A Seleção Brasileira de ciclismo paralímpico volta da Europa com seis medalhas conquistadas em duas etapas da Copa do Mundo. A primeira, disputada em Ostend, Bélgica, terminou com uma prata de Jady Malavazzi e dois bronzes de Gilmara do Rosário. Já a segunda, em Maniago, Itália, registrou mais duas medalhas de bronze de Gilmara, além de outra conquistada por Lauro Chaman.
Essas foram as duas últimas competições válidas para o ranking que definirá as vagas aos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. O Brasil já assegurou dois atletas – um homem e uma mulher- da modalidade no megaevento na capital francesa. A União Ciclística Internacional (UCI), entidade máxima do ciclismo mundial, vai divulgar as demais cotas paralímpicas até o dia 15 de junho.
Na Bélgica, Jady Malavazzi encerrou a prova de resistência da classe WH3 (handbike) no tempo de 1h25min44s, sendo superada pela australiana Lauren Parker (1h25min40s). O pódio foi completado pela chinesa Huaxian Li, que registrou o mesmo tempo de Jady e ficou com o bronze no photo finish.
Gilmara, da classe WH2 (também handbike), faturou duas medalhas de bronze na mesma etapa – tanto na disputa de resistência, com o tempo de 1h04min33s, como na de contrarrelógio. Ela repetiu os pódios na Itália, local onde Lauro, da classe C5 (para atletas amputados ou com limitação físico-motora que competem em bicicletas convencionais), também ficou em terceiro na prova de contrarrelógio.
Brasil em Paris
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) tem a expectativa de convocar cerca de 250 atletas para os Jogos de Paris.
A delegação brasileira, até o momento, assegurou sua participação nas seguintes modalidades, com 167 esportistas: atletismo (37), badminton (3), natação (37), vôlei sentado (masculino e feminino [24]), goalball (masculino e feminino [12]), futebol de cegos (8), ciclismo (2), hipismo (2), canoagem (8), remo (5), taekwondo (6), tiro esportivo (1), tiro com arco (4), bocha (7) e tênis de mesa (11). A confirmar ainda o número de atletas sem deficiência, como goleiros, atletas-guia, calheiros, pilotos e timoneiros. A convocação final será feita entre junho e julho.
Além das duas novas do badminton, a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) também confirmou mais uma cota paralímpica, totalizando oito na modalidade.
Antes do início dos Jogos de 2024, os atletas brasileiros farão uma aclimatação na cidade francesa de Troyes, a 160 km de Paris. O presidente do CPB, Mizael Conrado, assinou o acordo no último mês de julho, no Centre Sportif de L’Aube Troyes, espaço onde os esportistas ficarão hospedados até o início do megaevento.
Na última edição, em Tóquio, foram 235 esportistas com deficiência. O recorde de participantes brasileiros foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil sediou o megaevento e contou com 278 atletas em todas as 22 modalidades.
Na história dos Jogos Paralímpicos, o Brasil já conquistou 373 medalhas (109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze), ou seja, está a 27 do seu 400º pódio no evento.
Na última edição, Tóquio 2020, o país fez a sua melhor campanha com 72 medalhas no total, a mesma quantidade obtida nos Jogos do Rio 2016. Destas, 22 foram de ouro, superando as 21 de Londres 2012. Ainda foram mais 20 pratas e 30 bronzes no Japão.
Time São Paulo
O atleta Lauro Chaman é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 149 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)