Esta quarta-feira, 30, foi o primeiro dia de treinos do Camping Escolar Paralímpico 2019. Esta é a segunda edição do projeto e a novidade é o aumento do número de modalidades contempladas. Os 101 jovens participantes representam 21 Estados e o Distrito Federal. Eles foram convidados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para vivenciarem a rotina de um competidor do alto rendimento. As atividades são realizadas no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Pulo, e seguem até a próxima terça-feira, 5 de fevereiro.
Os atletas foram selecionados ao se destacarem nas Paralimpíadas Escolares de 2018. Nesta edição do projeto, há treinos das 11 modalidades disputadas na competição nacional. Durante os nove dias do Camping, os jovens passarão por testes e avaliações, treinos especializados para melhorar sua performance, além de palestras com técnicos do CPB.
A mesa-tenista Raquel Santos, 17 anos, participa das Escolares desde a edição de 2016. Ela tem paralisia cerebral devido à falta de oxigenação no parto. Maranhense do município de Matinha, a jovem jogava handebol quando a convidaram para experimentar uma modalidade individual. Ela escolheu do tênis de mesa pois já observava o esporte.
“Achei muito boa esta oportunidade de treino, porque eu realmente preciso. Onde eu moro não tem muitos materiais para jogar e eu quero ter uma carreira como atleta”, explicou Raquel, que pratica tênis de mesa na escola com orientação do professor de português.
Já Antônio Carlos Rocha, 15 anos, veio de Fortaleza, capital do Ceará, para os treinos de futebol de 5. Ele nasceu com glaucoma, o que provocou a perda da visão. Desde pequeno, adora futebol e montava uma bola com papéis amassados dentro de uma sacola plástica para jogar. Sua primeira participação nas Paralimpíadas Escolares foi em 2016 pelo judô, pois ele só conheceu o futebol adaptado para cegos no ano seguinte, a convite de um amigo.
“Eu não imaginava que seria convocado e me senti muito feliz por ser convidado. Isso me motiva a participar de outros campeonatos. É uma oportunidade que todos os atletas querem, mas como eu fui chamado, vou fazer o máximo que puder para me manter aqui”, disse Antônio Carlos, que é o mais velho de quatro filhos.
Na primeira edição do Camping Escolar Paralímpico, em 2018, houve treinamento de atletismo e natação e foram atendidas 34 crianças, das quais quatro estão participando novamente do projeto. A distribuição dos participantes por esporte, nesta edição, é a seguinte: natação (20 atletas), atletismo (19), futebol de 7 (12), futebol de 5 (8), goalball (8), judô (8), vôlei sentado (8), basquete em cadeira de rodas (6), bocha (4), tênis em cadeira de rodas (4) e tênis de mesa (4).
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
