O Prêmio Paralímpicos, apresentado por Loterias Caixa, maior premiação do paradesporto nacional e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2011, homenageou atletas de 24 modalidades na noite desta quinta-feira, 12, em cerimônia realizada no Tokio Marine Hall, na capital paulista.
A solenidade foi transmitida ao vivo pelo SporTV2, com a apresentação dos jornalistas Vinícius Rodrigues e Joanna de Assis.
Em sua 13ª edição, o Prêmio Paralímpicos reconheceu os feitos dos atletas que se destacaram nas competições ao longo de 2024, ano no qual o Brasil alcançou a quinta colocação dos Jogos Paralímpicos de Paris, melhor posição já atingida pelo país na história do megaevento. O resultado foi obtido com um número recorde de 89 medalhas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze.
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A eleição dos 24 vencedores foi feita por uma comissão interna do CPB, a partir de uma lista enviada pelas confederações responsáveis por cada uma das modalidades representadas na premiação. Vale destacar que atletismo, halterofilismo, natação e tiro esportivo são modalidades gerenciadas pelo próprio CPB.
Com os troféus entregues nesta quinta-feira, o gaúcho Jovane Guissone se tornou o atleta paralímpico com mais troféus, tendo sido reconhecido como destaque de sua modalidade nas 13 edições do evento.
É o mesmo número de troféus do ex-nadador paulista Daniel Dias, agraciado em 13 oportunidades. No entanto, em duas delas, os troféus não tiveram relação direta por seus feitos na piscina. Em 2021, na 10ª edição do Prêmio Paralímpicos, Daniel recebeu uma homenagem especial após sua aposentadoria como atleta.
No ano passado, ele foi o vencedor da categoria Aldo Miccolis, que leva o nome de um dos pioneiros do esporte adaptado no Brasil. É um troféu destinado a pessoas ou instituições que, assim como Aldo, contribuíram para o esenvolvimento do esporte paralímpico.
Entre as mulheres, a nadadora pernambucana Carol Santiago e a mesatenista catarinense Bruna Alexandre terminam esta edição do prêmio empatadas como as únicas com oito troféus do Prêmio Paralímpico. Além de terem sido consideradas destaques de suas modalidades em 2024, Carol foi eleita atleta feminina do ano de 2024, honraria que Bruna recebeu em 2023.
Ainda na noite desta quinta-feira foram anunciados vencedores de outras 11 premiações: Aldo Miccolis, Personalidade Paralímpica, Prêmio Loterias Caixa, Prêmio Braskem, Memória Paralímpica, Melhor Técnico Individual, Melhor Técnico Coletivo, Atleta Revelação, Melhor Atleta Masculino, Melhor Atleta Feminino e o Atleta da Galera. Essa última categoria é a única que teve um premiado escolhido por meio de eleição popular.
Conheça os atletas premiados nas 24 modalidades:
ATLETISMO
JERUSA GEBER DOS SANTOS
@jerusaatletismo
Nascimento: 26/04/1982, Rio Branco (AC)
Classe: T11
História: Jerusa nasceu totalmente cega. Ao longo da vida, fez algumas cirurgias que possibilitaram que ela enxergasse um pouco, mas aos 18 anos voltou a perder totalmente a visão. Conheceu o esporte paralímpico aos 19 anos a convite de um amigo também deficiente visual. Em 2019, Jerusa se tornou a primeira atleta cega a correr os 100m abaixo dos 12s.
Principais conquistas: Ouro nos 100m e 200m nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; ouro nos 100m e bronze nos 200m no Mundial de Kobe 2024.
“É muito gratificante. Sem duvida este ano foi muito arcante, com muitas vitórias e conquistas, pelas quais só tenho de agradecer a Deus. Aos 42 anos conquistei duas medalhas de ouro, algo muito difícil, mas graças a todo a equipe que tabalha comigo, isso pode acontecer. Foram várias frustrações até chegar a estaas conquistas em Paris, que oram inesquecíveis e fieram o melhor ano de minha vida.”
