O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) realizou a Classificação Esportiva Paralímpica internacional de 78 esportistas durante o Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de atletismo, disputado de 6 a 8 de dezembro no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Passaram pelo processo 71 atletas com deficiência física e sete com deficiência intelectual.
A Classificação Esportiva Paralímpica determina quais atletas são elegíveis para o Movimento Paralímpico e como eles serão agrupados em suas provas. Cada modalidade tem seu próprio sistema de classificação, que é formulado de acordo com o impacto da deficiência na prática esportiva.
Em geral, a Classificação Esportiva Paralímpica é realizada às vésperas de uma competição. No Brasileiro, o trabalho foi realizado por nove classificadores internacionais.
Os especialistas também ofereceram um curso para o aperfeiçoamento de classificadores, que contou com 17 participantes (seis classificadores de atletas com deficiência física e 11 de atletas com deficiência intelectual). Além de classificadores do Brasil, o curso também recebeu participantes de Argentina, Chile, Porto Rico e Canadá, entre outros.
João Casteleti, gerente de Educação e Ciência do CPB, explicou que a classificação realizada no Brasileiro Loterias Caixa ajudou a lidar com uma demanda reprimida global por este procedimento que é consequência da pandemia de Covid-19. A paralisação de competições em tempos de isolamento reduziu a oportunidade de classificação de atletas .
João Paulo Cunha, coordenador do atletismo no CPB, explicou que o CPB busca classificar todos os atletas que estejam entre os dez primeiros do ranking mundial em provas que fazem parte dos Jogos Paralímpicos, levando em conta a oferta de vagas para classificação disponíveis nas competições internacionais.
“Em geral, conseguimos classificar cerca de cinco atletas em uma competição internacional. Classificar 78 atletas é um número muito grande, muito importante para nós. Conseguimos atender a maioria dos atletas bem ranqueados e também atletas jovens e promissosres. Isso nos dará tranquilidade por algum tempo”, afirmou.
Um dos esportistas que passaram pelo processo de classificação ao longo do Brasileiro foi o amapaense Sandro Hiroshi, 20. O jovem pratica atletismo desde os 16 anos, idade com a qual recebeu classificação nacional para disputar provas pela classe F40 (baixa estatura) – confirmada durante o processo de classificação internacional.
A validade internacional da classificação de Sandro foi importante para o atleta no próprio Brasileiro Loterias Caixa. No sábado, 7, o amapaense registrou um recorde das Américas no lançamento de disco, com a distância de 20,71m.
Caso Sandro não tivesse obtido uma classificação internacional para disputar o Brasileiro, sua marca não teria sido validada internacionalmente.
Patrocínio
As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)