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Paralímpico Brasileiro

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A 500 dias dos Jogos de Paris 2024, confira os principais feitos de atletas brasileiros no atual ciclo paralímpico

Atletas e torcedores podem começar a contagem regressiva para os próximos Jogos Paralimpicos, que serão realizados em Paris 2024, na França: faltam 500 dias para o megaevento, que acontece de 28 de agosto a 8 de setembro do ano que vem.

Desde a última edição dos Jogos, em Tóquio, os atletas brasileiros vêm acumulando vitórias e recordes em diversas modalidades, sejam recordes individuais na natação e no atletismo, sejam conquistas por equipes no goalball e no vôlei sentado. 

Para começar a preparação, veja os principais feitos dos atletas paralímpicos no atual ciclo paralímpico, que ainda terá mundiais em modalidades como atletismo, natação, halterofilismo e basquete em cadeira de rodas, além dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago (CHI), em novembro deste ano. 

1) Melhor campanha da história na natação

Legenda: Delegação brasileira de natação posa na beira da piscina em Portugal após o terceiro lugar no Mundial da Ilha da Madeira. Foto: Ale Cabral / CPB.

O Brasil fez sua melhor campanha na história dos Mundiais de natação na edição de 2022, na Ilha da Madeira, em Portugal. Os atletas brasileiros voltaram da competição com 53 medalhas, sendo 19 de ouro, dez de prata e 24 de bronze. 

O país ficou na terceira colocação do quadro geral de medalhas do evento, atrás somente de Estados Unidos e Itália.

O desempenho superou os melhores resultados já obtidos pelo país, incluindo o quarto lugar na Cidade do México, em  2017, com 36 pódios (18 ouros, nove pratas e nove bronzes). 

Destaque para Carol Santiago, com seis medalhas de ouro na competição, e Gabriel Araújo, com três.  E os feitos não ficaram restritos ao ano passado. Os dois atletas, além de Cecília Araújo, começaram o ano de 2023 batendo novos recordes mundiais nas etapas de Lignano (Itália) e Sheffield, (Inglaterra) do World Series de natação.

A nova geração também vem forte. Na Inglaterra, o paulista Samuel de Oliveira percorreu os 100m borboleta em 1min16s44 e bateu o recorde mundial, que pertencia a Daniel Dias desde 2013. A prova, porém, não está no programa dos Jogos Paralímpicos. 

2) Recordes mundiais no atletismo 

Legenda: A recordista Beth Gomes realiza lançamento de disco no CT Paralímpico, em São Paulo. Foto: Ale Cabral / CPB.

Os atletas brasileiros já conquistaram 12 recordes mundiais desde os últimos Jogos Paralímpicos, em Tóquio. Destaque para a paulista Beth Gomes que, sozinha, acumulou seis dessas novas marcas.

Três dos recordes feitos pelos brasileiros vieram na primeira fase do Circuito Loterias Caixa de atletismo, disputada em março no Cento de Treinamento Paralímpico. Beth, da classe F53 (para cadeirantes) registrou a melhor marca do lançamento de dardo ao atingir a distância de 13,69m. 

Já a recifense Ana Cláudia da Silva (T42) marcou novo recorde mundial no salto em distância ao atingir 4,13m. Por fim, a velocista acreana Jerusa Geber, 40, da classe T11 (cegas), quebrou o recorde mundial dos 100m ao completar a distância em 11s83. 

Ainda em março, Beth quebrou um recorde que durava quase 30 anos no Grand Prix de atletismo paralímpico em Marrakech, no Marrocos. Ela realizou um arremesso de peso de 6,51m deixando para trás a  marca anterior, de 5,88m, da neozelandesa Cristeen Smith, alcançada em 1994, na Alemanha. 

Desde os Jogos Paralímpicos, Beth conseguiu a melhor marca do mundo por três vezes  no arremesso de peso da classe F52, em maio, setembro e dezembro. Na última quebra de recorde pela classe, Beth arremessou 8,77m em prova disputada no CT. Já no lançamento de disco, ela atingiu a marca de 18,25m, também em São Paulo.

O Brasil conquistou outras marcas mundiais nas provas de campo. A baiana Raissa Rocha Machado, da classe F56 (para atletas que competem sentados), alcançou a marca de 24,80m no lançamento de dardo e  estabeleceu o novo recorde mundial durante a primeira Fase do Circuito Loterias Caixa. A antiga marca mundial, 24m50, pertencia à iraniana Hashemiyeh Moavi, feita nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.  

Já o catarinense Edenilson Floriani bateu o recorde mundial no lançamento de dardo, da classe F42 (para atletas com deficiência nos membros inferiores), durante a 2ª fase do Circuito Nacional de atletismo, em junho de 2022. Edenilson lançou para 59,19 m e superou sua própria marca de 56,56 m, alcançada no dia 29 de setembro de 2019, também na capital paulista. Vale ressaltar que tanto na 2ª Fase do Circuito Nacional quanto em competições internacionais, como os Jogos, Edenilson compete contra lançadores de outras classes. 