BADMINTON
VITOR GONÇALVES TAVARES
@vitorgtavares
Nascimento: 07/03/1999, Curitiba (PR)
Classe: SH6
História: Vitor possui hipocondroplasia congênita, popularmente conhecida como nanismo. Em 2016, ele conheceu o badminton no colégio por meio de um professor que dava aulas para crianças e atletas de alto rendimento e o convidou para praticar a modalidade.
Principais conquistas: Bronze no individual simples SH6 nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; bronze no individual e nas duplas masculinas no Mundial da Tailândia 2024.
“Foi um ano esplêndido, magnífico. Entrei para a história com uma conquista inédita para o badminton e agora encerro com mais este troféu muito gratificante e me motiva para buscar uma medalha de ouro no próximo ciclo.”
BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS
PAOLA KLOKLER
@paolaklokler14
Nascimento: 26/01/1991, São Paulo (SP)
Classe: 3.5
História: Paula nasceu com má-formação congênita da perna esquerda. Conheceu o basquete em cadeira de rodas aos 12 anos de idade.
Principais conquistas: Campeã brasileira em 2024, sendo maior pontuadora da competição, com 95 pontos.
BOCHA
EVANI SOARES DA SILVA CALADO
@evanicaladobc3
Nascimento: 29/11/1989, Garanhuns (PE)
Classe: BC3
História: Evani teve paralisia cerebral ao nascer causada por falta de oxigênio na hora do parto. Com 20 anos e cursando o primeiro semestre da faculdade de publicidade e propaganda, a atleta conheceu a bocha em um projeto da universidade
Principais conquistas: Quarta colocada nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; prata na etapa da Copa do Mundo de Póvoa do Varzim 2024.
“Eu fiz istória em Paris, por ter sido a primeira atleta da classe BC3 a chegar à disputa de uma medalha paralímpica. Agora tenho a certeza de que posso mais nas próximas. Sou muito grata pelo Prêmio. Ele tem muito significado para mim e para todos os que me ajudaram a chegar até aqui. Nele tem também pai, mãe, técnico, comissão-técnica, muita gente.”
CANOAGEM
FERNANDO RUFINO
@rufinopeao
Nascimento: 22/05/1985, Itaquiraí (MS)
Classe: KL2 / VL2
História: Fernando sempre teve o sonho de conquistar o mundo montado em cima de um touro. No entanto, após ser atropelado por um ônibus e perder parcialmente o movimento das pernas, o sul-matogrossense começou na canoagem.
Principais conquistas: Ouro nos 200m VL2 (canoa) nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; ouro nos 200m VL2 no Mundial da Hungria 2024.
“Este ano foi muito glorioso. Agradeço minha equipe e o apoio do CPB. Foram vitórias conquistadas com muito investimento para que eu chegasse num nível tão bom. Há muito aprendizado também estar entre os melhores, resultado de muito esforço e muito trabalho.”
CICLISMO
JADY MARTINS MALAVAZZI
@jadymalavazzi
Nascimento: 07/09/1994, Jandaia do Sul (PR)
Classe: H3
História: Jady perdeu o movimento das pernas aos 13 anos de idade, depois de um acidente de carro. Logo após sua recuperação, começou a jogar basquete em cadeira de rodas. Em 2011, passou para o ciclismo e já participou dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara.
Principais conquistas: Ouro na prova de estrada no Mundial de ciclismo na Suíça 2024; prata na prova de resistência na etapa da Copa do Mundo de ciclismo da Bélgica 2024.
“Foi um ano bem atípico, bem difícil. Sai dos Jogos Paralímpicos bem frustrada com um quarto lugar e, de dias depois, eu me tornei campeã Mundial. Isso mostrou para mim que eu tinha condições e a medalha não veio por detalhes que não estavam no meu controle. Isso foi para mim um alívio e uma motivação para seguir em frente.”
ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS
JOVANE GUISSONE
@jovaneguissone
Nascimento: 11/03/1983, Barros Cassal (RS)
Classe: B
História: Jovane teve uma lesão na medula aos 22 anos causada por disparo de arma de fogo durante um assalto. Três anos depois do ocorrido, passou a treinar a esgrima em cadeira de rodas e se identificou com a modalidade.
Principais conquistas: Ouro na espada B e no florete B no Campeonato Brasileiro de esgrima em cadeira de rodas 2024; quinto colocado na Copa do Mundo em São Paulo 2024.
“Estou muito feliz por chegar ao meu 13º Prêmio. É resultado de muito trabalho durante o ano todo. Disputar com o Daniel Dias o recorde de troféus é algo incrível, não tem ninguém igual a ele. Vou continuar trabalhando para que 2025 seja um ano muito melhor do que 2024 e daí em diante. Vamos ter Mundial, Regional das Américas. Vou chegar ao final do ano com muitos títulos para chegar o 14º Prêmio.”
ESPORTES DE INVERNO
CRISTIAN RIBERA
@cristian.w
Nascimento: 13/11/2002, Cerejeiras (RO)
Classe: Esqui cross-country
História: Cristian nasceu com artrogripose – doença congênita das articulações das extremidades – e, em busca de tratamento, mudou-se de Rondônia para São Paulo. Começou no esporte com 15 anos, quando foi o atleta mais jovem a participar dos Jogos Paralímpicos de Inverno PyeongChang 2018. Já passou por 21 cirurgias para a correção das pernas. Hoje, além do esqui cross-country, também faz natação, atletismo e anda de skate.
Principais conquistas: Ouro na prova de sprint e prata na prova dos 5km na Copa do Mundo de esqui cross-country na Itália 2024.
FUTEBOL DE CEGOS
RAIMUNDO NONATO ALVES MENDES (NONATO)
@nonatomendes08
Nascimento: 19/08/1987, Orocó (PE)
Classe: B1
História: Nonato nasceu praticamente sem enxergar devido a uma retinose. Sempre gostou de jogar bola com os amigos. O futebol de cegos entrou em sua vida aos 23 anos.
Principais conquistas: Bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; bronze no Grand Prix na França 2024; campeão brasileiro 2024.
“Para mim é uma honra enorme ter sido escolhido Entre muitos atletas extremamente bons e competentes. Para mim é uma emoção muito grande.”
FUTEBOL PC
EVANDRO SOUZA
@souza08_evandroatleta
Nascimento: 12/01/1991, Santo André (SP)
Classe: FT2
História: Evandro teve paralisia cerebral na hora do nascimento e os movimentos dos dois lados do corpo ficaram comprometidos. Sempre jogou futebol com os amigos em campeonatos amadores. Um amigo de um treinador de futebol PC o mostrou a modalidade.
Principais conquistas: Campeão brasileiro 2024, sendo artilheiro da competição, com 12 gols; quarto lugar na Copa do Mundo da Espanha 2024 e artilheiro da equipe nacional, com três gols.
“Hoje estou feliz por estar recebendo esse prêmio. Agradeço muito a pessoas que me incentivaram e vou seguir em frente.”
GOALBALL
LEOMON MORENO DA SILVA
@leomonmorenoficial
Nascimento: 21/08/1993, Brasília (DF)
Classe: B1
História: Leomon perdeu a visão quando ainda era um bebê, por conta de uma retinose pigmentar. O atleta conheceu a modalidade por meio dos irmãos, que já praticavam o esporte e possuem a mesma doença que ele.
Principais conquistas: Bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; ouro da Nations Cup na Alemanha 2024.
