O cabo da Polícia Militar de São Paulo Igor Agiani, 30, obteve a segunda colocação da etapa classificatória na categoria Open Composto Masculino em sua primeira participação em um Campeonato Brasileiro de tiro com arco. A edição deste ano, a 18ª, começou nesta quarta-feira, 30, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, com a participação de 123 atletas até sexta-feira, 1º.
Com o resultado, Igor avançou automaticamente para as quartas de final da competição e enfrentará o vencedor do duelo entre entre Carlos Gabiel Jerônimo e Rômulo Soares.
O atleta, que representa o clube LA Archery, iniciou na modalidade há pouco mais de dois anos, ao receber o convite da Polícia para participar de um Camping Militar Paralímpico, ação promovida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para apresentar o esporte adaptado a membros das forças de segurança com deficiência.
“Logo que experimentei o tiro com arco me interessei e fui buscar informações sobre como seguir no esporte. Foi algo totalmente novo para mim. Não era atleta antes de minha deficiência. Mas senti que eu tive muita facilidade de entender a dinâmica da modalidade”, contou Igor, que se tornou paraplégico após sofrer um acidente de moto, durante uma perseguição a suspeitos, em março de 2021.
Desde que descobriu a modalidade, vem participando de competições e outras atividades que fazem parte do Programa Militar Paralímpico do CPB. Na última quarta-feira, 23, ele chegou ao CT Paralímpico para a 3ª Clínica de Acesso ao Alto Rendimento no tiro com arco, na qual recebeu orientações técnicas, passou por testes físicos e atendimento psicológico.
“Quero neste Campeonato Brasileiro fazer valer todo o investimento que o CPB faz em nós, atletas militares. Meu objetivo é divulgar o Programa e mostrar que ele dá resultado”, disse Igor.
O arqueiro também disse querer um bom resultado na competição para buscar uma vaga na Seleção Brasileira da modalidade já em 2025. Atualmente ele está na quinta colocação do ranking brasileiro na disputa outdoor e na segunda posição no indoor. “Já acompanho as provas dos atletas de fora. Minha meta é passar a enfrentá-los logo”, afirmou.
O Programa Militar Paralímpico tem como principais objetivos apresentar o esporte como uma ferramenta de qualidade de vida e detectar possíveis talentos nas modalidades tiro com arco e tiro esportivo.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)