O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) anunciou nesta segunda-feira, 3, o treinador Felipe Santos Silva, 42, como novo técnico-chefe da natação paralímpica brasileira. Ele assume cargo que era ocupado por Leonardo Tomasello desde 2014.
Além de Felipe, o CPB também passa a contar com o ex-atleta Carlos Alonso Farrenberg, 45, medalhista de prata nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, como novo coordenador da modalidade.
Formado em Educação Física pela Uniban, Felipe faz parte da equipe técnica do CPB desde 2014. Antes, foi treinador da natação convencional do Clube Paineiras por quatro anos.
O novo treinador-chefe do Brasil já esteve presente em três edições dos Jogos Paralímpicos (Rio 2016, Tóquio 2020 e Paris 2024). Nestas ocasiões, atletas treinados diretamente por ele conquistaram nove medalhas, sendo dois ouros, duas pratas e cinco bronzes.
“Substituir o Leonardo Tomasello, que é um amigo pessoal meu, será um desafio muito grande, mas acredito estar preparado depois de 11 anos no CPB”, disse.
Felipe afirmou que entre suas prioridades estará promover a renovação da natação paralímpica brasileira, visando os Jogos de Los Angeles 2028 e Brisbane 2032. “A renovação é um ponto importante há muito tempo. Temos atletas novos chegando que farão sua classificação internacional neste ano. Alguns deles estarão com resultados interessantes em 2028 e teremos uma equipe bem forte formada por esses jovens em 2032”, afirmou.
Outro tema de interesse de Felipe é a identificação de talentos em todas as regiões do Brasil, em especial a partir do Meeting Paralímpico Loterias Caixa, competição do CPB que, a exemplo do ano passado, terá etapas em todas as unidades federativas do Brasil em 2025.
“É espetacular termos competições em todas as regiões do Brasil. Minha ideia é chegar nos lugares menos consolidados, onde podemos captar atletas com potencial que talvez ainda não conheçam tão bem o Movimento Paralímpico”, explicou.
Carlos Farrenberg tem baixa visão em decorrência de toxoplasmose. É medalhista de prata dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 nos 50m livre para a classe S13. Também disputou os Jogos de Pequim 2008 e Londres 2012.
O novo coordenador da modalidade é formado em Educação Física pela Universidade Santa Cecília, de Santos. Nadador desde os sete anos, conheceu o Movimento Paralímpico e fez sua classificação funcional durante sua graduação.
Ainda antes de encerrar sua carreira como atleta, obteve especialização em Gestão Esportiva em curso oferecido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em 2015. É colaborador do CPB desde 2022.
Entre outras atribuições, o novo coordenador acompanhou o desenvolvimento dos atletas da Seleção de base da modalidade nos últimos anos.
“Sei da responsabilidade que estou assumindo e sei que este será um grande desafio. Estar ao lado do Felipe será muito bom. Conheço ele desde 2014, quando eu ainda era atleta, e sempre tivemos um bom relacionamento. Mudam algumas pessoas, mas o trabalho continua. Não vamos tentar revolucionar aquilo que vem dando tão certo. Embora não seja um ano de Jogos Paralímpicos, tem muita coisa para acontecer, projetos novos surgindo”, afirmou.
A natação paralímpica é uma das modalidades mais vitoriosas para o Brasil. Nos Jogos de Paris 2024, os atletas da modalidade conquistaram 26 pódios (sete ouros, nove pratas e dez bronzes).
Patrocínio
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial da natação.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)