“É um troféu que resume todo o trabalho feito. É uma felicidade imensa saber que, com humildade desde o início, consegui chegar aqui. Será sempre assim, com humildade e coletividade. Este prêmio não é só meu, é de todo o goalball brasileiro.”
HALTEROFILISMO
TAYANA DE SOUZA MEDEIROS
@taayanamedeiros
Nascimento: 14/03/1993, Rio de Janeiro (RJ)
Classe: Até 86kg
História: Nasceu com uma doença chamada artrogripose, que comprometeu o movimento de suas pernas. Conheceu o halterofilismo depois de um evento da modalidade antes dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e se apaixonou pelo esporte.
Principais conquistas: Ouro na categoria até 86kg nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; ouro na etapa de Dubai e prata em Tbilisi da Copa do Mundo de halterofilismo paralímpico 2024.
“Pra mim está sendo uma honra e tanto. Ganhar um ouro depois do bicampeonato da Mariana D’Andrea em Paris foi uma grande responsabilidade. Agora, é uma honra representar todas as mulheres do halterofilismo neste momento especial.”
HIPISMO
SÉRGIO FROES RIBEIRO DE OLIVA
@cavaleirosergiooliva
Nascimento: 17/08/1982, Brasília (DF)
Classe: III
História: Sérgio teve paralisia cerebral por falta de oxigenação na incubadora. Em 1989, começou no hipismo como forma de terapia. Aos 13 anos, perdeu os movimentos do braço direito em um acidente. Voltou a praticar hipismo em 2002, em provas de salto e de adestramento.
Principais conquistas: Ouro no Grand Prix A 2024; bronze no torneio internacional CPEDI3 em Stadl Paura (AUT) 2024
“Para mim, este troféu representa muitas coisas, minha história, a conquista da vaga para os Jogos de Paris. Nem sempre a gente ganha, mas eu amo o que faço e tenho paixão pelo meu esporte. Tenho certeza de que fiz aquilo que eu poderia fazer e vou seguir buscando meus objetivos.”
JUDÔ
REBECA DE SOUZA SILVA
@rebecasilvajudoca
Nascimento: 11/03/2001, São Bernardo do Campo (SP)
Classe: J2
História: Tem deficiência visual por conta da genética da família. Nasceu com Amaurose Congênita de Leber (ACL), uma doença degenerativa hereditária rara que afeta a retina. Praticou atletismo, natação e goalball antes de ir para o judô, em 2013, por meio de um projeto.
Principais conquistas: Ouro na categoria acima de 70kg nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; bronze no Grand Prix de Antalya 2024; bronze no Grand Prix de Heidelberg 2024.
“Só o que descreve este momento é felicidade. Desde o ouro em Paris, o reconhecimento aumentou muito. Tenho um título que poucas pessoas vão ter na vida. Agora, com o Prêmio, fecho o ano com chave de ouro. É sensacional ser reconhecida pelo CPB, por todo nosso esforço.”
NATAÇÃO
MARIA CAROLINA SANTIAGO
@mariacarolinasantiago
Nascimento: 02/08/1985, Recife (PE)
Classe: S12
História: Carol nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico.
Principais conquistas: Ouro nos 50m livre, 100m livre e 100m costas, além da prata nos 100m peito e no revezamento 4x100m livre 49 pontos, nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; ouro nos 50m livre, nos 100m peito e nos 100m livre na etapa de Berlim do World Series 2024.
“Foi um ano maravilhoso. Saio muito satisfeita. Foi uma preparação de três anos para os Jogos que me permitiram estar muito pronta para viver esses grandes resultados. Os atletas paralímpicos brasileiros fizeram história e fico muito honrada de fazer parte disso.”
REMO
DIANA CRISTINA BARCELOS DE OLIVEIRA
@dianabarcelos88
Nascimento: 17/03/1988, Rio de Janeiro (RJ)
Classe: PR3
História: Diana sofreu um acidente em 2004 e foi submetida à amputação da perna direita, abaixo do joelho. Em 2016, começou no remo paralímpico. Antes havia praticado a vela adaptada. Foi uma das representantes do Brasil na modalidade nos Jogos de Paris 2024.
