Os campeões paralímpicos Carol Santiago e Fernando Rufino serão os porta-bandeiras brasileiros na cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 neste domingo, 8. O evento acontece no Stade de France, em St.-Denis, a partir das 15h30 (de Brasília).
A pernambucana Carol Santiago se tornou em Paris a mulher brasileira com mais medalhas de ouro na história dos Jogos Paralímpicos e alcançou a quinta colocação no ranking de atletas paralímpicos brasileiros com mais pódios na história. Na França, a nadadora da classe S12 (baixa visão) obteve cinco novas medalhas: ouro nos 50m livre S13, 100m livre S12 e 100m costas S12, prata nos 100m peito SB12 e bronze no revezamento 4x100m livre misto 49 pontos
Em Tóquio, Carol também havia conquistado cinco medalhas, três delas douradas. Ela foi ouro nos 50m livre, 100m livre e nos 100m peito, prata no revezamento 4x100m livre misto 49 pontos e bronze nos 100m costas.
Carol nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico.
O canoísta sul-mato-grossense Fernando Rufino, 39, se tornou bicampeão paralímpico em Paris 2024 Ao vencer a prova dos 200m, na classe VL2 (usa tronco e braços na remada). O atleta conquistou o título neste domingo, mesmo dia no qual representará o Brasil na cerimônia de encerramento.
O atleta, conhecido como cowboy, era peão de rodeio. Descobriu a canoagem após ser atropelado por um ônibus e perder parcialmente o movimento das pernas.
A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris foi realizada no dia 28 de agosto. À ocasião, o Brasil teve como porta-bandeiras a lançadora e arremessadora paulista Beth Gomes e o nadador mineiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho.
A delegação brasileira realizou uma campanha histórica em Paris, com 89 pódios: 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes. Sob qualquer perspectiva, esta foi a melhor campanha do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos: maior número de ouros e maior quantidade de medalhas – superando os 72 pódios totais e as 22 medalhas de ouro obtidas em Tóquio 2020.
O Brasil também chegou ao top-5 pela primeira vez na história nos Jogos Paralímpicos, meta que havia sido estabelecida inicialmente para os Jogos do Rio 2016, quando o país alcançou a oitava colocação, com 14 ouros. No Planejamento Estratégico feito em 2017 e revisitado em 2021, o CPB estabeleceu como meta conquistar em Paris entre 70 e 90 medalhas e se manter no top-8 do quadro geral de medalhas.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Carol Santiago e Fernando Rufino são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 114 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)