Mais de um terço dos 70 núcleos do Festival Paralímpico 2019 está nas regiões Norte-Nordeste (19 núcleos) e Centro-Oeste (7). Neste sábado, 21, diversos medalhistas paralímpicos, mundiais e parapan-americanos marcaram presença nas celebrações do Dia do Atleta Paralímpico (22 de setembro). Em Salvador, por exemplo, os jogadores de futebol de 5 Jefinho e Cássio compareceram ao campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA) para prestigiar seus conterrâneos.
O Festival Paralímpico reuniu neste sábado cerca de 11 mil crianças e um total de 15 mil pessoas em todo o país. A programação nos núcleos contou com três modalidades adaptadas e pôde ser experimentada por crianças com e sem deficiência, entre 10 e 17 anos. O Dia Nacional do Atleta Paralímpico dá sequência às comemorações ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro), que existe desde 2005 com o objetivo de conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.
"É um evento maravilhoso, que mostra a importância que o esporte paralímpico atingiu no Brasil. Somos uma potência que é fruto de trabalhos como este, feito pelo Comitê Paralímpico Brasileiro e pelas confederações que estão sempre conosco. O resultado esportivo é fruto destas ações", disse Jefinho, com a medalha de ouro conquistada no Parapan de Lima 2019 no peito.
Atletismo, bocha e futebol de 5 puderam ser experimentados por cerca de 50 crianças, com ou sem deficiência, na capital baiana. O forte sol não espantou o público, que teve contato ainda com o remador Renê Pereira. Natural de Itapetinga, no Sul do estado, ele marcou presença com motivação especial: festejar a vaga nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, obtida no início do mês, no Mundial Paralímpico de Remo, em Linz, na Áustria.
"Garanti vaga para os Jogos Paralímpicos de Tóquio e acho muito importante termos uma data para que as pessoas lembrem que o atleta paralímpico existe. Nosso dia a dia é muito árduo e eu que utilizo a atividade fisica como ferramenta para criar minha nova identidade esportiva. Sinto uma felicidade enorme de ver essa energia se propagar. Estamos no caminho certo", disse o remador de 39 anos.
Refugiados participam em Roraima
Boa Vista também teve o seu núcleo no Festival Paralímpico 2019. A Universidade Estadual de Roraima recebeu diversas atividades de bocha, goalball e vôlei sentado. Entre os praticantes, houve a presença de refugiados venezuelanos, que deixaram recentemente o país em meio à crise que assola o vizinho sul-americano nos últimos anos.
Centro-Oeste
Brasília foi o principal centro de atividades do Centro-Oeste brasileiro. A capital do país o Centro Integrado de Educação Física como casa para cerca de 100 crianças, que experimentaram futebol de 7, parabadminton e goalball. Esta última modalidade, por sinal, teve um professor especial: o melhor jogador do mundo, Leomon Moreno, esteve ao lado dos jovens – muitos deles em seu primeiro contato com o esporte adaptado.
"É muito bacana ver as crianças conhecendo as modalidades paralímpicas. É isso que faz o esporte paralímpico se difundir. Vamos fortalecer ainda mais o Movimento Paralímpico no país", disse o atleta de 26 anos, que venceu há pouco o ouro no Parapan de Lima 2019.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)