Principais conquistas: Prata na regata qualificatória de Lucena 2024; 5º lugar nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; campeã brasileira 2024.
JAIRO NATANAEL FROHLICH KLUG
@jairoklug
Nascimento: 18/04/1984, São Paulo (SP)
Classe: PR3
História: Jairo é ex-atleta convencional do remo e chegou a participar dos Jogos Pan-Americanos do Rio 2007. Após um acidente de moto, ele ficou com monoparesia no membro superior esquerdo. Em 2012, ingressou no remo paralímpico.
Principais conquistas: Prata na regata qualificatória de Lucena 2024; 5º lugar nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; vice-campeão brasileiro 2024.
RÚGBI EM CADEIRA DE RODAS
GABRIEL FEITOSA DE LIMA
@gabrielflima11
Nascimento: 06/12/1999, São Paulo (SP)
Classe: 3.5
História: Gabriel nasceu com má-formação nos quatro membros. Ele era jogador de vôlei sentado e um técnico de rúgbi viu uma reportagem sobre ele e o convidou para conhecer a modalidade, no fim de 2017. O paulista chegou à Seleção em setembro de 2018.
Principais conquistas: Campeão brasileiro 2024
“Esta é a quarta vez consecutiva que ganho o troféu. É um troféu diferente. Foi um ano difícil, batemos na trave para conseguir uma vaga para os Jogos Paralímpicos, mas sabemos da evolução do rúgbi, estávamos avançando bastante.”
TAEKWONDO
ANA CAROLINA SILVA DE MOURA
@krolinamoura
Nascimento: 27/11/1995, Belo Horizonte (MG)
Classe: K44
Categoria: até 65kg
História: Tem má-formação congênita do antebraço direito. Iniciou no esporte buscando uma ferramenta de autodefesa, após ser assaltada e perder um colar que sua tia deu para todas as sobrinhas quando nasceram. Antes, experimentou futebol, dança e ginástica rítmica.
Principais conquistas: Ouro na categoria até 65kg nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; ouro no Pan-americano da modalidade no Rio 2024.
“Eu me sinto muito honrada com essa premiação logo em meu primeiro ciclo. E melhor ainda é trazer visibilidade para minha modalidade. Espero que o taekwondo possa crescer ainda mais e outros atletas possam trazer mais resultados e crescimento para ele.”
TÊNIS DE MESA
BRUNA ALEXANDRE
@bruninha_alexandre
Nascimento: 29/03/1995, Criciúma (SC)
Classe: 10
História: Aos seis meses de vida, Bruna foi submetida à amputação do braço direito por consequência de uma trombose. A jovem começou no tênis de mesa aos 12 anos. Até 2009, competiu em torneios apenas para atletas sem deficiência. Em 2024, tornou-se a primeira atleta paralímpica brasileira convocada para uma edição de Jogos Olímpicos.
Principais conquistas: Bronze no individual feminino e nas duplas femininas WD20 nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
“Fiquei feliz por este troféu. Foi um ano bem positivo para mim.”
TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS
LEANDRO GONÇALVES PENA
@leandro.pena
Nascimento: 29/05/1990, Salto da Divisa (MG)
Classe: Quad
História: Leandro nasceu com uma agenesia, uma má-formação nas duas pernas até a altura dos joelhos e apenas dois dedos na mão direita. Começou a praticar a modalidade em 2019. Tem 31 títulos no currículo, entre simples e duplas.
Principais conquistas: Quarto colocado na Copa do Mundo da Turquia 2024; ouro no simples de Indian Wells.
