O Brasil será um dos integrantes do esforço internacional para impulsionar a capacitação do paradesporto nos países africanos. A deliberação foi tomada em reunião realizada nesta sexta-feira, 6, com a participação do secretário nacional do Paradesporto, Fábio Araújo, com a equipe responsável pela pauta do esporte na UNESCO, liderada por Philipp Muller-Wirth, pelo vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Yohanson Nascimento e também pelo representante do Conselho Administrativo do CPB, Thomas Brull, em Paris.
O encontro é um desdobramento dos debates da Conferência Internacional sobre Paradesporto, ocorrida às vésperas da abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris, na qual foi emitido um “apelo de ação” aos países membros da UNESCO para a adoção de medidas concretas para alavancar o esporte paralímpico.Ele teve como pauta a celebração de acordo tripartite entre CPB, UNESCO e Secretaria Nacional do Paradesporto para liderar as iniciativas globais de inclusão por meio do esporte debatidas no Congresso.
Antes dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, a UNESCO e o Comitê Paralímpico Internacional (IPC na sigla em inglês) realizaram em conjunto uma Conferência de alto nível, reunindo ministros com pastas relevantes, atletas do paradesporto, setor privado, organizações esportivas e especialistas.
A conferência se manteve durante todo o período dos Jogos Paralímpicos de Paris. Os eixos básicos, defendidos pelos integrantes da Conferência, são os seguintes:
- Inspirar os governos a fazer mudanças políticas inovadoras para remover as barreiras existentes para oportunidades desportivas inclusivas e acessíveis, em cooperação com os seus Comitês Paralímpicos Nacionais e defensores da deficiência.
- Incentivar o investimento de todos os setores no desporto inclusivo e na atividade física para promover a inclusão da deficiência na sociedade.
Os dois motores de mudança listados acima promoverão a implementação eficaz de práticas e programas de inclusão de pessoas com deficiência, inclusive nas áreas de:
a. Paradesporto e atividade física
b. Infraestruturas e equipamentos acessíveis
c. Educação física e brincadeiras
d. Representação e visibilidade
e. Recolha de dados e investigação
“É uma missão muito desafiadora e o Brasil dedicará todo o empenho possível para que num espaço de dois anos os resultados desse esforço já sejam percebidos com a projeção de atletas africanos despontando em campeonatos e eventos internacionais do paradesporto”, concluiu o secretário.
*Com informações do Ministério do Esporte.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)