O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) vai anunciar na próxima quinta-feira, 18, a convocação dos atletas do tênis em cadeira de rodas que representarão o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que acontecerão de 28 de agosto a 8 de setembro. Resta somente a divulgação desses competidores para a delegação brasileira ficar completa para a competição na capital francesa.
A convocação de toda a delegação brasileira tem sido realizada em três partes. A primeira convocação aconteceu no último dia 25 de junho, enquanto a segunda lista dos atletas foi divulgada nesta quinta-feira, 11, quando houve a convocação de 147 esportistas de nove modalidades, sendo 126 atletas com deficiência, 17 guias (sendo 16 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, e um timoneiro do remo.
Com isso, somando com a primeira lista de convocação, a delegação brasileira já conta com 271 participantes em Paris. Essa já é a maior delegação brasileira convocada para uma edição dos Jogos fora do Brasil. Antes, a maior equipe nacional era de 259 convocados em Tóquio 2020. O recorde de participantes do país foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil sediou o megaevento e contou com 278 atletas em todas as 22 modalidades já classificadas automaticamente.
A segunda lista contou com a convocação de 70 atletas e 16 guias do atletismo, nove competidores e três calheiros da bocha, seis ciclistas, 13 judocas, 11 halterofilistas, sete atletas e um timoneiro do remo, cinco arqueiros, dois atiradores esportivos, além de três atletas e um guia do triatlo.
Modalidade com a maior quantidade de convocados para Paris 2024, o atletismo é o esporte em que o Brasil mais conquistou medalhas em Jogos Paralímpicos. Ao todo, o país já faturou 170 medalhas na história da competição somando os pódios das provas nas pistas e no campo – foram 48 de ouro, 70 de prata e 52 de bronze.
O atletismo paralímpico brasileiro teve a sua melhor participação nos Jogos do Rio 2016, quando foi responsável por 33 medalhas de um total de 72 pódios conquistados pela delegação brasileira. Uma representatividade de 46% do total. Em Tóquio 2020, os esportistas do atletismo subiram ao pódio 28 vezes.
Terceira modalidade que mais trouxe medalhas para o Brasil na história dos Jogos Paralímpicos, com 25 pódios (cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes), o judô contará com a ida da paulista Alana Maldonado (classe J2), primeira mulher medalhista de ouro do Brasil na modalidade (em Tóquio 2020), e do paraibano Wilians Araújo (J1), campeão mundial em 2022.
A bocha, quarta modalidade mais vencedora do país em Jogos, com 11 medalhas (seis ouros, uma prata e quatro bronzes), tentará superar os dois bronzes conquistados em Tóquio 2020. Para isso, será representada por atletas como Andreza Vitória (BC1), campeã mundial em 2022, e do cearense Maciel Santos (BC2), campeão parapan-americano em 2023 e ouro na Copa do Mundo no Rio 2022.
Já no último dia 25 de junho, foram anunciados 124 atletas de 10 modalidades, sendo 122 atletas com deficiência e dois goleiros. Por modalidade, houve a convocação de 37 atletas da natação, 24 do vôlei sentado, 15 do tênis de mesa, 12 do goalball, 10 do futebol de cegos, oito da canoagem, sete da esgrima em cadeira de rodas, seis do taekwondo, três do badminton e dois do hipismo.
A natação é a segunda modalidade em que o Brasil mais conquistou medalhas na história dos Jogos Paralímpicos, com 125 medalhas (40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes). Fica atrás apenas do atletismo, que soma 170 pódios. Como destaque deste ciclo paralímpico, os nadadores do país conseguiram uma campanha histórica no Mundial da Ilha da Madeira 2022 ao ficarem na terceira colocação do quadro de medalhas do evento, com 53 medalhas, sendo 19 de ouro, 10 de prata e 24 de bronze.
Em 2023, os atletas da modalidade ainda subiram 46 vezes ao pódio (16 ouros, 11 pratas e 19 bronzes) no Mundial de Manchester (ING), quando ficaram na quarta colocação, e conquistaram 120 medalhas no Parapan de Santiago (CHI), sendo 67 ouros, 30 pratas e 23 bronzes.
A mesatenista catarinense Bruna Alexandre também teve seu nome confirmado na primeira convocação do CPB e se tornou a primeira atleta brasileira apta a defender o Brasil nos Jogos Paralímpicos e Olímpicos no mesmo ciclo.
A atleta, que foi submetida à amputação do braço direito por consequência de uma trombose, esteve presente em quatro dos oito pódios brasileiros na modalidade até o momento nos Jogos — três pratas e cinco bronzes.
O Brasil conseguiu ainda dobrar a quantidade de atletas representantes no taekwondo em relação a Tóquio 2020, quando a modalidade estreou no programa dos Jogos Paralímpicos. Foram seis lutadores brasileiros convocados para Paris 2024, sendo que três deles estarão presentes pela segunda vez na competição: os paulistas Nathan Torquato, atual campeão paralímpico, e Débora Menezes, além da paraibana Silvana Fernandes.
Na história dos Jogos Paralímpicos, o Brasil já conquistou 373 medalhas (109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze), ou seja, está a 27 do seu 400º pódio no evento. Na última edição, Tóquio 2020, o país fez a sua melhor campanha com 72 medalhas no total, a mesma quantidade obtida nos Jogos do Rio 2016. Destas, 22 foram de ouro, superando as 21 de Londres 2012. Ainda foram mais 20 pratas e 30 bronzes no Japão.
Patrocínios
As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo.
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial das modalidades bocha, judô, halterofilismo e tiro esportivo.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Petrúcio Ferreira, Jerusa Geber, Beth Gomes, Alana Maldonado, Wanna Brito, Andreza Vitória e Mariana D’Andrea são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 114 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)