TIRO COM ARCO
JANE KARLA RODRIGUES
@janetiroarco
Nascimento: 06/07/1975, Goiânia (GO)
Classe: Open
História: Jane Karla teve poliomielite aos três anos de idade. Após 11 anos como atleta de tênis de mesa, migrou para o tiro com arco em 2014, mas a sua primeira competição foi apenas no início de 2015, quando já conquistou sua primeira medalha na nova modalidade. Foi ouro na Arizona Cup, nos Estados Unidos. No mesmo ano, já se colocou entre as dez melhores do mundo e conquistou o primeiro lugar nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015.
Principais conquistas: Ouro no II Grand Prix da Espanha 2024; ouro no pan-americano da modalidade em São Paulo 2024.
“O Prêmio representa muito. Aqui vemos nosso trabalho sendo gratificado. É um fechamento do ano com uma grande chave de ouro. Agora é foco nos Jogos de Los Angeles 2028. Espero fazer u ciclo muito bem feito no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, para trazer essa medalha.”
TIRO ESPORTIVO
ALEXANDRE GALGANI
@alexandre_galgani
Nascimento: 25/04/83, Americana (SP)
Classe: SH2
História: Com 18 anos, Galgani mergulhou em uma piscina, bateu a cabeça no fundo e sofreu uma lesão na coluna, perdendo os movimentos do corpo. Em 2013, conheceu o treinador da Seleção Brasileira, James Neto, que o introduziu no esporte.
Principais conquistas: Prata na prova R5 Carabina de Ar – 10 m – Posição Deitado Misto SH2 nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; prata na R5 – time misto 10m carabina de ar deitado SH2 e ouro na R4 – time misto 10m carabina de ar em pé SH2 na etapa da Índia da Copa do Mundo 2024.
“Este ano o gosto de ganhar este troféu está muito especial, depois de atingir minha meta que era uma medalha paralímpica. Se Deus quiser, nos próximos Jogos vou buscar um ouro.”
TRIATLO
JÉSSICA FERREIRA
@jessicamessali
Nascimento: 29/10/1987, Jaboticabal (SP)
Classe: PTWC
História: Jéssica ficou paraplégica após um acidente de carro em 2013. Logo após sua recuperação, conheceu o ciclismo e obteve rápido destaque. Começou no triatlo em 2017. Em 2021, Jéssica sofreu queimaduras nos pés e pernas, e foi submetida à amputação de parte do pé.
Principais conquistas: Vice-campeã mundial 2024 em Torremolinos (ESP); ouro na etapa da Copa do Mundo 2024 de Alhandra (POR).
“Eu tive um ano difícil, um evento muito desafiador nos Jogos Paralímpicos e ainda estou lidando com o que aconteceu. O Prêmio é um gesto acolhedor, um reconhecimento de que fiz o meu melhor na temporada, de minhas medalhas em Mundial, etapas de Copa do Mundo, regionais. Ele vem me mostrar que eu consegui uma boa performance durante o ano e sou muito mais do que aquele ocorrido. Sou muito grata por receber ele, estou muito feliz.”
VÔLEI SENTADO
SUELLEN CRISTINE DELLANGELICA LIMA
@suellendellangelica
Nascimento: 04/11/1998, São Paulo (SP)
Classe: VS2
Posição: Atacante
História: Suellen nasceu com má-formação congênita na mão esquerda. Foi um dos destaques dos Jogos Regionais de vôlei convencional na cidade de São Paulo. Em 2006, foi convidada para a Seleção Brasileira de vôlei sentado e, desde então, se dedica à modalidade.
Principais conquistas: Campeã brasileira em 2024; medalhista de ouro no Mundial da Bósnia 2022, prata nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015 e bronze nos Jogos do Rio 2016.
“Quando ficamos em quarto lugar nos Jogos Paralímpicos, fiquei com um sentimento ruim. Mas, depois avaliando melhor meu ano e tudo o que consegui entregar, a sensação agora é de dever cumprido.”
Patrocínio
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do Prêmio Paralímpicos.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br