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Como professores de Educação Física podem orientar alunos com deficiência visual à distância?

Técnico da Seleção Brasileira observa atleta se exercitando na tela do celular | Foto: Alê Cabral / CPB

A pandemia da Covid-19 provocou diversas mudanças no mundo esportivo. Uma delas foi a forma de relacionamento entre treinador e o praticante de esporte. E, para amenizar este cenário, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) lançou em junho o Movimente-se, uma plataforma on-line e gratuita que oferece atividade física para pessoas com deficiência.

Todo conteúdo do é ministrado pelos técnicos do CPB e quem demonstra os exercícios são atletas paralímpicos de alto rendimento. Os vídeos são divididos por tipo de deficiência com aulas específicas para cadeirantes, paralisados cerebrais, amputados e deficientes visuais.   Todas as aulas do programa, que já está no segundo módulo, estão disponíveis no site do Movimento Paralímpico. As videoaulas para pessoas com deficiência visual contam com o recurso de audiodescrição, serviço que descreve as imagens.

Além disso, para auxiliar ainda mais os alunos do Movimente-se que são cegos ou têm baixa visão, o CPB fechou uma parceria com o Be My Eyes, um aplicativo que conecta pessoas com deficiência visual a voluntários que emprestam seus olhos para ajudá-las. Por meio desse app, o CPB disponibiliza profissionais de Educação Física que tiram as dúvidas sobre as aulas desses alunos de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

Baseado nesta experiência, os técnicos do CPB que ministram as aulas do Movimente-se e aos que atendem as chamadas do Be My Eyes revelam algumas dicas de como trabalhar com alunos que são cegos ou têm baixa visão à distância.

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As orientações podem ajudar outros profissionais que orientam pessoas com deficiência visual na prática de atividade física. Confira:

1 – Apesar de ser uma nova fase de ensino, é preciso dar continuidade ao trabalho que era feito presencialmente. Mas considere as adaptações necessárias do mundo on-line.

2 – Conheça o ambiente em que o aluno vive para adaptar as aulas à realidade dele. É importante saber como é o local em que as atividades serão realizadas para saber, por exemplo, se há limitações de espaço. Esse conhecimento também é útil para adaptar objetos caseiros para auxiliarem nos exercícios.

3 – Tenha empatia. Se coloque no lugar do aluno para tentar entender como ele recebe suas informações. Imagine como seria receber as orientações sem o recurso da imagem.

4 – Não use termos técnicos para explicar os exercícios. O ideal é usar uma linguagem simples de fácil entendimento. Com instruções específicas e direcionadas, o praticante compreenderá os movimentos com mais facilidade. Tenha como base o repertório de movimentos dele.

5 – Busque sempre ter o feedback do participante para saber como ele está recebendo as informações passadas por você, profissional. Assim, ele também participará do processo de montagem das atividades e ficará mais motivado.

Confira aqui um passo a passo para começar a usar o Be My Eyes. O app está disponível na Google Play e na Apple Store.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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