Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 são apenas a segunda edição em que o taekwondo compõe o programa de provas. Na primeira aparição da modalidade, em Tóquio 2020, o Brasil participou com três atletas e os três subiram ao pódio: o paulista Nathan Torquato foi campeão na categoria até 61kg, a paulista Débora Menezes foi prata (acima de 58kg) e a paraibana Silvana Fernandes bronze (até 58kg).
Este trio está de volta aos Jogos e, desta feita, acompanhado de mais três integrantes: os mineiros Claro Lopes (até 80kg) e Ana Carolina de Moura (até 65kg) e a gaúcha Maria Eduarda Stumpf (até 52kg).
Confira o Guia de Imprensa do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Das 37 delegações que enviaram representantes no taekwondo, a brasileira foi a mais bem sucedida com as três medalhas. A Rússia, que à época competiu sob a bandeira do Comitê Paralímpico Russo, também chegou três vezes ao pódio, porém todas na terceira colocação.
“Eu defino como um privilégio defender o título paralímpico aqui em Paris. Eu estou muito animado. Fiz história uma vez, vou lutar muito para fazer pela segunda vez. Não posso nem dizer que é uma pressão, mas alegria, felicidade de ser um dos favoritos ao ouro. Se tudo der certo, e vai dar certo, nós vamos trazer mais um ouro”, previu Nathan Torquato, que desembarcou na França na sexta-feira, 16, e está em treinamento intensivo na cidade de Troyes desde o sábado, 17.
“Logo nos primeiros treinos aqui em Troyes já deu para liberar aquela ansiedade, que é natural da gente que vive essa expectativa pelos Jogos Paralímpicos. Por mais que seja minha segunda participação, sempre tem essa ansiedade boa”, explicou Nathan.
Dentre os convocados para Paris, ele foi um dos quatro medalhistas no último campeonato mundial da modalidade, em Vera cruz, no México. Na categoria até 63kg, ele ficou com o bronze, mesmo resultado da paulista Débora (acima de 65kg). A mineira Ana Carolina Moura foi campeã na categoria até 65kg e a paraibana Silvana Cardoso Fernandes na categoria até 57kg – na ocasião, Joel Gomes também foi bronze (até 80 kg), porém ele não conquistou vaga para os Jogos Paralímpicos de Paris.
BConfira fotos da delegação brasileira na França.
“O Brasil está chegando forte nestes Jogos Paralímpicos. Somos potência em muitos esportes e no taekwondo também. Fomos campeões em Tóquio e esperamos ser em Paris de novo”, comentou Silvana, que lidera o ranking mundial em sua categoria e foi eleita a melhor atleta do taekwondo paralímpico do Brasil em 2022 e 2023 e entrou duas vezes na lista de postulantes a melhor do mundo nas duas últimas temporadas na premiação da World Taekwondo, a federação internacional da modalidade.
“Posso dizer que chego mais tranquila, porque lá em Tóquio eu estava muito imatura, havia apenas dois anos que eu estava no taekwondo. Agora já são cinco anos, venho de uma carga boa de treinamentos e competições e isso só me ajuda a chegar confiante nos Jogos Paralímpicos”, avaliou Silvana.
Os Jogos Paralímpicos de Paris começam em 28 de agosto e o Brasil será representado por 255 atletas com deficiência (280 no total) em 20 modalidades.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)