Nota atualizada em 20/06/2023, às 15h25
O Conexão Paralímpica, evento realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), acontece em Goiânia (GO) pela primeira vez na história, a partir desta quarta-feira, 21, até sexta-feira, 23, com disputas de cinco modalidades em três competições simultaneamente.
O evento será realizado em três locais e contará com 225 participantes de sete estados e do Distrito Federal (MS, PI, GO, AP, AC e TO): o Intercentros, torneio entre integrantes dos Centros de Referência do CPB, com 144 inscritos de 11 a 17 anos; as Paralimpíadas Universitárias, competição entre universitários (62 atletas); e as Paralimpíadas Militares, que vão reunir 19 competidores e têm o objetivo de estimular a prática esportiva entre militares e agentes de segurança com deficiência.
A abertura do Conexão Paralímpica acontece nesta quarta-feira, 21, a partir das 19h, no auditório da Faculdade de Educação Física da PUC Goiás, no Campus II.
A partir de quinta-feira, 22, as disputas de atletismo, bocha e tiro com arco ocorrerão no Campus II da PUC Goiás, enquanto que as de natação acontecerão no Sesi Multiparque. Já as provas de tiro esportivo vão ser disputadas na Liffe Academia de tiro, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana.
Em 2023, pela primeira vez, o Conexão Paralímpica passou a contar com três fases regionais e uma nacional. A primeira regional, realizada em maio, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, contou com a participação de 301 atletas de 11 estados e do DF.
O evento terá uma nova fase regional em João Pessoa (PB), de 18 a 21 de julho. No segundo semestre, em outubro, ocorrerá a fase nacional, novamente em São Paulo, no Centro de Treinamento Paralímpico.
Nesta edição goiana do Conexão, a amapaense Wanna Brito, 26, participará das disputas de atletismo das Paralimpíadas Universitárias. Prestes a embarcar para o Campeonato Mundial de atletismo, que acontecerá de 8 a 17 de julho em Paris, ela irá representar a Faculdade do Leste Mineiro, na qual é aluna do curso de pós-graduação em fisioterapia esportiva. Além disso, a atleta ingressou, recentemente, na graduação de Educação Física na Universidade Federal do Amapá. “É importante participar dessa competição para divulgar o esporte nas universidades e fazer com que ele esteja mais próximo das pessoas com deficiência. Quero mostrar que, por meio dele, a gente pode mais”, afirmou a amapaense.
Wanna chegará ao Conexão dias depois de quebrar três recordes das Américas no Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de atletismo, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, na última semana. A amapaense, da classe F32 (paralisia cerebral), estabeleceu as melhores marcas continentais no arremesso de peso e nos lançamentos de club e de disco. “Quero seguir melhorando minhas marcas e me superando a cada competição”, disse.
Segundo Ramon Pereira, diretor de Desenvolvimento esportivo do CPB, a reunião entre atletas de diversas origens e gerações fortalece o Movimento Paralímpico nacional. “No Conexão, a criança percebe que pode ser tanto um atleta de alto rendimento como também um universitário. Enfrentamos, assim, a ideia equivocada que ainda existe na sociedade de que a pessoa com deficiência não pode almejar uma profissão”, afirmou.
“Para militares, o evento permite a descoberta de que, mesmo após um acidente ou doença que cause limitação física em idade mais avançada, ainda há a possibilidade de ser um atleta paralímpico. Como a faixa etária dos participantes da competição é mais alta, entre 35 e 60 anos, são oferecidas nesta competição disputas em tiro com arco e tiro esportivo, modalidades que favorecem uma longevidade maior no esporte ao atleta”, explicou Ramon.
A primeira edição do Conexão Paralímpica teve apenas uma fase nacional, em outubro do ano passado, em João Pessoa, e reuniu 510 participantes.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