Em março do ano passado, o velocista Petrúcio Ferreira também bateu o recorde mundial nos 100 m da classe T47 (atletas com deficiência nos membros superiores) durante o Desafio de atletismo CPB/CBAt, no CT. Ele fez o percurso em 10s29, superando o recorde anterior, também dele, de 10s42, conquistado em 2019 em Dubai. No mesmo desafio, Petrúcio também fez o melhor tempo mundial nos 200m, ao completar a prova em 20s83 e superar sua própria marca de 21s17. A prova, porém, não faz parte do programa dos Jogos Paralímpicos ou do Mundial da modalidade.

Por fim, um dos feitos dos brasileiros foi alcançado na própria Paris, onde acontecerão os Jogos de 2024. O bicampeão paralímpico Alessandro Silva conquistou o recorde mundial no lançamento de disco da classe T11 ao lançar para 46,24m no Grand Prix da cidade francesa. A melhor marca anterior era dele próprio, que já havia lançado para 46,10m.

3) Título mundial inédito no vôlei sentado 

Legenda: Jogadoras do Brasil comemoram ponto durante amistoso de vôlei sentado realizado no CT Paralímpico, em São Paulo. Foto: Ale Cabral / CPB

A Seleção Brasileira feminina de vôlei sentado conquistou pela primeira vez o título de campeã mundial da modalidade em disputa realizada em Sarajevo, na Bósnia. A conquista veio após uma campanha invicta, com seis vitórias em seis jogos. 

A vitória na final foi sobre a equipe do Canadá, por 3 sets a 2 (25/23, 18/25, 25/21,17/25, 15/06). Com o resultado, a equipe já garantiu sua classificação para os Jogos Paralímpicos de Paris, em 2024.

4) Tricampeonato inédito no goalball 

Legenda: Jogadores do Brasil se abraçam após vitória da Seleção Brasileira no CT Paralímpico, em São Paulo. Foto: Ale Cabral / CPB

A Seleção Brasileira masculina de goalball se tornou a primeira tricampeã mundial da modalidade ao vencer disputa na cidade de Matosinhos, em Portugal. A campanha da equipe foi invicta, com dez vitórias em dez jogos.

O título veio em uma vitória de virada sobre a China, por 6 a 5, em dezembro. A partida era uma reedição da final paralímpica de Tóquio, quando o Brasil teve menos dificuldade e venceu por 7 a 2.

A chegada do time à decisão também garantiu vaga para a Seleção nos Jogos Paralímpicos de Paris de 2024.

5) Título mundial na bocha com ‘gostinho’ de vingança

Legenda: Andreza Vitória realiza arremesso de bola durante treino da Seleção Brasileira de bocha no CT Paralímpico, em São Paulo. Foto: Ale Cabral / CPB

Poucos dias após o Brasil ser eliminado nos pênaltis pela Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo de futebol, a pernambucana Andreza Vitória vingou o país ao conquistar o título mundial feminino da bocha na classe BC1 (atletas que podem jogar com as mãos ou com os pés e que contam com a opção de um auxiliar).

Na final da competição, disputada na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, Andreza derrotou a croata Dora Basic por 3 a 1. Foi a primeira participação da pernambucana em um Mundial.

Com o resultado, o Brasil chegou à sua oitava medalha na história da competição. São três ouros, três pratas e dois bronzes, conquistados em três edições de Mundial.

6) Recorde de medalhas no tênis de mesa

Legenda: Atletas de tênis de mesa realizam treino no CT Paralímpico, em São Paulo. Foto: Ale Cabral / CPB

A Seleção Brasileira de tênis de mesa paralímpico conquistou sete pódios durante o Mundial de tênis de mesa, disputado em Granada, na Espanha, no mês de novembro. Foram um ouro e seis bronzes. Antes, o Brasil acumulava apenas cinco conquistas em todas as edições anteriores do torneio. 

A maior conquista veio com Bruna Alexandre e Paulo Salmin, que trouxeram o ouro na dupla mista (Classe XD17). As medalhas de bronze vieram com Cátia Oliveira e Marliane Santos na dupla feminina (Classe WD5)e, nas disputas individuais, com Bruna Alexandre (Classe 10), Cátia Oliveira (Classe 2), Sophia Kelmer (Classe 8), Lucas Arabian (Classe 5) e Paulo Salmin (Classe) ficaram com o bronze nas classes individuais.

7) Ano histórico no judô

Legenda: O judoca Thiego Marques (à esquerda), da Seleção Brasileira, aplica golpe em adversário durante competição no CT Paralímpico, em São Paulo. Foto: Ale Cabral / CPB

A Seleção Brasileira obteve bons resultados durante toda a temporada de 2022 no judô, com vitórias em três Grand Prix, em São Paulo, Nur-Sultan (Cazaquistão) e Antalya (Turquia). 

Além disso, o país ficou em primeiro lugar no Campeonato Pan-Americano da IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos do inglês) e na quarta colocação no Mundial de Baku (Azerbaijão). 

