Os 98 participantes da segunda etapa do Camping Escolar Paralímpico 2019 se despediram do Centro de Treinamento Paralímpico nesta quarta-feira, 3. Os jovens atletas com idade entre 12 e 17 anos chegaram a São Paulo na terça-feira, 25 de junho, e vivenciaram a experiência de um treinamento de alta performance. Os participantes desta edição do projeto representaram 20 Estados mais o Distrito Federal e praticam 11 modalidades paralímpicas.
“Esses jovens passaram por uma seleção, então já estão em um nível intermediário. Esse projeto reproduz a dinâmica de um treino da Seleção Brasileira para que quando eles cheguem a essa realidade, estejam mais preparados, pois ser um atleta profissional não é uma questão só técnica, também comportamental. Duas jovens que participaram do Camping, eu convoquei para todas as fases de treinamento que realizei este ano”, comentou José Guedes, técnico da Seleção Brasileira feminina de vôlei sentado.
O Camping Escolar Paralímpico é um projeto do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), lançado em 2018, com o objetivo de proporcionar a atletas em idade escolar uma imersão no esporte, de forma que vivenciem a rotina de um competidor de alto rendimento. Os participantes são selecionados ao se destacarem nas Paralimpíadas Escolares e realizam dois encontros no CT Paralímpico, um em janeiro e o outro em junho. Durante a estadia, os jovens passam por testes e avaliações, treinos especializados para melhorar sua performance, além de palestras com profissionais do CPB.
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“Essa experiência é maravilhosa. Gostei muito das palestras com os atletas, pois nos motivaram e dividiram suas experiências com a gente, o que muitas vezes não temos oportunidade, só vemos eles pelas redes sociais. Também foi importante a experiência com meus colegas de treino, ver as outras modalidades e fazer amizades. Vou levar o meu aprendizado para o meu técnico de Brasília e treinar muito, porque quero disputar os Jogos Paralímpicos de Paris 2024”, contou Jade Lanai, de 14 anos.
A tenista nasceu com mielomeningocele, uma má formação na coluna vertebral, e começou a praticar esporte por indicação médica. A brasiliense fez natação e basquete em cadeira de rodas, mas foi enquanto jogava badminton que um professor de tênis em cadeira de rodas a viu e convidou para experimentar a modalidade.
Desde os sete anos, Jade pratica tênis em cadeira de rodas. Em 2016, ela disputou as Paralimpíadas Escolares, sua primeira competição, e ganhou uma medalha de prata. No ano seguinte, ela repetiu o feito na competição nacional e, nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens 2017, que foi realizado em São Paulo, ela faturou o bronze nas disputas individuais. Com essa conquista a tenista foi convocada para a Seleção Brasileira júnior da modalidade. Nas Paralimpíadas Escolares 2018, ela faturou a medalha dourada nas duplas ao lado de Breno Grigorio, do Espírito Santo, e ambos foram convidados para o Camping.
Na primeira edição do Camping Escolar Paralímpico, houve treinamento de atletismo e natação e foram atendidas 34 crianças, Já este ano, atém das duas modalidades iniciais, também foi praticado: basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de 5, futebol de 7, goalball, judô, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado, assim foram contemplados cerca de 100 atletas das 11 modalidades disputadas nas Paralimpíadas Escolares.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)