A Seleção Brasileira de tênis de mesa fechou de forma positiva sua participação nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, quando a bandeira brasileira foi hasteada por quatro vezes. O país apontou como principal potência fora do eixo Europa-Ásia, continentes já tradicionais na modalidade. Desde Atenas 2004, o Brasil levou nada menos que 62% das medalhas conquistadas por países não europeus ou asiáticos. Foram cinco pódios em um total de oito. Exceto o Brasil, apenas Estados Unidos, Egito e Austrália já tiveram seus quadros de medalhas modificados por conta de disputas na mesa neste período.
Nas últimas quatro Paralimpíadas, os brasileiros celebraram duas pratas – uma em Pequim 2008 e uma no Rio 2016 – e três bronzes (todos nos Jogos do Rio), enquanto os norte-americanos conquistaram um bronze em 2004, os egípcios levaram um bronze em 2012 e os australianos faturaram uma prata no Rio.
A primeira medalha de nosso país foi a prata na disputa por equipes da classe 3, em 2008, com Welder Knaf e Luiz Algacir. Já no Rio 2016, no individual, Israel Stroh conquistou a prata na classe 7 e Bruna Alexandre levou o bronze na classe 10. Na competição por equipes, dois bronzes: Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos na classe 6-10, e Iranildo Espíndola, Guilherme Costa e Aloisio Lima, na classe 1-2.
Vale lembrar que os bons resultados não foram surpresa. A Seleção Brasileira chegou aos Jogos do Rio depois de uma campanha histórica no Parapan-Americano de Toronto, ano passado. Na ocasião, foram 31 medalhas – 24 individuais e sete por equipes. O resultado superou a marca obtida no Parapan de 2003, quando a equipe verde e amarela subiu ao pódio 27 vezes.
Um dos membros da comissão técnica brasileira, Paulo Camargo, fez uma avaliação de desempenho dos mesa-tenistas após a maior competição do paradesporto mundial.
“Quando começamos o projeto, o objetivo era a Paralimpíada, mas sabíamos que melhorar a posição no ranking mundial, conquistar bons resultados no circuito mundial e manter a hegemonia nos Parapan-Americanos seriam pontos muito importantes para o desenvolvimento do tênis de mesa neste tempo. Tivemos grandes resultados neste período e estamos melhorando a cada competição. Esses eventos foram muito importantes para dar a eles a confiança de chegar aqui e ter o resultado que tiveram. Tudo isso é um conjunto de fatores. Temos uma equipe multidisciplinar que trabalhou muito e fizemos um planejamento bem elaborado. Com isso, os atletas foram melhorando a cada mês, a cada ano para chegar aqui e conseguir isso tudo”, ressaltou Paulo.
Com informações da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).
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