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Paralímpico Brasileiro

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Resultados do Brasil

A primeira participação brasileira na história dos Jogos Paralímpicos foi em Heidelberg, na então Alemanha Ocidental, em 1972, mas a primeira medalha do país foi conquistada pelo Brasil quatro anos depois da sua estreia. Nos Jogos de Toronto 1976, no Canadá, a dupla formada por Robson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos da Costa conquistou a prata no Lawn Bowls, modalidade semelhante à bocha e praticada na grama.

Desde então, a delegação brasileira subiu ao pódio em quase todas as edições da competição – as exceções foram na sua estreia em 1972 e nos Jogos de Arnhem-1980. Até os Jogos de Paris 2024, os atletas que representaram o país já conquistaram no total 462 medalhas na história dos Jogos Paralímpicos. Ao todo, foram 134 de ouro, 158 de prata e 170 de bronze.

Em Paris, o Brasil realizou sua melhor campanha da história em Jogos Paralímpicos, com 89 pódios: 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes. Sob qualquer perspectiva, esta foi a melhor campanha do Brasil até o momento: maior número de ouros e maior quantidade de medalhas, superando em 17 pódios os 72 obtidos em Tóquio 2020 e Rio 2016, e os 22 ouros conquistados no Japão.

Na capital francesa, o Brasil também foi top-5 no quadro geral de medalhas pela primeira vez na história nos Jogos Paralímpicos, ficando atrás de China, Grã-Bretanha, EUA e Holanda. A quinta colocação no megaevento foi a meta que o Comitê Paralímpico Brasileiro estabeleceu para os Jogos de 2016, no Rio, mas na ocasião não a atingiu, conquistando 14 ouros. O planejamento estratégico feito em 2017, e revisado em 2021, colocava a meta entre 70 e 90 medalhas e o top 8 em ouros, o que foi conquistado e até ultrapassado em Paris.

Em Paris, o Brasil contou com sua maior delegação para uma edição dos Jogos fora do país, com 280 atletas no total. Foram 255 com deficiência, 19 atletas-guia (18 para o atletismo e 1 para o triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo.

O número supera os 259 convocados de Tóquio 2020, que também havia sido à época a missão com mais atletas em terras estrangeiras. A quantidade só não é maior do que a registrada nos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil contou com 278 atletas, considerando apenas aqueles com deficiência. Naquela edição, o Brasil participou de todas as 22 modalidades por ser o país-sede da competição.

O Brasil registrou em Paris sua maior participação feminina em uma edição do megaevento, tanto em número total de atletas como também em percentual da delegação. Dos 255 atletas com deficiência que competiram na França, 117 eram mulheres, ou 45,88% do total dos competidores.

As atletas na capital francesa superaram a quantidade convocada na edição de 2016, no Rio de Janeiro, quando o Brasil teve 102 mulheres, o que representou 35,17% do total da delegação. Já em termos percentuais, a maior representatividade de mulheres na delegação havia sido em Tóquio 2020, quando 41,03% do total dos convocados eram do sexo feminino – 96 ante os 138 homens.

o maior crescimento de resultados esportivos entre uma edição e outra de Jogos Paralímpicos ocorreu ainda na década de 90. Nos Jogos de Atlanta-1996, os atletas brasileiros conquistaram 21 medalhas, um aumento de 200% em relação às sete obtidas em Barcelona-1992. Os desempenhos registrados no Rio-2016, com alta de 67,4%, e em Atenas-2004, com 50%, foram outras importantes evoluções demonstradas pelo país em relação à sua participação anterior.

Um dos maiores nomes do esporte paralímpico nacional, Daniel Dias (classe S5) é o atleta com mais pódios na história do Brasil em Jogos, com 27 medalhas em quatro edições da competição, sendo 14 de ouro, sete de prata e seis de bronze. Daniel fez sua última participação em Jogos na edição de Tóquio, encerrando a carreira esportiva com três bronzes nas provas de 100m e 200m livre e no revezamento misto 4x50m livre 20 pontos.

Já entre as mulheres, a nadadora pernambucana Carol Santiago é a maior medalhista de ouro do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. A atleta da classe S12 (deficiência visual) conquistou cinco pódios em Paris 2024. Foram três medalhas de ouro, nos 50m livre, 100m livre e 100m costas; e duas de prata, nos 100m SB12 e no revezamento 4x100m livre – 49 pontos.

Com isso, Carol chegou a seis medalhas douradas em sua trajetória, Carol ultrapassou a marca de quatro medalhas de ouro da velocista Ádria Santos, que subiu quatro vezes ao lugar mais alto do pódio entre os Jogos de Barcelona 1992 e Atenas 2004.

Carol também alcançou a marca de dez medalhas paralímpicas. No total, a pernambucana já conquistou seis ouros, três pratas e um bronze. Com isso, assumiu a quinta colocação entre os atletas com maior quantidade de medalhas conquistadas no megaevento, ranking liderado pelo ex-nadador Daniel Dias.

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