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Paralímpico Brasileiro

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Jovens atravessam rios para treinos e defendem seus estados nas Paralimpíadas Escolares de Brasília

Samuel Guedes corre com seu guia Joaquim Manoel na pista do CIEF, em Brasília |F oto: Saulo Cruz/CPB

A segunda etapa regional das Paralimpíadas Escolares 2023, que ocorre em Brasília desde quarta-feira, 30, até esta sexta, 1º, reúne dois jovens do atletismo com uma história em comum. Eles atravessam rios e gastam cerca de duas horas para se deslocar de suas casas aos locais de treinamento.

O evento foi iniciado na quarta-feira, 30, com a cerimônia de abertura no anfiteatro do Colégio Marista, e reúne 530 atletas em provas de atletismo, natação e bocha. São representantes de 11 estados (AC, AM, BA, GO, MG, MS, MT, PI, RO, RR e TO) e do Distrito Federal. Os 101 nadadores competem no Clube do Exército, enquanto as disputas de atletismo, com 379 competidores, e bocha, com 50 jogadores, acontecem no Centro Interescolar de Esporte (CIEF).

Samuel Guedes, 15, tem deficiência visual e mora na Comunidade Terra Nova, em Careiro da Várzea, no Amazonas. Antes de entrar de vez no atletismo por incentivo do seu professor e guia Joaquim Manoel, o jovem alegou falta de ânimo e chegou a recusar a modalidade no ano passado.

Agora, com o apoio da família, que custeia a jornada dupla entre a escola e os treinos, o amazonense se sente empolgado para seguir carreira no esporte paralímpico. Todas as quartas-feiras, Samuel e seu pai, Francisco Lima, saem de casa às 5h em direção ao Porto da Ceasa, em Manaus. Fazem a travessia pelos Rios Negro e Solimões de “voadeira”, nome popular das lanchas que transportam os passageiros da região ribeirinha. Por volta das 7h30, o atleta chega à Vila Olímpica da capital amazonense e dá início às atividades.

“O esporte me tirou da solidão. Eu estava depressivo e me sentia sozinho. Agora, eu consigo me socializar e interagir mais, além de conhecer outras pessoas com deficiência visual, como eu”, afirmou Samuel. “Meu maior incentivo é ser campeão. Acho importante que outras pessoas com deficiência tentem. Não custa tentar. Acabei descobrindo habilidades que nem sabia que tinha. Realmente, o esporte muda a vida das pessoas”, finalizou o amazonense, que disputa provas de velocidade.

A rotina de Samuel é parecida com a de Leandro Galvão, 14, nascido em Brasília, mas, atualmente, morador da Ilha de Vera Cruz, Bahia. Após sofrer uma descarga elétrica, o adolescente teve parte do braço amputado. Descobriu o atletismo paralímpico e, pela primeira vez, compõe a delegação baiana em uma edição das Paralimpíadas Escolares. No Distrito Federal, compete nas provas de arremesso de disco, salto em distância e velocidade.

Para chegar aos treinos em Salvador, ele atravessa a Baía de Todos-os-Santos de ferry boat e se encaminha para o Centro de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), projeto que aproveita espaços esportivos em todas as unidades federativas do país para oferecer a prática de modalidades paralímpicas da base até o alto rendimento. O trajeto é feito por ele uma vez na semana. Na própria Ilha de Vera Cruz, Leandro ainda realiza mais dois treinos semanais.

Quando iniciou na modalidade, há cerca de quatro meses, não imaginava que sentiria o impacto tão rápido. “Eu estava correndo, brincando na escola. Um dia, meu professor, Silvio [Santos], percebeu que eu tinha potencial. Ele me convidou pra conhecer o atletismo e eu aceitei”, declarou o jovem.

Organizadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2006, com exceção de 2008 e 2020, as Paralimpíadas Escolares são o maior evento esportivo para crianças e jovens com deficiência em idade escolar do mundo. Pelo segundo ano consecutivo, a competição é composta por três fases regionais e uma nacional.

A primeira etapa regional de 2023 foi realizada em Belém, Pará, de 9 a 11 deste mês. O evento reuniu cerca de 500 participantes de 10 estados na capital paraense e terminou com o título dos anfitriões. A terceira e última fase regional das Paralimpíadas Escolares ocorrerá no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, entre os dias 6 e 8 de setembro. O local também receberá a etapa nacional, de 28 de novembro a 1º de dezembro. Os três primeiros colocados nas regionais de atletismo e natação se classificam automaticamente para a nacional. Já na bocha, os dois primeiros, por gênero, conquistam a vaga.

No ano passado, o Estado de São Paulo terminou como o campeão das Paralimpíadas Escolares. Foi o 10º título do estado desde 2006, ano em que o CPB organizou a primeira edição dos Paralímpicos do Futuro, evento que ocorreu até 2007 e antecedeu as Paralimpíadas Escolares, nome adotado a partir de 2009.

Imprensa
Os profissionais de imprensa interessados em cobrir as Paralimpíadas Escolares 2023 podem enviar um e-mail para imp@cpb.org.br com os seguintes dados: nome completo, RG ou CPF, veículo por qual irá cobrir o evento. No dia da competição, os profissionais deverão se identificar na sala de imprensa do local.

Serviço
Paralimpíadas Escolares – Regional Brasília

Atletismo e bocha
Local:
Centro Interescolar de Esporte (CIEF)
Endereço: SGAS 907/908 – Asa Sul, Brasília – DF.

Natação
Local:
Clube do Exército
Endereço: SMU – Asa Sul, Brasília – DF.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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