*Nota atualizada em 21/06/2025 às 18h04
A Segunda Fase Nacional do Circuito Paralímpico Loterias Caixa de halterofilismo começou neste sábado, 21, reunindo atletas em busca da última oportunidade de alcançar o índice A — um dos critérios estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para o Mundial da modalidade, que acontecerá no Cairo, Egito, de 10 a 18 de outubro.
Bicampeã paralímpica, a paulista Mariana D’Andrea conquistou a medalha de ouro na categoria até 73kg ao levantar 141kg. Mesmo abaixo de sua melhor marca na categoria — os 148kg dos Jogos de Paris 2024 — a atleta revelou que a estratégia era justamente não mostrar todo seu potencial antes da competição mundial.
“Já tenho minha vaga garantida. Agora, estou adotando a tática de não revelar tudo. Compito, mas vou deixar para dar o meu máximo só no Mundial”, afirmou Mariana, do que também foi campeã mundial em 2023 na categoria até 79kg.
“O Mundial de Dubai foi um momento muito marcante. Fiz minha maior marca até hoje, com 151kg, e perdi meu pai logo depois. Por isso, esse próximo Mundial tem um peso especial. Quero arrebentar e buscar minha segunda medalha.”
Assim como Mariana, do clube AESA-ITU/SP, outros medalhistas paralímpicos participaram da fase nacional do Circuito, mesmo já tendo vaga assegurada no Mundial. A mineira Lara Lima, da equipe do Praia/CDDU/Futel, foi bronze nos Jogos de Paris ao levantar 109kg na categoria até 41kg, tentou melhorar sua marca, mas não obteve sucesso na terceira tentativa, quando tentou erguer 110kg. Os 105kg registrados na segunda tentativa garantiram a medalha de ouro. “Toda competição é aprendizado. Claro que eu queria mais, mas estou focada no Mundial”, disse.
Já a atleta piauiense Creusa Angélica de Castro, do clube AESA-ITU/SP, alcançou um feito importante: bateu o índice A ao levantar 80kg na mesma categoria de Lara. Praticante de crossfit há dez anos, Creusa está no halterofilismo há apenas três meses e treina a distância com o técnico Valdecir Lopes que mora em Itu (SP), enquanto ela reside em Teresina (PI). “É uma loucura, mas quem quer, dá um jeito. Estou muito feliz com o índice. Agora é seguir firme e representar bem o Brasil”, afirmou.
Durante a tarde, foram realizadas as provas masculinas, com destaque para o potiguar João Maria França. Ele competiu na categoria até 54kg e levantou 164kg, conquistando o índice A. Essa é a mesma categoria em que João foi medalha de bronze, tanto no individual quanto na equipe mista, nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
Apesar do bom desempenho deste sábado, o atleta da SADEF-RN já havia alcançado o índice A em março, na Primeira Fase do Circuito, só que na categoria até 59kg, ao levantar 171kg. Para França, garantir o índice em duas categorias o torna ainda mais competitivo no cenário internacional. “Minha estratégia era reduzir meu peso corporal para chegar na categoria e tentar o índice; agora vamos avaliar o cenário internacional, que já está se desenhando nas competições pré-Mundial”, explicou.
Mesmo após atingir o índice, os atletas ainda aguardam a convocação oficial do CPB para o Mundial no Egito, que deve acontecer nas próximas semanas.
Patrocínio
As Loterias Caixa e a Caixa Econômica Federal são as patrocinadoras oficiais do halterofilismo paralímpico brasileiro.
Time São Paulo
A atleta Mariana D’Andrea integra o Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 149 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)