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Brasil abre Mundial de judô no Cazaquistão com ouro da potiguar Rosi Andrade

Rosi Andrade no pódio do Mundial de judô paralímpico em Astana | Foto: Renan Cacioli/ CBDV

*Nota atualizada em 13/05/2025, às 15:59

O Brasil iniciou a disputa do Campeonato Mundial de judô paralímpico, em Astana, no Cazaquistão, com a conquista de uma medalha de ouro e uma de prata nesta terça-feira, 13.

O título mundial veio com a potiguar Rosi Andrade, 27, na categoria até 52kg para a classe J1 (cegos). A judoca, medalhista de bronze nos Jogos de Paris Paris 2024, conquistou o ouro ao vencer a turca Ecem Tasin, vice-campeã mundial em 2022.

“Eu ainda estou no processo de acreditar, ainda não consigo nem explicar, mas… que incrível! Que incrível! A competição toda em si, um torneio extremamente forte. Essa final foi contra uma adversária que me enfrentou no ciclo passado com lutas muito acirradas em que eu sempre acabava perdendo por um detalhe ou outro. E agora essa final deu tudo certo, foi mágico. Acho que aconteceu exatamente do jeito que tinha de ser”, falou Rosi, que se junta a um restrito grupo de brasileiros campeões mundiais de judô paralímpico: é a quarta atleta do país a conseguir o feito, ao lado de Antônio Tenório, Alana Maldonado e Wilians Araújo.

Antes da turca, justamente sua algoz na estreia do Mundial de Baku 2022, quando a brasileira acabou conquistando o bronze, Rosi passou pela uzbeque Shoira Khamidova, nas quartas, e pela cazaque Alfiya Tlekkayl, na semi. A atleta, que nasceu com retinopatia da prematuridade, descobriu o judô aos 17 anos, após ter feito balé e caratê.

Um dos cinco novatos da delegação, o rondoniense Danilo Silva, 18, saiu de seu primeiro Mundial com a prata na categoria até 81kg e classe J1 (cegos), ao ser superado na final pelo atleta da Geórgia Saba Bagdavadze.

Famoso pelas conquistas com a Seleção de base, incluindo uma Gymnasiade (um dos maiores eventos mundiais para atletas em idade escolar) e um Parapan de Jovens (2023), Danilo Passou pelo argelino Youcef Radjai, pelo uzbeque Shokhrukh Mamedov e pelo cazaque Bauyrzhan Arstanbekov para garantir vaga na final.

“Fico feliz pelo meu desempenho. Queria a medalha de ouro, e vou treinar para buscar isso. Mas acredito que foi um grande resultado e isso é só o começo”, declarou o jovem atleta.

O Brasil ainda teve duas chances de obter um bronze com o paraense Thiego Marques (até 70 kg J2), superado pelo japonês Yujiro Seto; e com Maria Núbea Lins (até 60 kg J2), vencida pela cazaque Dayana Fedossova.

As lutas contam com transmissão ao vivo pelo YouTube da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, sigla em inglês).

Os demais judocas brasileiros que estrearam nesta terça-feira ficaram de fora da disputa por medalhas: o manauara Elielton Oliveira (até 70 kg J1), 29, venceu na estreia, mas perdeu seus combates seguintes, incluindo o da repescagem. Giovana Rodrigues (até 52 kg J2), Lúcia Araújo (até 60 kg J2), Deyverson Souza (até 70 kg J1) e Harlley Arruda (até 81 kg J1) perderam em suas estreias e não tiveram a oportunidade de voltar para a competição, já que seus algozes foram ficando pelo caminho.

Já Denis Rosa (até 81 kg J2) chegou a ganhar a primeira repescagem, mas parou no britânico Evan Molloy no duelo que o levaria à disputa pelo bronze.

Nesta quarta-feira, 14, outros dez brasileiros vão pisar nos tatames:

  • Larissa Silva (até 60 kg J1)
  • Brenda Freitas (até 70 kg J1)
  • Alana Maldonado (até 70 kg J2)
  • Millena Freitas (+70 kg J1)
  • Meg Emmerich (+70 kg J2)
  • Rebeca Silva (+70 kg J2)
  • Arthur Silva (até 95 kg J1)
  • Marcelo Casanova (até 95 kg J2)
  • Wilians Araújo (+95 kg J1)
  • Felipe Amorim (+95 kg J2)

Na quinta-feira, 15, último dia de disputas, será a vez da competição por equipes, quando cada país escolhe um grupo de judocas para enfrentar seus oponentes. O evento vem sendo realizado no Palácio Zhaksylyk Ushkempirov, na capital cazaque, e vale importantes pontos no ranking mundial. É o torneio que distribui a maior pontuação dentre os sancionados pela Federação Internacional, principal critério de seleção para os Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028.

Com 20 convocados, o Brasil tenta se manter no topo da modalidade após a campanha histórica nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, quando terminou na primeira colocação geral, com oito pódios, sendo quatro primeiros lugares. Em sua última participação em Mundiais, em Baku 2022, no Azerbaijão, o país obteve seu melhor resultado de todos os tempos com dez medalhas (duas de ouro, duas de prata e seis de bronze).

Treze dos 20 convocados para Astana fizeram parte daquela delegação, incluindo a paulista Alana Maldonado e o paraibano Wilians Araújo, campeões mundiais na ocasião que defenderão seus títulos agora. Além deles, do grupo que viajou ao Cazaquistão, também foram ao pódio na última edição Thiego Marques (prata), Arthur Silva, Rosi Andrade, Brenda Freitas, Meg Emmerich e Rebeca Silva (todos bronze).

*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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