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Paralímpico Brasileiro

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Atletas militares treinam no CT Paralímpico antes de estreia no Invictus Games

Convocados para o Invictus Games durante treino de vôlei sentado no CT Paralímpico | Foto: Alessandra Cabral/CPB

Os oito atletas convocados pelo Ministério da Defesa para a disputa do Invictus Games, evento internacional para militares com deficiência e que terá disputas em 11 modalidades neste mês, estão concentrados no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, até esta quinta-feira, 6, para realizar sua preparação final antes do embarque para o Canadá.

As competições acontecerão em duas cidades, Whistler e Vancouver, de 7 a 17 de fevereiro.

Haverá disputas de 11 modalidades, seis de inverno (biatlo, curling em cadeira de rodas, esqui alpino, esqui nórdico, skeleton e snowboarding) e cinco de verão (basquete em cadeira de rodas, natação, remo indoor, rúgbi em cadeira de rodas e vôlei sentado).

Estreante, o Brasil participará das provas de natação e partidas de vôlei sentado. A missão brasileira é fruto de uma união de esforços do Ministério da Defesa (MD), do Ministério do Esporte (MESP), do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), do Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos (CBCP) e da Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD).

Os convocados foram Luiz Felipe Fraga, Juan Ricardo Feindt, Diogo Demarqui, Marcelo Pires de Azevedo, Douglas Padilha de Souza, Alex Witkovski, Leandro Santos e Paulo Cavalcanti dos Santos. Todos eles disputarão jogos de vôlei sentado. Com exceção de Diogo, Marcelo e Alex, os brasileiros também competirão em provas de natação.

“Estou muito empolgado e honrado de representar o Brasil e fazer meus treinos aqui no CT, Paralímpico, utilizando toda essa estrutura maravilhosa que o CPB mantém aqui. E espero ver nossa bandeira no lugar mais alto do pódio”, afirmou o atleta paulista Juan Ricardo Feindt, 56.

Juan era terceiro-sargento do Exército quando, aos 22 anos, sofreu um acidente com um artefato explosivo durante treinamento e perdeu os movimentos da perna direita. Em 1997, chegou à Seleção Brasileira principal do vôlei sentado e, mais tarde, representou o país no tiro com arco em duas edições dos Jogos Mundiais Militares, sendo campeão em Wuhan, na China, em 2019.

“Militares, em geral, gostam de esporte e de cuidar de seu físico. Quando passamos a ter uma deficiência, esse espírito continua com a gente. O paradesporto militar aproveita isso que já está dentro da gente”, disse.

O paranaense e atleta da Seleção principal de vôlei sentado Alex Witkovski, 31, afirmou que participar do Invictus é um sonho para a equipe. “É histórico para nosso país e estamos em uma preparação muito boa. É muito gratificante fazer parte deste momento no paradesporto e vamos lá muito firmes buscar essa medalha. Sei que esse evento irá transformar a todos nós”, disse o atleta, que esteve na campanha do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, quando o país alcançou a 6ª colocação.

Segundo Alex, o paradesporto militar tem o potencial de motivar novos atletas que integravam as forças de segurança e passaram a ter uma deficiência. Ele, que era soldado-policial do Exército quando sofreu um atropelamento por caminhão durante missão e foi submetido à amputação da perna direita acima do joelho em 2012, conheceu o vôlei sentado em 2017, após convite de Marcelo Francisco de Oliveira, treinador tanto da equipe militar brasileira no Invictus como também da Seleção Brasileira principal da modalidade.

Marcelo contou que a ideia de participar do Invictus surgiu há cinco anos e, desde então, o Brasil vem realizando etapas de treinamento e Mundialitos para atletas paralímpicos militares, em parceria com o Sesc do Paraná, com o objetivo de preparar sua equipe.

“O paradesporto militar abre um novo mundo para quem adquiriu uma deficiência. Antes, esse militar deixava o serviço e não podia mais participar de nada. Agora, isso está mudando e o Invictus é mais um passo nessa direção. Estamos abrindo as portas para os militares que estão na reserva voltarem ao ambiente de quartel, agora como atletas. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Ministério da Defesa têm um papel fundamental para que essa transformação aconteça”, afirmou.

Estreia brasileira

O Brasil se tornou o 24º país filiado ao Invictus Games. O evento, que acontece a cada dois anos, foi idealizado pelo Príncipe Harry, Duque de Sussex e teve sua primeira edição em 2014. Seu principal objetivo é promover a recuperação e a reabilitação dos veteranos participantes.

Durante o processo de filiação, o CT Paralímpico recebeu a visita do Capitão David Wiseman, oficial reformado do Exército Britânico e diretor de Desenvolvimento Internacional da Invictus Foundation, organização responsável pela competição.
Veterano da Guerra do Afeganistão, na qual sofreu um disparo que perfurou seu peito, David disputou provas de natação em edições anteriores do Invictus Games.

O militar conheceu os programas do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para promover o Movimento Paralímpico, incluindo a Escola Paralímpica de Esportes, projeto de iniciação esportiva gratuita para crianças e jovens de 7 a 17 anos, e o Programa Militar Paralímpico.

“É fantástico estar no Brasil e conhecer o trabalho que vocês fazem com os militares que adquiriram uma deficiência. Fiquei impressionado com o Centro de Treinamento Paralímpico, com a infraestrutura, a possibilidade de treinamento de várias modalidades em um só lugar e a variedade de programas para desenvolver atletas em todas elas. É um lugar que está entre os melhores do mundo”, afirmou.

Segundo David, uma característica marcante do paradesporto no Brasil é a existência de programas para atender atletas com diferentes idades e em variados estágios de desenvolvimento.

Dos oito convocados para representar o Brasil no Invictus Games, apenas Marcelo, Douglas e Leandro não participaram de projetos do Programa Militar Paralímpico (PMP) do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Os outros estiveram presentes em pelo menos uma edição do Camping Militar Paralímpico, com exceção de Diogo, que só participou do Festival Militar Paralímpico de Curitiba (PR), em 2019. O Camping tem o objetivo de apresentar o Movimento Paralímpico como uma ferramenta de aprimoramento de qualidade de vida, além de detectar possíveis talentos esportivos e proporcionar uma rotina de alto rendimento aos participantes. Já o Festival é um evento que não possui um caráter competitivo, mas também aproxima os militares do paradesporto.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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