A Seleção Brasileira de halterofilismo paralímpico iniciou sua aclimatação em Cairo para disputar o Campeonato Mundial da modalidade, que acontece a partir deste sábado, 11, até 18 de outubro. A equipe, formada por 25 atletas, chegou no último final de semana ao Egito e tem realizado treinamentos desde a segunda-feira, 6. E, neste período antes da estreia, os halterofilistas brasileiros têm tomado alguns cuidados para não atrapalhar suas preparações, como manter o peso corporal e até evitar mensagens pelo celular.
Esse será o primeiro Mundial de halterofilismo após os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, quando o Brasil encerrou a participação na modalidade com quatro medalhas, sendo duas de ouro e duas de bronze.
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A participação no Mundial de halterofilismo também é critério obrigatório para os atletas poderem participar dos Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028, uma vez que faz parte do processo qualificatório determinado pela World Para Powerlifting (WPPO), a Organização Mundial de halterofilismo paralímpico.
Estreante em Mundiais, o mineiro Marco Túlio Cruz, da categoria até 49kg, é o segundo mais novo da delegação brasileira: vai estrear em Mundiais com 22 anos e nove meses. A novata, a também mineira Lara Lima, tem 22 anos e cinco meses e já é medalhista paralímpica e mundial. Para o atleta, que teve diagnosticada uma acondroplasia e encontrou no halterofilismo um novo caminho profissional em 2022, o mais desafiador no período tem sido a manutenção do peso corporal para os atletas neste período de aclimatação.
No halterofilismo, os atletas competem em classe única, divididos por categorias de peso corporal, assim como na modalidade olímpica. São disputadas dez categorias masculinas e dez femininas.
“Está sendo incrível, uma nova experiência. Estou ao lado de atletas que antes só via pela televisão. Então, percebemos que o Mundial não é brincadeira. Viemos atrás de um bom resultado. Nunca tinha viajado tão longe. Achei que seria mais difícil para fazer a aclimatação. Temos apenas que ter cuidados para seguir corretamente a questão alimentar, já que nossa modalidade é dividida por categoria de peso corporal. Mas estamos confiantes em fazer um bom trabalho neste Mundial”, apontou o jovem halterofilista.
Aspectos emocionais, como ansiedade, preocupação e o nervosismo, também foram citados pelos atletas do Brasil como fatores importantes a serem levados em consideração nesses dias antes da estreia.
“Cada Mundial é diferente um do outro. A experiência, com certeza, nos ajuda a controlar a ansiedade, o nervosismo, a adrenalina, que me prejudicaram quando participei do meu primeiro Mundial [México 2017]. Também procuro evitar o celular nesse período para que não chegue nenhuma mensagem que possa nos tirar o foco dos treinos, da alimentação, do sono. No dia da disputa, não toco no meu aparelho. Estou treinando bastante desde os Jogos de Paris, não parei. Não tive lesão. Então, estou bem para buscar mais essa medalha de ouro”, afirmou a paulista Mariana D’Andrea bicampeã paralímpica (Tóquio 2020 e Paris 2024) na categoria 73kg e campeã mundial em Dubai 2023 na categoria até 79kg. A atleta conquistou há dois anos a primeira medalha de ouro entre adultos do Brasil em um Mundial da modalidade e ainda se tornou recordista mundial da categoria até 79kg, com um levantamento de 151kg.
Já para alguns atletas, a questão do fuso horário também tem influenciado neste período de aclimatação. “Nesses primeiros dias, o fuso horário tem sido o fator que mais tivemos dificuldades de adaptação. Em relação ao Brasil, são seis horas de diferença. Mas, como eu sou do Amazonas, a mudança aumenta para sete horas. Mas a rotina já está me ajudando a superar isso logo. Sabemos que a responsabilidade agora está em dobro em relação ao meu primeiro Mundial. A ansiedade está maior. Agora somos medalhistas paralímpicas e as adversárias já nos olham diferente. Mas estamos preparados, treinando forte”, completou Maria de Fátima de Castro, de Tefé (AM), da categoria até 67kg e medalhista de bronze nos Jogos de Paris 2024.
Patrocínio
As Loterias Caixa e a Caixa são as patrocinadoras oficiais do halterofilismo paralímpico brasileiro.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
As atletas Mariana D’Andrea, Tayana Medeiros, Lara Lima e Maria de Fátima são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa e da Caixa que beneficia 148 atletas.
Time São Paulo
A atleta Mariana D’Andrea integra o Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 154 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)












