Fundistas e maratonistas da Seleção Brasileira de atletismo vão estar reunidos no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, a partir desta quinta-feira, 18, até o próximo dia 24, para uma semana de avaliações físicas no início do ano dos Jogos Paralímpicos de Paris.
O período no CT servirá para medir o desempenho dos atletas antes de uma série de treinamentos em Bogotá, na Colômbia, onde os atletas farão uma preparação em altitude superior a 2.000 metros, de 25 de janeiro a 18 de fevereiro.
Quatro atletas estão escalados para os testes e atividades: o sul-mato-grossense e campeão paralímpico de Tóquio 2020, Yeltsin Jacques (classe T11, para deficientes visuais); o paulista Júlio Agripino (T11); a piauiense Antônia Keyla (T20, deficiência intelectual) e a baiana Edneusa Dorta (T12, deficiência visual). A equipe também é acompanhada por cinco atletas-guias.
O treinador de atletismo Cássio Damião, que também acompanha a equipe, contou que treinos em altitude são tradicionais para atletas que disputam maratonas e provas de fundo e meio-fundo. Durante a pandemia de Covid-19, por exemplo, os corredores realizaram treinamentos em Senador Amaral, no Sul de Minas Gerais.
Após o período na Colômbia, os atletas passarão por nova bateria de testes para avaliar como o corpo de cada um deles reagiu ao período de treinos. “Se o atleta consegue melhorar 1% durante a preparação, essa pode ser a vantagem que ele precisa para conseguir uma medalha”, explicou Cássio. Logo em seguida, no dia 25 de fevereiro, os atletas participam do Desafio CPB/CBAT no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, competição organizada em conjunto com a Confederação Brasileira de Atletismo e que é disputada ao lado de atletas sem deficiências.
Segundo Thiago Lourenço, coordenador do departamento de Ciência do Esporte do CPB, o principal objetivo do treino na altitude é estimular o organismo a produzir mais glóbulos vermelhos e hemoglobina. Com isso, a captação e o transporte de oxigênio são aumentados, potencializando a produção de energia para os músculos dos atletas.
“Além disso, a altitude e sua menor disponibilidade de oxigênio no ar ambiente também geram melhoras em estruturas musculares, como as mitocôndrias, nossas fábricas de produção de energia. Feito isso, nosso organismo, quando retorna a altitudes menores, onde a disponibilidade de oxigênio é maior, está melhor preparado para produzir mais energia. Para os corredores, isso gera uma maior velocidade de corrida”, completou.
Patrocínio
As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
O atleta Yeltsin Jacques é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)