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Conheça os atletas da Seleção Brasileira de tiro esportivo paralímpico que disputam o Mundial em Lima

À frente: Sérgio, Débora, Alexandre e Bruno, da Seleção de Tiro Esportivo; atrás: o técnico alemão Uwe Knapp e os atiradores Geraldo e Jéssica | Foto: Dhavid Normando/CPB

A Seleção Brasileira de tiro esportivo paralímpico que disputará o Mundial da modalidade, de 21 a 29 de setembro, em Lima, no Peru, conta com oito atletas de cinco estados brasileiros.

Esta será a nona edição do campeonato, a primeira no continente americano. Serão mais de 200 atiradores de aproximadamente 50 países em ação na Base Aérea de Las Palmas. O torneio oferece uma vaga por prova para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Classificam-se os vencedores de cada uma delas ou o atleta mais bem colocado que ainda não tenha vaga assegurada para o megaevento na capital francesa.

Um dos convocados, o paulista Alexandre Galgani foi o único representante do Brasil na modalidade nos Jogos de Tóquio 2020. Ele também obteve a melhor colocação do país na última edição do Mundial, em 2022, nos Emirados Árabes. O paulista alcançou a sétima colocação na prova R5 Carabina de Ar – 10 m – Posição Deitado Misto SH2.

A catarinense Jéssica Michalak é a atleta mais jovem da delegação, com 29 anos, enquanto o paulista André Colin, do tiro ao prato (trap), é o mais velho, com 70 anos.

A delegação conta com atletas de cinco estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. A Seleção foi convocada de acordo com os critérios de entrada divulgados pelo CPB em julho. Todos eles competirão sob o comando do técnico alemão Uwe Knapp, que está à frente da equipe desde março deste ano.

Confira o perfil dos atletas:

ANDRE LUIZ DUIZIT COLIN
Data de Nascimento:
19/11/1952
Local de Nascimento: Lorena (SP)
Classe: SG-L
História: Teve parte da perna esquerda amputada em um acidente automobilístico aos 15 anos. Começou a praticar o tiro esportivo dez anos depois, e conciliou o esporte com a profissão de engenheiro civil até sua aposentadoria. É especialista no tiro ao prato (trap).

ALEXANDRE AUGUSTO GALGANI
Data de nascimento: 2
5/04/1983
Local de nascimento: Americana (SP)
Classe: SH2
História: Com 18 anos, Galgani mergulhou em uma piscina, bateu a cabeça no fundo e sofreu uma lesão na coluna, perdendo parte dos movimentos. Alexandre sempre esteve em contato com o tiro brincando com carabinas de chumbinho. Em 2013, conheceu o então treinador da Seleção Brasileira, James Neto, e foi à Curitiba (PR) para receber orientações sobre o esporte. O contato com o profissional deixou o atleta empolgado e desde então aumentou a sua rotina de treinos. Alexandre foi o único atleta brasileiro classificado para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
Principais resultados: Prata na R4 Carabina de Ar – 10m – Posição em pé Misto SH2; Bronze por equipes na R5 – Carabina de Ar – time misto 10 m – Posição deitado SH2 na Copa do Mundo da França 2022; prata por equipes na R4 – time misto 10m posição em pé SH2 na Copa do Mundo da Coreia do Sul 2023.

BRUNO STOV KIEFER
Data de nascimento:
28/10/1985
Local de nascimento: Vitória (ES)
Classe: SH2
História: Devido à demora para nascer, o atleta ficou com paralisia cerebral que afeta os movimentos dos membros inferiores e superiores, especialmente o lado direito do corpo. Uma pessoa o abordou na rua e o convidou para praticar o tiro esportivo. Sua primeira convocação foi em fevereiro de 2018.
Principais resultados: Bronze na R4 Carabina de Ar – 10m – Posição em pé Misto SH2 e na R5 Carabina de Ar – 10m Posição Deitado Misto SH2 nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019; bronze por equipes na R5 – Carabina de Ar – time misto 10 m – Posição deitado SH2 na Copa do Mundo da França 2022; prata por equipes na R4 – time misto 10m posição em pé SH2 na Copa do Mundo da Coreia do Sul 2023.

