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Catia Oliveira garante primeira medalha no Mundial de Tênis de Mesa

Aos 27 anos, a paulista Catia Oliveira escreveu, nesta sexta-feira, 19, na cidade de Celje, na Eslovênia, seu nome na história do tênis de mesa paralímpico nacional ao se tornar a primeira atleta do país a se classificar para uma final em um Campeonato Mundial individual da modalidade.

Depois de vencer a russa Nadejda Pushpasheva, atual número 3 do mundo na classe 02, por 3 a 0, com parciais de 11/4, 11/7 e 11/9, na manhã desta sexta-feira em Celje e se classificar para a semifinal, Catia, 6ª do ranking, mediu forças com a italiana Giada Rossi, vice-líder do ranking mundial e medalha de bronze no Rio 2016.

A partida foi emocionante e fez a torcida brasileira na Eslovênia, composta apenas por atletas e membros da comissão técnica, sofrer. Depois de um começo muito forte, em que venceu os dois primeiros sets por 11/7, Catia parecia que já estava com a vaga para a decisão garantida. Mas a italiana não se rendeu facilmente.

Nos dois sets seguintes, Giada Rossi se impôs, mudou sua tática e triunfou com facilidade, vencendo as duas parciais por 11/6 e 11/5. O momento parecia todo da rival, mas Catia Oliveira soube controlar a ansiedade.

“Depois que eu perdi o quarto set, respirei fundo e falei para mim mesma: ‘Não cheguei tão perto para perder esse jogo’”, contou a mesatensita, que há 11 anos sofreu um acidente de carro que a tirou os movimentos da perna.

Com essa determinação em mente, Catia voltou para o quinto set com a mesma postura dos dois primeiros. Rapidamente ela abriu 5/0, administrou a vantagem para chegar a 9/3 e, então, fechou a partida em 11/4.

“Eu nem sei o que falar. Não estou acreditando”, disse a brasileira, emocionada, ao final do duelo contra a italiana. “Eu só queria aproveitar para agradecer à minha família, a todos na seleção brasileira, à minha equipe em Bauru, e em especial à Tainá, que mora comigo em Bauru e que cuida de tudo na minha carreira. Queria agradecer também ao Adilson, meu técnico em Bauru, que infelizmente não pode vir, e ao Paulo Molitor, que fez um trabalho sensacional e que me ajudou muito a chegar a essa final”, enumerou Catia.

Na decisão, neste sábado, 20, às 12h15, no horário local (7h15 de Brasília), Catia Oliveira terá pela frente mais uma vez a coreana Su Yeon Seo. Número 1 do mundo, foi prata em simples e bronze por equipes no Rio 2016, a adversária tem no currículo três medalhas em Mundiais: prata em simples em 2014 e bronze por equipes em 2013 e 2014.

A partida será uma revanche do primeiro jogo pela fase de grupos do Mundial da Eslovênia, quando a coreana venceu a brasileira, na última quarta-feira, 17, por 3 a 1, com parciais de 11/8, 8/11, 11/6 e 11/5.

Brasil para nas quartas

Quando Catia avançou à semfinal, o Brasil garantiu sua primeira medalha no Mundial da Eslovênia, já que na competição não existe a disputa de bronze e as duas atletas que perdem nas semifinais faturam o bronze.

A Seleção Brasileira tinha mais quatro chances de chegar ao pódio, uma vez que quatro atletas estavam nas quartas de final: Bruna Alexandre, Paulo Salmin, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos. Entretanto, nenhum deles conseguiu triunfar.

Pela classe 09, para atletas andantes com pequeno comprometimento de mobilidade, Danielle Rauen enfrentou a polonesa Karolina Pek, número 2 do mundo e a mesma jogadora que já havia vencido Rauen na decisão do bronze individual nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. A rival venceu por 3 a 1, com parciais de 11/9, 11/4, 7/11 e 11/8.

“Só entrei no jogo no terceiro set, que foi quando eu fiz a tática que eu queria. Depois disso, o jogo foi decidido no detalhe”, analisou Danielle. “Mas acontece. Joguei bem, é meu primeiro Mundial e eu saio daqui feliz por ter jogado de igual para igual com as melhores do mundo. Agora é treinar muito para, no próximo, eu estar melhor”, continuou a mesatenista.

Também pela classe 09, Jennyfer Parinos perdeu por 3 a 1 para a chinesa Meng Liu, ouro em simples no Rio 2016 e atual número 4 do mundo. A rival venceu de virada por 8/11, 11/5, 11/8 e 11/7.

Pela classe 07, para atletas andantes com comprometimento nas pernas, Paulo Salmin duelou contra o chinês Shuo Yan, e perdeu por 3 a 1, com parciais de 11/9, 9/11, 11/9 e 11/4. “Foram três sets com vantagem mínima com o número 1 do mundo e de uma escola muito tradicional que é a chinesa. Saio com uma sensação de que poderia ter sido melhor, mas feliz por ver que o trabalho está sendo bem desenvolvido”, disse Salmin.

Por último, Bruna Alexandre, número 2 do mundo na classe 10, para jogadores com deficiências motoras leves ou amputação de membros superiores, enfrentou Shiau Wen Tian, de Taipei. A rival venceu por 3 a 1, com parciais de 9/11, 11/5, 11/5 e 11/6. “Eu nunca tinha jogado contra ela e senti muita dificuldade”, afirmou Bruna. “Ela jogou bem e se surpreendeu bastante. O jogo estava muito desconfortável para mim”, continuou.

Indagada sobre os planos para os próximos dois anos visando aos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Bruna foi direta: “Meu plano agora é só emagrecer”, afirmou.

Ela reconheceu que está acima do peso e disse que o objetivo é perder 15 quilos até Tóquio 2020. “Antes do Rio, eu perdi 10 quilos em um mês. Foi uma dieta muito pesada, só a base de ovo, batata doce e frango. Mas eu me sentia fraca, passava mal nos treinos”, lembrou Bruna. “Mas é muito importante estar magrinha, pois a gente se mexe melhor. A Confederação está me cobrando isso e eles estão certos”, encerrou a mesatenista.

Time São Paulo 
Os atletas Bruna Alexandre, Catia Oliveira, Danielle Rauen, Israel Stroh, Jennyfer Parinos e Paulo Salmin são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 62 atletas e seis atletas-guia de dez modalidades.

*Com informações do Ministério do Esporte

Assessoria de comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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