A Seleção Brasileira feminina de basquete em cadeira de rodas está reunida no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, para realizar seus últimos treinos antes de embarcar para Dubai, nos Emirados Árabes, onde será disputado o Mundial da modalidade, de 9 a 20 de junho.
O grupo é formado por 12 jogadoras, que formam a Seleção permanente da modalidade. Até o próximo domingo, 4, elas participam de amistosos contra a equipe Magic Hands e passam por treinamentos físicos e táticos no CT.
Martoni Sampaio, técnico da seleção feminina, usará a preparação para fortalecer a transição defensiva da equipe, fortalecer o entrosamento do grupo e incentivar as atletas a terem um tempo de reação melhor em quadra.
“Temos objetivos internos muito importantes nesta competição. Vamos usar todas as nossas atletas, para prepará-las para que encontrem soluções em situações de dificuldades, aprendam a superar problemas dentro do jogo com a nossa ajuda. Queremos montar um time muito forte defensivamente que briga por cada espaço da quadra”, explicou.
O Brasil está no grupo B da competição, ao lado de Grã-Bretanha, Espanha, Canadá, Austrália e China. Martoni disse ainda que as partidas contra essas equipes servirão para implementar sua filosofia de jogo, visando o título dos Jogos Parapan-Americanos, que serão disputados em novembro, no Chile, principal caminho para o Brasil conquistar uma vaga para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Estreante em mundiais, a cearense Ana Kélvia de Lima, 29, chegou à seleção em 2021 e conta estar com altas expectativas para a competição. “Estou só felicidade, curiosidade. Creio que dará tudo certo. Vamos fazer o nosso máximo para ir em busca da vitória”, disse a atleta, que adquiriu sua deficiência ao ser atingida por uma bala perdida em 2007 e está no Movimento Paralímpico há nove anos.
Segundo a cearense, a semana de preparação no CT antes da viagem fortalece o grupo coletivamente. “Vamos nos conhecendo mais, aprendendo o tipo de jogada de cada uma das colegas”, disse.
A seleção feminina se classificou para o Mundial após conquistar a medalha de bronze na Copa América, em julho do ano passado, no Centro de Treinamento Paralímpico. Na disputa pelo terceiro lugar, as brasileiras derrotaram a Argentina por 57 a 45, também no CT Paralímpico.
Já a seleção masculina tem se preparado para o Mundial no Rio de Janeiro. Os atletas deverão se reunir para um dia de treinos no CT Paralímpico no próximo domingo, 4.
Novas rodas
Na manhã desta quarta-feira, 31, a Seleção Brasileira de basquete em cadeira de rodas recebeu do vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Yohansson Nascimento, e do presidente da Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC), Mário Belo, 30 pares de rodas para uso no Mundial (15 para a equipe masculina e 15 para o time feminino).
“O esporte paralímpico começou com o basquete, com pessoas que sofreram lesão medular durante a Segunda Guerra Mundial. É importante fomentar a modalidade para que as próximas gerações tenham sempre bons representantes. O atleta precisa sempre de um material de excelência e sabemos da importância dessa entrega às vésperas da competição”, disse Yohansson, que conquistou no atletismo seis medalhas em Jogos Paralímpicos, 11 em Mundiais de atletismo e oito em Parapan-americanos.
“Essa parceria é fundamental. O Comitê Paralímpico Brasileiro tem tomado uma série de medidas que favorecem o desenvolvimento do basquete em cadeira de rodas feminino e de jovens atletas. A distribuição desses pares de rodas é mais uma ação do CPB para oferecer uma estrutura cada vez melhor para nossa confederação. Podemos ver na disposição para treinamento e nos olhares das atletas a alegria delas que eu, como ex-atleta que sou, consigo compreender”, completou Mário Belo, presidente da CBBC.
Patrocínio
O basquete em cadeira de rodas é patrocinado pelas Loterias Caixa.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)