O Festival Paralímpico Loterias Caixa em Colatina, no Espírito Santo, neste sábado, 4, contou com a participação de 259 jovens com e sem deficiência para a experimentação de três modalidades: atletismo, bocha e vôlei sentado. O evento aconteceu no campus do Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC) e contou com a presença da jogadora de vôlei sentado, medalhista de bronze nos Jogos de Tóquio 2020, Luiza Fiorese.
A cidade capixaba foi o núcleo com o maior número de participantes fora do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, que contou com a 600 crianças e adolescentes.
O projeto, que é organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2018, com exceção de 2020, devido à pandemia da Covid-19, tem o objetivo de incentivar a prática esportiva para crianças e adolescentes de 8 a 17 anos, com e sem deficiências, em todas as regiões do Brasil. Neste ano, 70 localidades receberam o evento.
Por se tratar de atividades lúdicas, os implementos esportivos utilizados no núcleo na cidade capixaba foram confeccionados especificamente para o evento com materiais reciclados. De acordo com a coordenadora local, Maria do Socorro, essa manufatura também foi benéfica para os quase 100 voluntários, todos estudantes de Educação Física.
“Nós pegamos materiais que iam para o lixo, baldes, bambu, linhas de rede, para confeccionar as redes para o vôlei sentado e as bolas da bocha foram feitas com meias, por exemplo. Os nossos voluntários são alunos do curso de Educação Física da UNESC e eles que fizeram tudo. Assim, além de aprender sobre as modalidades paralímpicas, eles já aprenderam como fazer os implementos esportivos. As crianças aprenderam, mas também os futuros professores”.
A capixaba Luíza Fiorese, bronze nos Jogos de Tóquio 2020 com a Seleção feminina de vôlei sentado, prestigiou o evento e destacou a importância de ações como esta.
“Estou muito feliz em poder participar do Festival, este é o meu primeiro ano. Inclusão é isso daqui: pessoas com e sem deficiência jogando juntas. Todo mundo entendendo o que é o esporte paralímpico, que ele está aqui para incluir. É muito divertido, é muito gostoso. Quando a gente está na quadra, sentado, todo mundo é igual, todo mundo está sentado. Quando eu cheguei no vôlei, o sentimento foi de pertencimento, de que eu posso e foi isso que eu tentei passar para essas crianças hoje”, contou a jogadora de 24 anos.
O Festival Paralímpico Loterias Caixa também celebrou o Dia Nacional do Atleta Paralímpico, comemorado em 22 de setembro. No entanto, por conta da pandemia de Covid-19, o evento deste ano foi adiado e acompanhou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro.
Patrocínio
O Festival Paralímpico tem o patrocínio das Loterias Caixa.
Assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