CARLOS HENRIQUE PROKOPIAK GARLETTI
Data de nascimento: 2
9/11/1974
Local de nascimento: São Caetano do Sul (SP)
Classe: SH1
História: Garletti voava sozinho de parapente quando sofreu um acidente durante a aterrissagem, em 2002. O forte impacto com o solo provocou uma fratura na lombar, que diminuiu a força de suas pernas. Ele, que sempre gostou de atirar, passou a se dedicar ao tiro esportivo em 2003. É oftalmologista e representa o estado do Paraná, onde reside.
Principais resultados: Prata na R6 Carabina .22 – 50m – Posição Deitado Misto SH1 nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

DÉBORA DA SILVA RODRIGUES CAMPOS
Data de nascimento:
04/10/1975
Local de nascimento: Itaboraí (RJ)
Classe: SH1
História: Em julho de 1987, Débora foi atropelada em Itaboraí (RJ) e dez meses depois, devido a uma complicação, teve a perna direita amputada. Durante o período de recuperação, quando ainda era criança, a fluminense radicada em Curitiba brincava de espingarda de chumbinho. Ficou sem ter contato com o tiro por muito tempo, quando em 2009, em uma conversa informal com um colega, descobriu que ele praticava o esporte. Após alguns meses de treino, conquistou a medalha de ouro no Campeonato Brasileiro da modalidade. Representa o estado do Paraná nas competições da modalidade.
Principais resultados: Prata na P2 Pistola de ar feminina – 10m – SH1 nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

GERALDO VON ROSENTHAL
Data de nascimento:
13/02/1975
Local de nascimento: Campo Bom (RS)
Classe: SH1
História: No tiro esportivo há mais de uma década, Geraldo Rosenthal praticava a modalidade apenas por hobby. Com má-formação congênita na mão direita, chamada de síndrome de Poland, ele não conseguia competir com atiradores convencionais. Em 2007, o gaúcho conheceu Carlos Garletti e passou a competir nos campeonatos paralímpicos. O atleta foi o primeiro brasileiro a conquistar um ouro em uma etapa de Copa do Mundo, na Tailândia, em 2013.
Principais resultados: Ouro na P4 Pistola mista – 50m – SH1 e na P1 Pistola de ar masculina – 10m – SH, além de prata na P3 Pistola Mista – 25m – SH1 nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

JESSICA DAIANE MICHALACK
Data de nascimento:
17/03/1994
Local de nascimento: Timbó (SC)
Classe: SH2
História: Jéssica tem má-formação congênita nas mãos e nos pés. Começou no tiro esportivo, aos 22 anos, por influência de seu noivo que já praticava a modalidade no convencional. Conheceu o esporte paralímpico por meio do atleta Carlos Garletti, responsável por apresentar a modalidade adaptada a ela.
Principais resultados: Bronze por equipes na R5 – Carabina de Ar – time misto 10 m – Posição deitado SH2 na Copa do Mundo da França 2022; prata por equipes na R4 – time misto 10m posição em pé SH2 na Copa do Mundo da Coreia do Sul 2023.

SERGIO ADRIANO VIDA
Data de nascimento: 21/08/1965
Local de nascimento: Curitiba (PR)
Classe: SH1
História: Após um acidente automobilístico que o ejetou do veículo, em 1988, Sergio ficou paraplégico. O capitão reformado do Exército já competia no tiro esportivo convencional. Em 2002 migrou para a modalidade adaptada. No ano seguinte chegou à Seleção.
Principais resultados: Prata na P1 Pistola de ar masculina – 10m – SH1 e bronze na P4 Pistola mista – 50m – SH1 nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

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