A Seleção Brasileira de atletismo paralímpico que vai participar do Mundial da modalidade, a partir do dia 17 até 25 de maio, em Kobe, no Japão, terá um competidor de 18 anos como o mais novo da delegação e uma maior participação feminina na equipe nacional. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou a convocação de 50 atletas e 10 atletas-guia para a competição.
A competição no Japão será realizada no mesmo ano dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 após o Comitê Organizador Local (LOC, na sigla em inglês) solicitar ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) o adiamento do Mundial, que seria em 2021, devido à pandemia de coronavírus. Com isso, a cidade japonesa sediará o evento de atletismo no ano posterior ao Mundial de Paris 2023, quando o Brasil teve seu melhor desempenho na história em Mundiais. Foram 47 medalhas no total, sendo 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes.
Por outro lado, o país viu a participação feminina aumentar entre os participantes convocados em relação ao último Mundial. Dos 50 presentes na lista de convocação para Kobe, 19 são atletas mulheres, ou 38% do total. Na capital francesa, a representatividade feminina na delegação brasileira foi de 33%.
Já a maior presença feminina em Mundiais aconteceu em Lyon 2013, na França, quando 15 dos 35 nomes convocados naquela época eram de mulheres, ou 42,9% do total da Seleção.
O atleta mais jovem do Brasil no Japão, em contrapartida, será o mesmo do Mundial do ano passado. O paulista Vinicius Krieger Quintino, da classe T72 (que disputam a petra) será o mais novo brasileiro que estará na cidade japonesa. O atleta, que compete pela Associação Paradesportiva JR-SP, terá 17 anos e nove meses. Na França, tinha 16 anos e 11 meses.
A também paulista Beth Gomes será a mais experiente do país em Kobe. A lançadora e arremessadora da classe F53 (atletas que competem sentados) terá 59 anos e quatro meses quando iniciar a competição.
Ainda em relação à lista para Paris 2023, nove atletas são novidades na convocação deste ano. Entre eles, o acreano Edson Cavalcante, da classe T37 (paralisia cerebral) e bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016.
No entanto, já disputou outras edições de Mundiais: foi prata nos 100m no Mundial Doha 2015; bronze nos 100m no Mundial Lyon 2013; e bronze nos 100m no Mundial de Christchurch 2011.
Os irmãos rondonienses Kesley e Ketyla Teodoro, ambos da classe T12 (deficiência visual); e a paranaense Aline Rocha, ouro nos 800m T53/T54 (competem em cadeira de rodas) no Parapan de Santiago 2023, e campeã mundial na prova rápida de esqui cross-country no início do ano passado, também são novidades na relação de 2024.
Ao todo, o Brasil já conquistou 267 medalhas na história dos Mundiais de atletismo – sem considerar a participação do país na edição de Birmingham 1998 por falta de dados do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). Foram 88 ouros, 78 pratas e 96 bronzes.
Três meses depois, a temporada internacional de 2024 do atletismo paralímpico terá os Jogos Paralímpicos de Paris, de 28 de agosto a 8 de setembro.
O atletismo é também a modalidade mais vitoriosa do país na história dos Jogos Paralímpicos. Ao longo de todas as participações brasileiras, obteve a maior quantidade de medalhas para o país, com 170 pódios no total, sendo 48 ouros, 70 pratas e 52 bronzes.
A Seleção Brasileira de atletismo viajará de maneira escalonada em cinco voos para Kobe, sendo o primeiro embarque agendado para o dia 9 de maio.
Patrocínios
As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)