Destaque neste ciclo, o judoca paraibano Willians Araújo, da classe J1 (cegos totais) e categoria acima de 90 kg, foi ouro nos sete torneios que disputou em 2022 e venceu 23 das 24 lutas por ippon. Ele e a atleta Alana Maldonado foram campeões mundiais no Azerbaijão.

Em 2023, a Seleção da modalidade conquistou 15 medalhas no Grand Prix de Almada, em Portugal, e também saiu como campeã da competição com três ouros, sete pratas e cinco bronzes.

8) Mariana D’Andrea supera recorde paralímpico no halterofilismo

Legenda: A halterofilista Mariana D’Andrea sorri durante 1ª Fase do Circuito Paralímpico Loterias Caixa, no CT Paralímpico, em São Paulo. Foto: Ale Cabral / CPB

A campeã paralímpica Mariana D’Andrea superou o recorde paralímpico no halterofilismo, na categoria até 73 kg, durante o Meeting Paralímpico Loterias Caixa de São Paulo, realizado em dezembro no Centro de Treinamento Paralímpico. Ela atingiu o feito ao levantar 141 kg. 

A marca de Mariana superou os 140 kg levantados pela francesa Souhad Ghazouani, nos Jogos do Rio 2016. O peso suportado pela paulista passou a ser o novo recorde nacional em sua categoria. No entanto, o peso só seria considerado a melhor marca paralímpica se fosse suportado em alguma edição dos Jogos.

A marca também não é considerada um recorde mundial ou continental, pois os Meetings não atendem a algumas exigências do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). 

Além disso, em março, Mariana passou a ser a única atleta com recordes nacionais em quatro categorias (até 61 kg, até 67 kg, até 73 kg e até 79 kg). O feito foi conquistado na 1ª fase do Circuito Loterias Caixa, quando a atleta suportou 142kg pela classe até 79hg. 

9) Taekwondo já tem 19 atletas no Parapan

Legenda: A lutadora Silvana Fernandes aplica golpe em adversária durante Pan American Series, no CT Paralímpico, em São Paulo. Foto: Ale Cabral / CPB

O Brasil já classificou 19 lutadores de taekwondo para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, que acontecem em novembro. Nove das vagas vieram pela posição dos atletas no ranking mundial da modalidade, enquanto as outras dez foram confirmadas no Torneio Qualificatório da modalidade, disputado em março na Arena Carioca, no Rio de Janeiro. 

A Seleção Brasileira da modalidade conquistou em setembro o vice-campeonato por equipes na etapa do Grand Prix disputada em Paris, na França. Foram seis medalhas ao todo: uma de ouro, duas de prata e três de bronze. O título ficou com a Turquia. Ana Carolina Moura foi a responsável por trazer o ouro na competição. 

Já no encerramento da temporada, no Grand Prix de Riad, na Arábia Saudita, o país voltou com dois ouros – um com Silvana Fernandes e outro com Ana Carolina Moura.  

Antes, em junho, em Sofia, na Bulgária, o Brasil trouxe um ouro, com Silvana Fernandes, uma prata e um bronze e terminou a competição na terceira colocação.

10) Primeiro título no Grand Slam de tênis em CR

Legenda: A brasileira Jade Lanai ergue troféu em quadra após título pelo US Open | Foto: Divulgação/US Open

A atleta tocantinense do tênis em cadeira de rodas Jade Lanai trouxe o primeiro ouro para o Brasil na modalidade em um Grand Slam (uma das quatro principais competições da temporada da modalidade).

Ela venceu tanto a chave de simples como também a de duplas do US Open Junior, disputado em setembro do ano passado, na cidade de Nova York.

Na final das simples, Jade derrotou a japonesa Yuma Takamuro por 2 sets a 1, parciais de 7/5, 2/6 e 7/6 [10-5]. Nas duplas, Jade jogou ao lado da norte-americana Maylee Phelps. Elas derrotaram na final a britânica Ruby Bishop e a norte-americana Lily Lautenschlauger por 2 sets a 0: duplo 6/0.

Patrocínios
O atletismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa e pela Braskem.
O halterofilismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa.
A bocha é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa.
A natação é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa.
O vôlei sentado é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa.
O goalball é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa
O tênis de mesa é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa.
O judô é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Alana Maldonado, Alessandro Silva, Andreza Vitória, Beth Gomes, Bruna Alexandre, Carol Santiago, Cátia Silva, Cecília Araujo, Edenilson Floriani, Gabriel Araújo, Jerusa Geber, Mariana D’Andrea, Petrucio Ferreira, Raissa Machado, Samuel Oliveira e Willians Araujo são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Time São Paulo
Os atletas Alana Maldonado, Alessandro Silva, Beth Gomes, Bruna Alexandre, Catia Oliveira, Jerusa Geber, Mariana D’Andrea, Paulo Salmin e Raíssa Machado são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

PATROCINADORES

  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

PARCEIROS

  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
  • Governo do Estado de São Paulo

FORNECEDORES

  • Max Recovery