também registrou uma nova marca continental. Fez os 50m livre em 30s03. 

Por fim, a fluminense Mariana Gesteira, da classe S9 (limitação físico-motora), nadou os 50m livre em 27s70, novo recorde das Américas também. A atleta saiu de Manchester com cinco pódios: prata nos 100m livre, bronze no revezamento misto 4x100m medley – 34 pontos, bronze nos 100m costas, ouro nos 50m livre e bronze no revezamento misto 4x100m livre – 34 pontos. 

10 em 1
O dia 12 de julho ficou marcado como o mais vitorioso do Brasil no Mundial de atletismo em Paris 2023. Foram 10 medalhas no total, sendo cinco ouros, três pratas e dois bronzes, além de dois recordes mundiais obtidos pela paulista Beth Gomes no arremesso de peso e no lançamento de disco, ambos pela classe F53 (que competem em cadeiras). Além dela, os fluminenses Ricardo Mendonça, nos 200m T37 (paralisados cerebrais), e Felipe Gomes, nos 400m T11 (cegos), e o mineiro Claudiney Santos, no lançamento de disco da classe F56, foram os outros medalhistas dourados do dia. 

Já as pratas vieram com o sul-mato-grossense Fabrício Ferreira, nos 100m T13 (com deficiência visual), e com os paulistas Alessandro Silva, no arremesso de peso F11 (cegos), e Christian Gabriel da Costa, nos 200m T37.  As duas medalhas de bronze do Brasil no dia foram conquistadas em provas de velocidade. O fluminense Fábio Bordignon terminou na terceira posição os 200m da classe T35 e o paulista Matheus de Lima ficou na mesma posição nos 100m T44 (com deficiência nos membros inferiores).

11 campeões mundiais e 25 medalhistas no Mundial de natação
O Brasil saiu de Manchester com um aproveitamento altíssimo em relação a atletas medalhistas. 86% dos convocados voltaram para o país com pelo menos uma medalha. Dos 29 brasileiros que estiveram na Inglaterra, apenas quatro não subiram ao pódio. Além disso, 11 nadadores do país foram campeões mundiais, considerando provas individuais e revezamentos. 

Haja fôlego
A potiguar Thalita Simplício viveu uma verdadeira maratona de provas seguidas no Mundial de atletismo em Paris. A atleta da classe T11 (cegas) deu nove tiros de velocidade em oito dias de competição. Ela correu as disputas de round 1, semifinais e final das provas de 100m, 200m e 400m e conquistou medalhas em todas: um ouro (400m) e dois bronzes (100m e 200m).

12 recordes das Américas quebrados em Manchester 
A delegação brasileira foi responsável pela quebra de 12 recordes das Américas, em sete dias, durante o Mundial de natação paralímpica de Manchester. Essa conta não considera a marca mundial estabelecida por Carol Santiago nos 50m livre. Confira os recordes continentais registrados pelos Brasileiros na Inglaterra:

Mariana Gesteira (S9) – 50m livre: 27s70
Revezamento misto 4x100m livre – 34 pontos: 4min07s27
Revezamento misto 4x100m medley – 34 pontos:4min35s30
Revezamento misto 4x100m medley – 49 pontos: 4min28s63
Cecília Araújo (S8) – 50m livre: 30s03
Talisson Glock (S6) – 400m livre: 4min52s42
Gabriel Araújo (S2) – 100m costas: 1min55s34
Douglas Matera (S11) – 100m borboleta: 58s28
Samuel de Oliveira (S5) – 50m borboleta: 31s21
Gabriel Araújo (S2) – 50m livre: 51s30
Samuel de Oliveira –  50m livre: 31s58
Débora Carneiro – 100m peito: 1min15s10

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Alessandro Silva, Beth Gomes, Cecília Araújo, Débora Carneiro, Douglas Matéria, Gabriel Araújo, Mariana Gesteira, Petrúcio Ferreira, Samuel de Oliveira, Talisson Glock e Thalita Simplício são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Time São Paulo
Os atletas Alessandro Silva, Beth Gomes, Cecília Araújo, Phelipe Rodrigues e Talisson Glock são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.

Assessoria de comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (Imp@cpb.org.br)

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  • Braskem
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